27/02/2022 às 04h05min - Atualizada em 27/02/2022 às 03h49min
Studio Ghibli
Conheça todo amadurecimento, aventuras e relacionamentos profundos nessas animações
Larissa Pessoa - Editado por Ana Terra
Fonte: Instituto do Cinema / Reprodução: Google O Studio Ghibli é um famoso estúdio de animação japonês, fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata, Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma, é conhecida por produções atemporais e cheias de beleza estética e narrativa. As temáticas dos longas da empresa possuem características particulares, apesar de históras comumente direcionadas ao público infantil, como amizade e família, também trazem abordagens com presença de guerras, mortes e outros dilemas mais complexos da realidade, ainda que em muitos deles unidos com universos fantásticos.
O primeiro longa do estúdio é de 1984 intitulado “Nausicaä no Vale do Vento”, o filme conta a história de uma princesa jovem e corajosa que precisa evitar uma guerra devastadora em um mundo pós-apocalíptico. Falando de princesa, a presença quase unanime de protagonistas femininas, é uma outra grande característica das animações. Hayao Miyazaki diretor da maioria dos longas, aborda características interessantes de se observar nas personagens, primeiro que a condução dos atos dos mesmos parece um pouco mais introspectiva e observadora do que normalmente vemos em longas infantis, a heroína ou herói, nunca é perfeito, a desenvoltura da trama sempre está atrelada a desenvoltura dos personagens, eles crescem, descobrem novas realidades, amadurecem e aprendem com a aventura, nem sempre existe um vilão. O grande vilão dos estúdios Ghibli, são as circunstancias, sejam guerras, trabalho exaustivo, doenças ou até angustias da infância, os vilões que existem apenas transitam nessas realidades. O longa “Meu amigo Totoro” de 1988 está principalmente atrelado a dramas da infância e doenças.
Outro aspecto encantador são os relacionamentos, eles não são presos ao romance, aqui nessas histórias, vemos relacionamentos de amizade, de trabalho, de amigos e também familiares, e mesmo quando acontece um romance é muito mais profundo do que esperado para uma história infantil, quase nunca casuais, os romances não se restringem a aparência das personagem, nem a simples atração de interesses ou objetivos, mas se desenvolvem em meio a conexões profundas das vivências dos protagonistas, que se desenvolvem sutilmente no cuidado de um para com o outro.
Cerca de 21 animações em longa-metragem foram lançadas pela empresa, algumas dirigidas Hayao Miyazaki, outras por Isao Takahata e outros diretores japoneses. A grande maioria das produções foi realizada em 2D, apesar das técnicas de animação japonesa (conhecida no ocidente como anime), porém “O Conto da Princesa Kaguya” de 2013, é uma animação em particular com técnicas não tradicionais e recentemente “Aya e a Bruxa” de 2020, foi o primeiro do estúdio com CGI.