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06/02/2022 às 23h46min - Atualizada em 06/02/2022 às 22h53min

A fé no interior

Em Pilãozinhos, janeiro é um mês especial para o povo de fé

Rayanne Carla de Melo Silva - Editado por Andrieli Torres
"Eu vim de lá do interior, onde a religião é importante" (Padre Zezinho)

Sempre fui muito curiosa por histórias, dentre elas uma sempre ficou na minha cabeça, ecoando e criando raízes, não que a história que irei contar daqui a pouco não esteja na minha raíz familiar. Apesar de ter nascido na cidade grande, meus pais são do interior e é dela, dessa fé, que irei contar um pouco.

Toda fé tem um começo, em Pilõezinhos, Paraíba, ela tem um toque especial, desde seu antigo nome "Vila de Santa Cruz" a festa do padroeiro, cujos os dias são de 10 a 20 de janeiro, mas não se engane se a população apenas vive da religião em janeiro. Esse mês é a coroação, é a cereja do bolo. Desde criança, eu não consigo lembrar um só dia em que a fé seja a força motriz daquela cidadezinha, ainda agora para escrever essa crônica peguei um cordel contando como tudo aconteceu e como cronista é aquele que vive em função dos acasos e causos alheios, preciso dá uma volta no tempo. 

O ano era 1855, hoje onde é o municipio de Pilõezinhos, era a Vila de Santa Cruz, naquela sesmaria era um local de senhores de engenhos, escravos e alguns homens livres. O Brasil, naquele momento, vivia um surto, uma nova pandemia, que se alastrou do norte do país até chegar por aqui. A cólera logo não tardou de fazer várias vitimas, contam os antigos um fato: era muito comum os corpos serem enterrados em valas comuns ou não ter como serem enterrados devido a falta de espaço nos cemitérios. Até uma certa pessoa entrar nesta prosa, Pedro Correia, um devoto a São Sebastião pediu a sua intercessão, caso a peste fosse cessada uma procissão de agradecimento seria realizada. A Coléra diminuiu, hoje o municipio e sua população faz a tradição e a promessa de Seu Pedro não morrer.

É muito interessante ver crianças cantando a ladainha, o andor e a devoção de muitos. Lembro de se encantar com a chegada do santo na casa de meu avô. A fé de um povo simples, onde apenas o metafisico consegue explicar o que nós meros moratai não conseguimos.

Termino o texto com uma salva!

VIVA A SÃO SEBASTIÃO !!

 
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