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07/03/2022 às 14h53min - Atualizada em 07/03/2022 às 14h33min

Internet: a relação entre redes sociais e saúde mental

Entenda quais são os impactos positivos e negativos que o uso das redes sociais pode trazer aos seus usuários

Juliana Valillo - Editado por Julia dos Santos
The News CC; Glamour Globo; Medley; Hospital Santa Mônica; Vittude; Unimed
A utilização dos celulares para acessar as redes sociais | Fonte: Pexels
A internet é um recurso de grande importância na atualidade, que remodelou ações, comportamentos e o estilo de vida das pessoas. No entanto, a relação entre as redes sociais e saúde mental exige mais cuidado e atenção do que observamos hoje, uma vez que essa combinação pode elevar o risco de depressão e suicídio em jovens.
 
O Dr. Marcel Vella Nunes, psiquiatra do Hospital Santa Mônica, evidencia os motivos que transforma o uso da ferramenta em um transtorno chamado adicção por Internet (AI):
 
Os estudos sobre influência da mídia sobre a saúde mental mostram que os impactos do consumo excessivo de internet podem ser negativos à estabilidade emocional dos usuários. Nos casos mais graves, podem provocar práticas danosas à integridade da vida. As pessoas podem desfrutar os benefícios da Internet, mas com cuidado em colocar a vida em risco.
 
O avanço tecnológico trouxe uma maior facilidade em conectar usuários com o mundo. Além disso, a internet aproximou pessoas, encurtou distâncias e promoveu a interação global de uma forma rápida. Isso trouxe muitas vantagens, mas, em contrapartida, o acesso exagerado à internet vem gerando graves perigos.
 
Já os estudos médicos e científicos apontam e discutem a relação entre redes sociais e saúde mental. Os profissionais da área indicam a importância de procurar procedimentos para a proteção de pessoas de todas as idades, que podem ser dominadas pela nova doença do século: a adicção por Internet (AI).
 
As mídias sociais têm um potencial de vício semelhante ao das drogas ilícitas, do cigarro e do álcool. A situação tendo sido mais preocupante durante a pandemia, devido ao isolamento social, no qual as pessoas ficaram mais vulneráveis aos distúrbios psicológicos em razão da utilização excessiva das redes. A saúde pública tem um dos maiores desafios que é evitar as consequências da adicção por internet.
 
Um estudo recente da plataforma Scielo/USP avaliou a influência das mídias sociais no desenvolvimento de ansiedade e depressão em estudantes de medicina. Os resultados revelaran que a incontrolável utilização das redes sociais não se limita exclusivamente ao gasto de um tempo que poderia ser aproveitado a outras tarefas. A adicção à internet, se não tratada, podem resultar em prejuízos emocionais e significativos.
 
Segundo a pesquisa, o contraste entre redes sociais e saúde mental fragilizada pode resultar nos seguintes distúrbios:
  • Solidão, baixa autoestima e tendência a atitudes suicidas.
  • Impulsividade;
  • Hostilidade e comportamento agressivo;
  • Ansiedade excessiva;
  • Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade;
  • Transtornos de humor;
  • Consumo de substâncias;
 
BULLYING E CYBERBULLYING
Bullying é uma palavra de origem inglesa, que se caracteriza pelos atos de agressão e intimidação com frequência contra uma pessoa que não é aceita por um determinado grupo. Os atos de violência verbal, psicológica e/ou física fazem parte da prática do bullying.
 
o cyberbullying é a violência praticada contra um indivíduo na internet em geral. A prática também é chamada de bullying cibernético, e tem o sentido de utilizar o espaço virtual para a intimidação, hostilização ou humilhação de uma pessoa, difamando-a, insultando-a ou a atacando-a moralmente. Os principais casos de cyberbullying acontecem quando um indivíduo ou um grupo inicia uma perseguição a alguém sem motivo aparente ou pela reação a conflitos virtuais anteriores. Infelizmente, alguns podem adotar esta postura porque enxergam outros de modo irresponsável, sendo, consequentemente, influenciados a “entrar na moda”.
 
Dentre as possíveis consequências negativas do cyberbullying, estas são as mais preocupantes:
  • Fobia social;
  • Transtorno de pânico;
  • Prejuízos à alimentação;
  • Redução da autoestima;
  • Alterações na qualidade do sono;
  • Prejuízo aos relacionamentos interpessoais;
  • Desinteresse pelas atividades físicas;
  • Menor desempenho profissional ou acadêmico;
  • Ansiedade generalizada e depressão;
  • Suicídio, nos casos mais graves.
 
BENEFÍCIOS
É necessário considerar os benefícios resultantes do consumo saudável dessas ferramentas. As redes sociais ofereceram coisas boas ao conectarem seus usuários, de uma maneira instantânea, ao mundo.
 
Durante o período de quarentena vivido ao redor do mundo, o uso das redes sociais foi fundamental para ajudar no combate a essas questões. Os familiares e amigos distantes puderam se reunir por meio de conversas e videochamadas. Em consequência, as redes sociais obtiveram um papel essencial para amenizar os efeitos que a solidão pode causar, além de outros aspectos negativos que são ligados ao Covid-19.
 
Essas redes também são utilizadas em campanhas, como o encontro de pessoas desaparecidas, a procura de pets que fugiram de suas casas e até doadores de órgãos. É valido ressaltar que o lado positivo na ligação entre redes sociais e saúde mental. Quando acessado com bom senso e responsabilidade, o ambiente virtual traz transformações significativas e benéficas.
 
Os outros bons exemplos desses fatores benéficos são as redes sociais profissionais, nas quais os usuários podem se informar de maneira consistente sobre diversos assuntos. Dessa forma, cria-se um auento do conhecimento de mundo das pessoas sobre temas variados, bem como o esclarecimento de diversas dúvidas.
 
CUIDADOS
No intuito de melhorar a disciplina em relação ao uso das redes sociais, os seguintes cuidados podem ser seguidos:
  • Limitar o tempo de exposição;
  • Priorizar páginas que agreguem valor;
  • Evitar a exibição de intimidades na Internet;
  • Filtrar a fonte e avaliar a veracidade das informações divulgadas;
  • Não espalhar memes nem conteúdos de cunho preconceituoso ou imoral;
  • Estimular o respeito ao próximo e não disseminar o cyberbullying;
  • Monitorar os sites que as crianças e adolescentes costumam visitar.
 
A influência da relação entre saúde mental e redes sociais pode depender da qualidade do conteúdo que é consumido e da exposição à rede. O consumo excessivo pode provocar impactos desgastantes na maioria dos casos, que exigem terapias para a restabelecer o equilíbrio e o bem-estar. 

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