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13/02/2022 às 22h29min - Atualizada em 13/02/2022 às 22h25min

"A República Das Milícias" no Rio Janeiro

Baseado no livro " A República das Milícias", de Bruno Paes Manso, o podcast retrata como funciona o submundo do crime e disputa de poder no Rio de Janeiro.

Paulo Victor Alves dos Reis - Revisado por Isabelle Marinho
Capa do livro "A República das Milícias" ( Foto: Reprodução/ Globoplay)
 
Rio de janeiro é conhecido como a "cidade maravilhosa", e tem um glamour turístico. Porém, apesar de seus encantos, há um "submundo" que está sob o comando de Facções e Milícias, e isso Bruno Paes Manso, jornalista e autor do livro “A Republica das Milícias”, mostra no podcast de mesmo nome, produzido pela Rádio Novelo, sendo o primeiro podcast original do Globoplay e apresentado pelo próprio jornalista.

Com um formato de documentário, contém oito episódios, onde ilustra desde o surgimento das milícias até o cenário atual, além de camadas sociais e políticas que conseguiram se infiltrar.
 
O documentário tem as participações dos delegados Hélio Luz, Vinícius Jorge, Deputado Marcelo Freixo, jornalista Daiane Mendes, ex-capitão da PM, Rodrigo Pimentel, Luarlindo Ernesto, o sociólogo José Claudio Souza Alves e alguns personagens criados para proteger a segurança dos entrevistados.

 
Teaser do podcast A República das Milícias (Reprodução: YouTube | Globoplay)

O jornalista convida os ouvintes para um passeio pela periferia fluminense. Ao decorrer dos oito episódios, o interlocutor aproxima-se da história abordada. O enredo funciona como um storytelling, com alguns efeitos sonoros e sons ambientes que transportam os ouvintes para cenas narradas, e com uma trilha sonora de fundo que transmite uma tensão.

Bruno tem uma espécie de bate-papo com figuras, como miliciano, traficante, delegado, policial, que relatam como funciona a estrutura de disputa de território e poder das milícias, o documentário também conta com músicas que vão da bossa nova ao Hip Hop.
 
No primeiro episódio, intitulado de Memórias de um miliciano, o personagem Lobo revela com se inseriu na milícia e fala sua história. O segundo, A pedagogia da violência, aborda como funciona a comunicação, vocabulário e a organização social e estrutura do poder paralelo. O terceiro, Bicho solto, mostra dois lados centrais do Rio de Janeiro, e como os milicianos viraram uma espécie de “herói” para a sociedade, também ilustrando como a imprensa abordava os relatos.

O quarto, Os fuzis, salienta a guerra de sangue entre os donos do morro. O quinto, Todo Azul, ressalta como funciona o novo business do crime. O sexto, Adriano, conta a história de um policial militar promissor que virou o principal assassino mais famoso do país e sua ligação com a família Bolsonaro.

O sétimo, Autor desconhecido, aborda a morte da deputada Marielle Franco, e a conexão da morte com a milícia, retratando também a tensão na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). E o oitavo, Se benze que dá, ilustra o sofrimento de todos, como de moradores, onde um ator dá vida a um rapper, e recita a letra de uma canção composta pelo personagem Gabriel.
 

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