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02/02/2022 às 23h38min - Atualizada em 02/02/2022 às 22h26min

Bia Haddad Maia e Rafael Nadal fazem história na Austrália

A brasileira chegou a uma final de slam quarenta anos após a última representante, enquanto o espanhol se tornou o maior vencedor

Matheus Maia - labdicasjornalismo.com
As campeãs Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova (à esquerda de branco), e as vice campeãs Bia Haddad e Anna Danilina (da esquerda para direita). Foto por: GettyImages

O Aberto da Austrália, evento inaugural do circuito de “Grand Slams”, aconteceu em Melbourne, entre os dias 17 e 30 de janeiro. O público variado presente nas arenas presenciou quebra de recordes, marcas históricas e jogos de tirar o fôlego. Além disso, o evento foi atingido por polêmicas envolvendo vacinação e perseguição política.

 

CHAVES FEMININAS: BIA HADDAD, ASHLEIGH BARTY E AS TCHECAS
 

Na disputa da chave de simples, o Brasil teve duas representantes no qualificatório, Laura Pigossi perdeu na primeira rodada para a sérvia Nina Stojanovic, por 6/1 6/2. Carol Alves também parou cedo para a Dalma Galfi por 6/2 7/5. Na chave principal, a solitária Bia Haddad Maia, líder do Brasil no ranqueamento da Associação de Tênis Feminino(WTA), venceu a americana vinda do quali Katie Volynets por 3/6 6/2 6/3 e avançou para enfrentar a romena e ex top-um do mundo Simona Halep, 14° cabeça de chave, e foi derrotada por 6/2 6/0.

 

A doméstica Ashleigh Barty, cabeça um do torneio e número um do mundo, não teve problemas ao passar pelas fases iniciais, perdeu apenas três games até a terceira rodada em que derrotou a italiana e cabeça 30 Camila Giorgi por 6/2 6/3. Para chegar à final do Aberto, passou por uma trinca de norte-americanas sem necessitar de sets extras.

 

A adversária de Barty, Danielle Collins e cabeça de chave n°27, não teve tamanha destreza, mas com um ótimo tênis, passou as duas fases iniciais com maior domínio, na 3° rodada enfrentou a dinamarquesa Clara Tauson e foi ao 3° set com parciais de 6/4 4/6 7/5. Da mesma forma, a norte-americana utilizou o set extra contra a estrela belga Elise Mertens e cabeça de chave n°19, por 4/6 6/4 6/4. A vaga na final foi conquistada ao bater a francesa Alizé Cornet por 7/5 6/1.


A decisão de simples feminino foi uma das várias marcas históricas alcançada no torneio, Barty jogou ao nível que é esperada, superior estatisticamente e em quadra, fez 6/3 7/6(7-2) e levou o primeiro título de atletas do país em um AO desde 1978, ano que Chris O’Neil foi o triunfante.

Os destaques individuais da chave: 

 
  • A campanha da japonesa Naomi Osaka, que estava afastada do circuito para cuidar da saúde desde setembro de 2021, retornou a um slam com duas vitórias e uma comunidade contente pela volta às quadras. Em seus jogos, teve dificuldades e acertos, normais para tenistas sem tempo de jogo, mas sempre dando muito trabalho as adversárias, inclusive em sua derrota para a norte-americana Amanda Anisimova, 41#, por 6/4 3/6 7/6(10-5), na terceira rodada.

 
  • Samantha Stosur, australiana de 37 anos, anunciou aposentadoria da modalidade individual após o fim da sua campanha na chave, campeã do US Open em 2011, a veterana seguirá nas duplas até o final da temporada.

 

A chave de duplas femininas deu um motivo para os brasileiros virarem a noite acordados para torcer pela dupla da brasileira Beatriz Haddad com a cazaque Anna Danilina. A parceria foi formada nos últimos momentos, pois a argentina Nadia Podoroska, parceira original da Bia, se lesionou dias antes do torneio WTA 500 de Sidney, que antecedeu o AO. Precisando de uma dupla, Bia contatou Danilina, que se encontrava na Turquia, e ainda foi realizado o adiamento de um dia do torneio para que a cazaque pudesse estar apta a jogar. As duas se adaptaram rapidamente e conquistaram o título, o terceiro de duplas da paulista e o segundo da asiática. Em Melbourne, a habilidade, adaptação e talento foi posta à prova, as cabeças de chave n°1, a dupla tcheca Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova eram as favoritas. Conquistaram Roland Garros, o ouro na Olimpíada de Tóquio 2020 e o WTA Finals, que reúne as oito melhores duplas do ano.

