Bárbara Heck teve sua alimentação questionada dentro e fora da casa do BBB 22. (Foto: Reprodução / O TEMPO).A forma como a modelo vem se alimentando dentro da casa mais vigiada do país preocupou os fãs do reality e os outros participantes. Bárbara vem fazendo jejuns muito longos e comendo muito pouco, a sister, em conversa com outros brothers, revelou que não comem arroz, feijão, moela, rabada e bucho e que preferia ficar só com os ovos, frutas e alguns biscoitos. Não demorou muito para que internautas apontasse que a sister sofre de transtornos alimentares.
Depois de toda a repercussão, a equipe que cuida das redes sociais da modelo, usou o Instagram para defender e negou que Heck sofra de transtornos alimentares.
Mas o que são de fato os transtornos alimentares?
Para a nutricionista, Tamara Oliveira, se caracterizam por perturbações no comportamento alimentar, não são incomuns, que podem causar um enorme impacto na qualidade de vida resultando em problemas físicos e emocionais.
A preocupação excessiva com peso corporal e a insatisfação acentuada com a imagem corporal, com frequência, são influenciadas pela mídia que impõe padrões de beleza com a imagem corporal de pessoas extremamente magras, com corpos torneados e músculos definidos. A supervalorização da imagem corporal de indivíduos magros afeta negativamente o entendimento das pessoas com relação a padrões de saúde, tanto física, quanto emocional.
Para Tamara, os transtornos alimentares não se dão por causas naturais.
“No meu ponto de vista não se dá por causas naturais. Hoje em dia a mídia mostra muito padrão de corpo, de como as pessoas realmente deveria ser, só que chega uma um ponto extremamente rigoroso pelo corpo perfeito que isso acaba agravando o problema”.
É importante está atento a mudanças físicas e de comportamento para identificar quem sofre com transtornos alimentares para poder ajudar. É necessário muita conversa e apoio.
Como identificar esses transtornos?
Os comportamentos mais comuns da doença são: a redução da alimentação, excesso de exercícios físicos, utilização de redutores de apetite e laxantes e vômitos provocados.
“São pessoas que se sentem motivados a comer menos ou mais do que a quantidade habitual, levando a um comportamento fora do controle que pode trazer diversas consequências nocivas à saúde” explica a nutricionista Tamara Oliveira.
Os sintomas variam dependendo do tipo de transtorno alimentar. Anorexia nervosa e bulimia nervosa são os transtornos alimentares mais comuns.
Anorexia Nervosa:
Muitas vezes chamada simplesmente de anorexia, é um transtorno alimentar com risco de vida, caracterizado por peso corporal anormalmente baixo, medo intenso de ganhar peso e uma percepção distorcida do peso ou da forma. Pessoas com anorexia fazem esforços extremos para controlar seu peso e forma, o que muitas vezes interfere significativamente em sua saúde e atividades de vida.
Principais Características da Anorexia Nervosa:
- As perturbações no comportamento alimentar podem levar ao emagrecimento extremo (desnutrição), devido à extrema redução no consumo alimentar;
- Mesmo estando abaixo do peso, existe um medo intenso de engordar levando a comportamentos persistentes que interferem no ganho de peso;
- Pode ocorrer perturbação no modo de vivenciar o peso, tamanho ou forma corporais e uma negação da gravidade do baixo peso.
Bulimia nervosa:
É um transtorno alimentar sério e potencialmente fatal. Quando você tem bulimia, tem episódios de compulsão alimentar e purgação que envolvem a sensação de falta de controle sobre a alimentação. Muitas pessoas com bulimia também restringem sua alimentação durante o dia, o que geralmente leva a mais compulsão alimentar e purgação.
Principais Características da Bulimia Nervosa:
- Ingestão em um curto período de tempo de uma quantidade de alimento muito maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período;
- Sensação de falta de controle durante o episódio (sentimento de não conseguir parar de comer);
- Comer até sentir-se desconfortavelmente cheio e comer mesmo sem a sensação física de fome;
- Sentir-se deprimido ou muito culpado após o episódio de compulsão.
Tratamento:
É necessário um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos e nutricionista.
A nutricionista Tamara Oliveira, aconselha que é necessária muita compreensão e conversa com quem apresenta esses problemas, sempre mostrar que uma alimentação saudável não irá trazer prejuízos a sua saúde e estimular a prática de atividade física para reduzir os sintomas.
