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06/02/2022 às 23h22min - Atualizada em 06/02/2022 às 21h25min

Com aumento de compras online, empresários de moda enfrentam desafios para atrair clientes

Empresas possuem um desafio diário de alinhar as estratégias do negócio às mudanças do consumidor

Jaqueline Nunes - Editado por Isabelle Lima
Reprodução/Pexels

O hábito de comprar artigos de moda online no Brasil, já era uma realidade há alguns anos, porém, tornou-se popular no auge da pandemia de covid-19, em 2020 e, a partir de então, se transformou em uma prática comum na rotina do consumidor. De acordo com um estudo realizado pelo IDC em setembro de 2021, cerca de 88% das pessoas compraram online. Destas, 74,7% adquirem produtos do setor da moda como vestuário e calçados.

Diante do cenário propício para as vendas em e-commerces, as empresas de moda possuem um desafio diário de alinhar as estratégias do negócio aos novos rumos do mercado. O movimento das grandes marcas está voltado para a otimização dos serviços nos marketplaces, como por exemplo o tempo de entrega, que impacta diretamente na experiência dos clientes com a loja.

Para os pequenos empresários do ramo, as redes sociais são as principais aliadas para o sucesso do negócio. Empreendedora do setor há 12 anos, Fabiana Silva de Guarujá, dona da loja online Faby Boutiq’s (@fabyboutiqs) conta que começou no segmento digital com um grupo no Facebook, mas nos dias atuais está ativa também no Instagram. Para ela, o maior obstáculo para as vendas por meio das plataformas digitais é a ausência de um site exclusivo.

 

“Os maiores desafios hoje são fazer das redes sociais a minha plataforma, é por elas que eu faço as vendas da loja. Utilizo muito o Instagram e o Facebook como minha vitrine, e o Whatsapp para a finalização, quase 100% dos pedidos são feitos por lá. Outro desafio é atrair clientes, vender para aqueles que ainda tem medo de comprar online, e por isso, a grande maioria dos meus clientes são indicações de quem já comprou”, pontua.


Ainda com a popularização do consumo online da moda, a retomada dos serviços presenciais animou muita gente. A pesquisa do Global Consumer Insights Pulse Survey, da PwC, realizada em 2021, revelou que 41% dos entrevistados ainda preferem ir à loja física do que comprar online. Isso porque, há a necessidade de tocar nos produtos, o que aumenta a confiabilidade do cliente, um fator decisivo no momento da compra.

A empreendedora Bruna Eduarda, dona da loja de moda e estética Modelliz, saiu das redes sociais e se tornou loja física em Guarujá, em São Paulo. A empresária acredita que o ideal é manter o equilíbrio entre online e físico considerando o público de consumo. “Elas se complementam, pois ainda temos o público que não participa das redes sociais”.

Um levantamento divulgado pelo jornal O Globo, mostrou que da faixa etária que está menos presente na internet (de 50 a 60 anos), apenas 14% realizou compras online na Black Friday, enquanto pessoas de 26 e 35 anos encabeçaram as vendas, representando 35,08%.

Com toda a jornada da moda e as mudanças no comportamento do consumidor, o mercado tende a pedir a integralização dos canais físico e online, suprindo os pontos fracos de cada estratégia e com olhos vidrados nas atualizações do comércio eletrônico que podem ser decisivas no mundo físico.


 


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