 

As japonesas Shuko Aoyama e Ena Shibahara, a dupla russo-belga de Veronika Kudermetova e Elise Mertens apontavam como possíveis adversárias das favoritas. A expectativa foi mantida, mas com uma exceção, Bia Haddad e Danilina, embaladas pelo título em Sidney, venceram na estreia por duplo 6/4, e após, levaram todos os jogos para o set extra, se encaminhando entre as fases para alcançar a semifinal.

 

Na chave de cima, as tchecas não perderam nenhum set, na penúltima fase, jogaram contra a dupla russo-belga de Kudermetova e Mertens e venceram por 6/2 6/3, se classificando para a final. Aoyama e Shibahara e Danilina e Bia reeditaram a semifinal de Sidney e mais uma vez, vitória da brasileira e da cazaque, com parciais de 6/4 5/7 6/4.

A paulistana de 25 anos põe o Brasil em uma final de duplas em um Grand Slam após 40 anos, quando Cláudia Monteiro chegou a final de duplas mistas do Roland Garros de 1982 ao lado de Cássio Motta(Via GE) e a primeira em duplas femininas desde Maria Esther Bueno em 1968 no US Open. A cazaque, nascida na Rússia, é a primeira de seu país em uma final de duplas.

 

A final da chave de duplas foi digna de Slam, Bia jogando seu melhor tênis, Anna instável a partida inteira, como vinha sendo, o sentimento era de quê alguma lesão a tinha atingido, Krejcikova abaixo do rendimento, até o início do segundo set, e Siniakova forte e consistente. A partida começou 1h30 da manhã de sábado para domingo, uma mobilização como poucas foi presenciada no twitter, era o momento que Luísa Stefani não pode nos presentear, já que se rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo na disputa da semifinal do US Open em 2021 e teve que se retirar, a final do AO se tornou um sentimento de redenção para a comunidade.

O primeiro set foi muito disputado, pequena superioridade de Bia e Anna que foi o suficiente para fechar 6/6 e forçar o tie-break, as tchecas deixaram abrir vantagem, e quando enfrentaram um set point, cresceram e se aproximaram, mas Bia sacou com maestria e fechou 7/6, uma perda inédita de set para as adversárias no torneio.

 

As europeias sentiram o primeiro terço, Bia mostrava sinais de cansaço após um exaustivo tie-break, e os games tiveram uma contagem maior para o lado das campeãs do circuito, 6/4 para as favoritas. O set de desempate foi a parte, a brasileira jogando praticamente sem ajuda de sua dupla, Danilina, que aparentava cansaço e errava muitas bolas, Krejcikova voltando a provar por qual motivo é top-3 em simples e duplas e maltratando a dupla oposta, Siniakova brilhante do ínicio ao fim, aos brasileiros acordados e sintonizados na televisão ou streaming, restava torcer, a final era muito mais que um sonho, deu a lógica, em uma disputa de fundo de quadra, Krejcikova joga uma bola pesada no contrapé de Danilina, fechando a terceira parcial em um amargo e anticlimático 6/4.

 

Os destaques individuais da chave: 

 
  • A força do tênis feminino da República Tcheca não é apenas representado por Siniakova e Krejcikova, o país tem oito mulheres no top cem de simples e duplas, comparando com as donas da casa, a Austrália tem três em simples e cinco em duplas. O investimento nacional na modalidade está dando frutos que mexem com as estruturas do esporte.

 
  • Bia Haddad Maia subiu 110 posições no ranqueamento da WTA com o vice na chave de duplas, ocupando a 40° posição, a modalidade não é a prioridade da paulista, que tem maior costume de jogar em simples, com a queda na segunda rodada, subiu sete posições e está em 75° no mundo.

 

CHAVE MASCULINA: RAFAEL NADAL, NICK KYRGIOS E OS AUSTRALIANOS

 

A atração principal foi inesquecível para espectadores ao redor do mundo, parte pela polêmica em torno de Novak Djokovic, que se arrastou por dez dias, ou pelos resultados que, em primeiro momento, não eram os favoritos dos sonhadores. No entanto, a forte chave e a presença de astros estrangeiros e domésticos, convenceram o público a comparecer em peso às arenas.

