A cidade de São Paulo é reconhecida por suas iniciativas no setor artístico e cultural. Grandes museus, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e o Museu Afro Brasil, registram a expressão de grandes artistas e a história de povos. Nesse sentido, considerou-se a importância de representar também as narrativas de minorias brasileiras, por isso, o Museu das Favelas e o Museu das Culturas Indígenas serão inaugurados em 2022.
Além das duas novas edificações, o Museu da Diversidade Sexual, existente desde 2012, passará por renovações e ampliações. De acordo com a gestão cultural da Capital responsável pelas idealizações desses projetos, os equipamentos públicos evidenciam a relevância da associação entre os espaços urbanos e essas manifestações advindas de grupos invisibilizados historicamente. As obras receberão cerca de 40 milhões de reais para a implementação.
“Esses museus estão sendo construídos com as comunidades, com os artistas e criadores desses grupos sociais”, é o que relata o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão. Conforme a declaração do secretário e o que pretende a gestão direta dos empreendimentos, os museus sempre priorizarão, nos espaços físicos e nas expressões artísticas propagadas, a presença dos atores sociais de cada coletividade representada.
Museu das Favelas
O equipamento foi idealizado em parceria com a Cufa (Central Única das Favelas), que desenvolve atividades socioculturais em mais de 5 mil comunidades brasileiras, e exibirá exposições multimídias interativas e temporárias, além de agregar com biblioteca digital, auditório, um centro de empreendedorismo com coworking, café e loja. Ocupando mais de 8.000 m², o museu está previsto para ser inaugurado em junho de 2022, com localização no Palácio dos Campos Elíseos, antiga sede do governo de São Paulo.
Museu das Culturas Indígenas
Localizado ao lado do Parque da Água Branca, no Complexo Baby Barioni, o empreendimento foi idealizado em conjunto com lideranças indígenas e com o Instituto Maracá - ONG de proteção aos patrimônios histórico, cultural e ambiental dos povos indígenas. Com previsão de inauguração já para este mês, a primeira exposição homenageará a memória do falecido artista e ativista por direitos indígenas, Jaider Esbell.
Museu da Diversidade Sexual
Programada para julho de 2022, o espaço será sediado no Metrô República. O referido Museu é considerado o primeiro destinado fielmente a exposições de representatividade da comunidade LGBTQIA+ na América Latina. O equipamento, que anteriormente era compreendido em 100 m², agora deverá ter 540 m². “A ampliação e reforma vão trazer mais vida para o museu”, reconheceu o representante da comunidade LGBTQ+, Ivan Santos.