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11/02/2022 às 23h04min - Atualizada em 11/02/2022 às 12h58min

Crônica: Criativamente bloqueado, escrevo

Fernando Azevêdo - Editado por Larissa Bispo
Créditos/Reprodução: Internet

Olá! Me chamo Armando e, após alguns minutos escrevendo e apagando algumas frases, vim aqui falar um pouco sobre este intruso chatinho que aparece vez ou outra: o bloqueio criativo.

 

Cresci rodeado por leituras, e também sempre gostei de criar minhas próprias historinhas. Fazer baleias andarem e tartarugas voarem era muito comum para o meu eu de 10 anos. Sempre fui muito criativo. Penso muito, crio muito; adoro sentir que posso fazer o possível e o impossível acontecer quando tenho um lápis à mão - ou um teclado e uma tela.

 

Ao longo de todo esse processo, que me trouxe ao Armando, 34, escritor de ficção, aprendi muito sobre esse "superpoder". Aprendi que escrever exige tudo de mim, mente e coração inclusos. Me dedico muito quando escreve algo, e sempre me preocupo com cada letra, ponto ou vírgula.

 

Nessas, percebi que nem sempre minha mente vai estar no lugar, digamos, mais estável para uma pessoa que pensa tanto, com tantos cenários e personagens.  E aí vem, não tão raramente, um certo intruso. Ninguém mais, ninguém menos que ele: o bloqueio criativo. 

 

Ele não atrapalha só a mim, é claro. Quem escreve, como meus amigos jornalistas, sempre é meio perseguido por ele; mas também qualquer atividade de criação está sujeita a esse inimiguinho. Seja você músico, pintor, poeta, seja você um chef preparando um prato novo…

 

Ele é chatinho, mas não é o fim do mundo e não mina a criatividade para sempre. Ao menos, espero que assim seja, sabe? Ele passa! Claro, ele pode ser um vilão, quando você tem um deadline ou quando uma criação é profissional ou muito importante. Mas, calma lá.

 

São tantos aprendizados nessa vida de escritor, e lidar com o bloqueio criativo é um deles. Necessário! Aprendi a identificar ele. Se estou meio para baixo ou ansioso, fica difícil de minhas ideias super elaboradas fluírem. Por vezes, e isso me aconteceu hoje, fico tentando e tentando, até que uma hora as palavras fluem livremente. Mas descobri que isso não é ideal para mim. Se identifico que está difícil, o melhor é sair para dar uma respirada ou fazer outra atividade. Aprendi que insistir pode piorar.

 

Faz parte, não é mesmo? Afinal, eu e você, nós somos seres humanos. Não somos máquinas - eu, pelo menos, acabei de constatar que não sou um robô em um site de  compras, indicando quais fotos tinham faixas de pedestres. Dito isso, me despeço perguntando se você já sentiu criativamente bloqueado, e pedindo para você lembrar que isso é normal. Deixa as ideias fluirem no tempo delas, está bem?


 
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