 

A esquadra brasileira na classe começou com seis atletas, três entradas em simples e cinco em duplas. Thiago Wild, denunciado por injúria, violência psicológica, agressão e ameaça contra a ex-namorada caiu na primeira rodada  do qualificatório ao se retirar da partida, o placar estava 7/6(9-7) 5/7 1/3 a favor do italiano Thomas Fabbiano, outro brasileiro na chave preliminar, Felipe Meligeni perdeu para o argentino Juan Pablo Ficovich por duplo 6/4. Na chave principal, Thiago Monteiro enfrentou o francês Benoit Paire e saiu derrotado por 4/6 6/3 7/5 6/2 7/5 em um jogo trabalhoso, técnico e sem margem para erros, Benoit soube usar o cansaço de Thiago e a experiência para superar o cearense.

 

O russo Daniil Medvedev, cabeça de chave n°2, começou sua escalada até a final com vitórias convincentes e largas, apenas perdendo dois sets até as quartas de final, quando enfrentou o canadense Felix Auger-Aliassime, e cabeça n°9, e foi vitorioso pelas parciais de 6/7(7-4) 3/6 7/6(7-2) 7/5 6/4, na semifinal enfrentaria Stefano Tsitsipas, grego e 4# do mundo.
 

Na outra chave, Rafael Nadal igualmente passou com tranquilidade contra os primeiros adversários, perdendo apenas um set em quatro partidas para chegar às quartas, como Medvedev, enfrentou um tenista canadense, nesse caso, cabeça de chave n°14 Denis Shapovalov e venceu por 6/3 6/4 4/6 3/6 6/3 para alcançar a penúltima fase da chave.

 

A semifinal continuou a emparelhar os futuros finalistas com campanhas parecidas, Daniel passou por Tsitsipas em partida que durou 2h30 e teve um início equilibrado com o grego perto de vencer o primeiro set, mas sendo derrotado no tie-break por 6/7(5-7). O segundo set foi positivo para o grego, empatou o jogo com um 6/4 com um set apertado até os dois últimos games, a favor de Stefano. A partir daí, o russo brilhou e deu poucas chances para o adversário, fez 6/4 6/1 para fechar a partida e se encaminhar para a rodada final do Aberto.

 

O espanhol e o italiano escreveram o roteiro da segunda semifinal com uma superioridade de Nadal, abrindo 6/3 6/2, o jogo parecia encaminhado, mas no terceiro set Matteo fez 6/3 e esquentou a partida, não durou muito e Nadal fechou com mais um 6/3 em 2h55 de jogo. Mais uma final de Slam para o número cinco do mundo, que neste momento, colecionava 89 títulos de carreira.

 

A final da chave de simples, no fuso-horário de Brasília, foi 5h30 da manhã, hora  cruel para quem estava animado para assistir o embate de duas lendas, o jogo de Bia Haddad na final de duplas acabou 3h42, criando uma escolha para os telespectadores, salvar o sono e ganhar umas horas de descanso ou continuar acordado por duas horas e assistir ao duelo, que duraria cinco horas, aqueles que escolheram essa última, não se arrependeram.

 

Nadal e Medvedev não chegavam como iguais, o russo era favorito para conquistar o título, apesar de Nadal ter experiência e uma carreira vitoriosa. No início, Medvedev abriu com um 6/2, placar forte para aquecer os dois tenistas, o segundo set foi do russo, dessa vez mais apertado, dando indícios de uma recuperação do adversário de 35 anos, 7-6(7-5).

 

Enquanto o terceiro set se encaminhava para o quarto game e o russo abria 3/2 com o quarto game em 0-40, Nadal protagonizou uma das maiores viradas da história do esporte até os dias de hoje, empatou em 40-40 levando o set ao desempate, em dois match points, fez 3-3 e começou a sua caminhada ao título, duplo 6/4 e fechou com 7/5. 21° título de Grand Slam, deixando para trás, Roger Federer e Novak Djokovic, além do  90° título de simples da carreira.

