Alma e Darío lidam com as consequências de sua aproximação (Foto: Reprodução/Netflix)A segunda temporada de Desejo Sombrio, produzida pela Netflix, encontra-se desde a sua estreia no top 10 brasileiro da plataforma de streaming. Apostando novamente no suspense e na química entre o casal Alma (Maite Perroni) e Darío (Alejandro Speitzer), a trama, assim como na primeira temporada, tem como mistério principal a busca pelo assassino de um importante personagem.
A primeira temporada conta a vida de Alma Solares, que descontente com o casamento monótono e a desconfiança de uma traição do marido, decide passar o fim de semana na casa da amiga, Brenda Castillo (Maria Yepes). Alma aceita o convite de Brenda para ir a uma festa e acaba se envolvendo em uma noite ardente com o jovem Darío Guerra. Atormentada pela traição, Alma está decidida a esquecer o que ocorreu, mas seus planos mudam quando ela descobre que Darío é seu aluno na universidade.
A morte de Brenda e a descoberta da real identidade de Darío são os mistérios que envolvem a primeira temporada até o último episódio. Os momentos finais mostram o sumiço de Darío e a última cena revela a aliança entre o investigador Esteban Solares (Erik Hayser) e Guerra, deixando lacunas e perguntas a serem respondidas ao telespectador.
O sucesso instantâneo
O lançamento ocorreu em julho de 2020 e obteve grande êxito em sua primeira temporada batendo o recorde de série não-inglesa mais popular da Netflix, assistida em seus primeiros 28 dias por mais de 35 milhões de contas em 77 países.
O sucesso instantâneo está envolto em diversos fatores e um deles se dá pela atuação impecável da ex-rbd Maite Perroni, que soube captar a emoção e a intensidade de Alma, culpada por trair o marido, mas com o desejo de ter mais, de se libertar das imposições de uma esposa perfeita e ser apenas uma mulher com desejos e anseios. Outro fator deste início e que também perdura até a segunda temporada são as cenas explícitas protagonizadas por diversos personagens, as quais acabam aguçando a curiosidade do telespectador.
A série mexicana foi renovada para a segunda temporada e as gravações iniciaram em meados de 2021. O trailer da segunda temporada lançado em janeiro deixou os telespectadores ansiosos, principalmente o teaser da cena do tão aguardado reencontro de Alma e Darío.
Trailer oficial da segunda temporada (Reprodução: YouTube)
Com a passagem de tempo de um ano, Alma está tentando superar os acontecimentos chocantes e o sumiço misterioso de Darío, mas os sonhos recorrentes com o homem e a chegada de seu convite de casamento a obrigam a reviver o passado. Nas vésperas da cerimônia, Alma procura Julieta (Ariana Saavedra), noiva de Darío, para contar a verdade sobre o homem, mas novamente é envolvida por Guerra. Na mesma noite, Julieta é encontrada morta e as suspeitas de seu possível assassino vão até o último episódio, quando ele é finalmente revelado.
Revelações do passado e presente
As surpresas desta continuação estão no desenvolvimento dos personagens principais, Darío e Alma. Aos poucos, a história e o passado de Darío são finalmente desvendados, onde é revelada sua verdadeira identidade e as motivações por trás de suas ações. Já Alma, divorciada e sem perspectiva de futuro, ainda se vê envolvida fisicamente e psicologicamente por Darío, o tratando como uma droga, um vício e crendo em suas atitudes impensadas na loucura como justificativa do amor, onde acredita na necessidade do homem para viver.
Em diversos momentos, personagens falam sobre o amor como loucura e obsessão, mas desejo sombrio deixa claro que o envolvimento entre Alma e Darío, nunca se tratou de amor. Apesar de não explícito, os indícios ao telespectador de uma relação abusiva começam quando há a percepção de que Alma deixou seus princípios, valores e sonhos para ceder às investidas obsessivas de Darío, buscando suprir seus desejos. Diversas vezes ela tenta escapar, mas ele sempre está rondando sua vida e o ciclo vicioso continua. Apesar de não saber como escapar desta relação, Alma encontra uma resposta quando conhece a verdadeira face, sem máscaras, de Darío Guerra.