 

A chave de duplas masculinas contou com quatro duplas com brasileiros, Felipe Meligeni e Rafael Matos enfrentaram na primeira fase a dupla italiana de Fabio Fognini e Simone Bolelli e foram derrotados por duplo 6/4. Ivan Dodig e o mineiro Marcelo Melo passaram por dupla franco-monegasca com parciais de 4/6 6/3 7/5, na rodada seguinte, enfrentaram os italianos Fognini e Bolelli e foram eliminados com placar de 7/6(7-2) 6/3. Bruno Soares e o britânico James Murray venceram nas duas fases iniciais, entretanto, também foram vítimas da dupla da Itália, 6/3 6/7(7-9) 3/6. Thiago Monteiro e Daniel Altmaier passaram na primeira fase sobre dupla italiana, mas foram surpreendidos pelos cabeças de chave n°10, Wesley Koolhof e o britânico Neal Skupski por 6/1 6/4.

 

Convidados pelo evento, a dupla de Nick Kyrgios e Thanasi Kokkinakis começaram a caminhada através vitória sobre outra dupla australiana convidada, na segunda rodada, eliminaram os croatas líderes do ranqueamento mundial, Mate Pavic e Nikola Mektic por parciais de 7-6(10-8) 6-3. Na semifinal, confrontaram os cabeças de chave n°3, o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos fecharam com 7/6(7-4) 6/4 e avançaram à final

 

A segunda vaga foi preenchida por Matthew Ebden e Max Purcell, os destaques são as vitórias na segunda rodada sobre a dupla colombiana ,terceira cabeça de chave, Juan Sebastian Cabal e Robert Farah, por 3/6 6/3 7/5, e na semifinal sobre os cabeças de chave n°2 do norte-americano Rajeev Ram e o britânico Joe Salisbury na combinação de 6/3 7/6(11-9).

 

A final foi o cenário perfeito para os torcedores australianos, jogo disputado, com leve vantagem para a dupla de Kokkinakis e Kyrgios, contando com o maior apoio da torcida, não tiveram dificuldades para fazer 7/5 6/4 e conquistar o primeiro título de convidados da história do torneio e a primeira dupla 100% australiana desde 1997 a vencer o torneio, quando Todd Woodbridge e Mark Woodforde foram campeões. A chave de duplas mistas foi vencida pelo croata Ivan Dodig e a francesa Kristina Mladenovic por 6/3 6/4 sobre os australianos convidados Jason Kubler e Jaimee Fourlis.

 

CHAVE JUVENIL


Classe selecionada para tenistas com idade inferior a 18 anos, reúne os principais atletas do ranqueamento juvenil da Federação Internacional de Tênis (ITF), a outra diferença para a chave adulta, é que não há chave de dupla mista.

 

A única brasileira inscrita, Ana Candiotto, 119° no ranqueamento, que unifica os pontos das modalidades de ambas as modalidades, perdeu na estreia para a tcheca Tereza Valentova, de 14 anos,, com parciais de 6/3 6/2. A tenista também contestou a chave duplas ao lado da taiwanesa Yu-Yun Li enfrentando as convidadas da casa Charlotte Kempenaers-Pocz e Taylah Preston, não foi possível superar as adversárias e foram eliminadas por 1/6 1/6 6-10.

 

Na chave de simples feminina, a vitória ficou com a croata Marcinko Petra, atual número um do mundo, sobre a belga Sofia Costoulas em parciais diretas de 7/5 6/1. Nas duplas, a norte-americana Clervie Ngounoue e a russa Diana Shnaider aplicaram 6/4 6/3 nas canadenses Kayla Cross e Victoria Mboko.

 

Os meninos decidiram a final masculina individual em 3h 42 minutos com parciais de 7/6 6/7 7/5, a favor de Bruno Kuzuhara ao enfrentar Jakub Mensik da República Tcheca. Bruno limpou o Slam ao conquistar a chave de duplas ao lado do honconguês Coleman Wong, frente ao norte-americano Alex Michelsen e o paraguaio Adolfo Danial Vallejo por 6/3 7/6.
 

TÊNIS EM CADEIRAS DE RODAS

 

As classes paralímpicas foram dominadas pela nação neerlandesa, como costume, em seis finais possíveis, os europeus chegaram em quatro, mantendo a hegemonia no esporte. Não houveram brasileiros inscritos. A classe é dividida em três subclasses: masculina, feminina e quads, esse último, é uma classe nova e voltada para atletas com maiores desabilidades que os impedem de competir como um igual às categorias tradicionais. Nessa modalidade esportiva, a bola pode quicar até duas vezes na quadra, inclusive fora das linhas de jogo, e um assistente poderá sacar caso o atleta seja incapacitado de tal ação.

 

No simples masculino, os cabeças de chave e líderes do ranking mundial da categoria, o japonês Shingo Kunieda e o britânico Alfie Hewett realizaram a final da categoria no torneio australiano, Shingo bateu Alfie por parciais de 7/5 3/6 6/2 e saiu do continente com o título. Nas duplas, Hewett junto a seu compatriota Gordon Reid foram campeões com a combinação 6/2 4/6(10-7) sobre Kunieda e o argentino Gustavo Fernandez.

 

As chaves femininas foram completadas com uma final neerlandesa, Diede de Groot venceu sua conterrânea Aniek Van Koot por duplo 6/1. Groot limpou o slam com a vitória nas duplas ao lado de Van Koot sobre a japonesa Yui Kammi e a britânica Lucy Shuker em um jogo bem disputado pelas parciais de 7/5 3/6(10-2).

 

No quad, evento apenas masculino na edição de 2022 do Aberto da Austrália, o neerlandês Sam Schröder venceu o jogador da casa e cabeça de chave n°1 Dylan Alcott, por 7/5 6/0. As duplas não foram vitoriosas para Schröder, apesar de ter chegado à final junto ao seu compatriota Niels Vink, foram derrotados com as parciais de 2/6 6/4(7-10) para o britânico Andy Lapthorne e o norte-americano David Wagner.

 

ONDE ESTÁ PENG SHUAI


A tenista chinesa Peng Shuai, ex 14° em simples no ranqueamento da WTA, desapareceu no mês de novembro após publicamente divulgar um caso de um suposto caso de agressão sexual envolvendo o ex-primeiro ministro chinês,  Zhang Gaoli. Momentos depois todas as publicações sobre o tema sumiram da internet e não houveram mais formas de contato com Peng.

 

A comunidade se mobilizou com o uso de #WhereIsPengShuai nas redes sociais com o objetivo de pressionar autoridades chinesas a darem respostas sobre qual a situação de saúde e segurança da atleta. Em dezembro, o Comitê Olímpico Internacional(COI) e a WTA confirmaram que tiveram conversas com Peng e tentaram acalmar a situação, entretanto, a falta de aparições públicas e de contatos pessoais foram o suficiente para manter os protestos em eventos da organização.

 

No Aberto, camisas com as inscrições: “Where Is Peng Shuai” foram distribuídas para os ingressantes nas arenas. Em primeiro momento, o Tennis Australia, empresa que realiza o Slam oceânico, impediu a entrada de pessoas com roupas e faixas que fizessem menção a tenista chinesa, mas nos dias finais recuou, visto a repercussão negativa.


GOVERNO AUSTRALIANO X NOVAK DJOKOVIC
 

O governo australiano é uma das referências mundiais no combate à pandemia do Covid-19, tendo fechado suas fronteiras e cancelado eventos domésticos e internacionais durante os últimos dois anos, no entanto, com o avanço da vacinação e criação de protocolos sanitários seguros, o governo resolveu reabrir o país e receber eventos esporádicos. De acordo com o site do Australian Open(AO), todos que desejarem participar do evento e tenham completado 12 anos e 2 meses ou mais, devem estar totalmente vacinados ou apresentar exceção médica válida.

 

O sérvio e atual líder do ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP) Novak Djokovic se tornou uma das vozes mais influentes do movimento anti-vacina, que ganhou força com a pandemia do novo coronavírus e a política global de imunização contra a nova doença. O atleta já comunicou que não se sente à vontade em ser “obrigado a se vacinar” ao viajar para competir. De acordo com a Cable News Network(CNN) do Brasil, o tenista adquiriu 80% do laboratório dinamarquês de biotecnologia “QuantBioRes”, com o objetivo de desenvolver um tratamento eficaz contra o Covid-19 sem envolvimento dos demais centros de saúde que produzem as vacinas utilizadas mundialmente.

 

O governo do maior país oceânico e a Tennis Australia reafirmaram a posição de vacinação obrigatória dias antes do evento, enquanto os torneios satélite estavam acontecendo, contudo, o sérvio e sua equipe se encaminharam para a nação, com uma exceção médica a vacinação, um dos requisitos que possibilitaria a entrada no país, entretanto, seria necessária uma quarentena de 14 dias e testes diários após a chegada para que fosse possível circular nas ruas de Melbourne e adentrar as arenas do AO.

 

Novak e sua equipe travaram uma disputa judicial contra o governo para que ele fosse autorizado a permanecer no país, de acordo com a Folha de São Paulo, o Ministro da Imigração Alex Hawke utilizou a Lei de Migração para cancelar o visto do sérvio, sob a perspectiva de saúde o ordem.

O Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic discursou em entrevista à agência  de notícias sérvia Tanjug(Via UOL Esporte) afirmando que “foi um maltrato, uma caça às bruxas”, em suas redes sociais, o Premier afirmou que esse comportamento não apenas atinge o tenista, mas sua família e toda sua nação.

 

Após dez dias de tensão, os juízes da Corte Federal assinalados para julgar o recurso do sérvio, negaram o pedido e cancelaram o seu visto, forçando a saída imediata do país, somado a isso, Novak não poderá voltar à Austrália pelos próximos três anos.

RIO OPEN: LISTA DE ENTRADAS É DIVULGADA

O ATP 500 da capital fluminense acontecerá no Jockey Club Brasileiro entre os dias 12 e 20 de fevereiro. Os destaques são o italiano Matteo Berrettini, sétimo em simples da ATP, Casper Rudd, estrela norueguesa e oitavo no mundo, além da vinda especial do argentino Juan Martin Del Potro, via convite da ATP, que está sem jogar desde a metade de 2019, devido a operações no joelho direito.

O único brasileiro confirmado em simples, via convite, é Thiago Monteiro, 1# do Brasil. Bruno Soares e seu parceiro britânico Jamie Murray, Marcelo Melo ao lado do uruguaio Pablo Cuevas, além de Orlando Luz ao lado do Rogério Dutra da Silva, que foi confirmado como convite para a chave, em forma de homenagem ao tenista que vai jogar pela última vez no torneio.

 

Os valores dos ingressos para o evento variam entre R$30,00 e R$800,00 com pacotes até R$955,00, mais informações no site oficial do Rio Open. A expectativa é que a entrada para o qualificatório seja franca, a organização irá divulgar todos os detalhes em uma data mais próxima ao evento.

 

FLORIANÓPOLIS: TORNEIOS W25 MOVIMENTAM A CAPITAL CATARINENSE

 

As quadras da Confederação Brasileira de Tênis(CBT) em Santa Catarina foram palco de dois eventos femininos da ITF seguidos. Campeonato direcionado a tenistas de ranqueamentos baixos e juvenis entrando no circuito, a realização desses eventos é importante para o desenvolvimento do tênis para a região.

 

Na semana de 17 a 23 de janeiro, a primeira rodagem foi vencida pela norte-americana Elizabeth Mandlik contra a chilena Barbara Gatica por 6/0 6/4. A chave de duplas teve a venezuelana Andrea Gamiz junto à norte-americana Sofia Sewing vencendo Gatica e a brasileira Rebeca Pereira por 6/4 6/1.

 

Os títulos se repetiram na semana dos dias 24 e 30, Mandlik sobre a neerlandesa Eva Veeder por 6/3 6/4 e Gamiz e Sewing triunfaram sobre a brasileira Ingrid Gamarra Martins e à norte-americana Jessie Aney. Essa edição foi atrapalhada pela chuva, que causou adiamentos e desistências por choques de agenda de várias tenistas.

 

HUGO CALDERANO E BRUNA TAKAHASHI CRESCEM NO ITTF

 

No tênis de mesa, o Brasil continua à superar barreiras, Hugo Calderano, atleta olímpico e do Orenburg, da Rússia, chegou ao terceiro lugar no ranqueamento mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa(ITTF) assim ultrapassando a melhor marca de um atleta do continente americano na história. Bruna Takahashi, atleta olímpica do Time Brasil, alcançou o 32° lugar no ranqueamento, o maior posto de uma brasileira

 

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