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18/03/2022 às 21h49min - Atualizada em 18/03/2022 às 22h18min

O Projeto Adam sabe divertir com uma história rasa sobre viagem no tempo

Bruno Cunha - Editado por Fernanda Simplicio
Um filme de ficção científica que não fala de viagem no tempo, não é um filme de ficção científica, certo? A abordagem do tema é algo comum, desde clássicos do cinema como De Volta Ao Futuro (1985), a longas de comédia Deadpool 2 (2018) que por coincidência tem Ryan Reynolds como protagonista. 

O filme conta que um viajante do tempo (Ryan) que volta ao ano de 2022 por acidente e acaba se encontrando com seu eu mais novo (Walker Scobell). Juntos, e sendo caçados por forças do futuro, os dois embarcam em uma missão para consertar a linha temporal e salvar seus entes queridos.

A narrativa de ficção científica que parece densa em um primeiro momento, é leve, como o filme em si. Mesmo com elementos quânticos e viagens entre linhas temporais, temos aqui uma aventura para toda família, bem estruturada e com piadas bem postas. 

Isso em alguns momentos acaba até sendo decepcionante, pois imaginamos algo intenso, como alterar um evento histórico ou como tudo funciona em 2055, mas aqui temos mais atenção ao núcleo familiar formado pelo protagonista junto com sua versão mais jovem.



Ao menos somos agraciados com um bom núcleo familiar, o pai (Mark Ruffalo), a mãe (Jennifer Garner) que são distintos de personalidade, mas fariam de tudo por Adam. Além de diversos conselhos que o ‘velho’ Adam dá para o ‘novo’. O longa esbanja simpatia entre o núcleo familiar.

E essa relação familiar aborda pontos até ousados para um longa mais leve, como o luto da morte do pai, a mãe buscando se encontrar e dar a melhor educação a Adam. E ele por sua vez passa pela adolescência, bem naquela fase onde o mundo parece ir contra nós.

Essa construção inesperada nos faz criar a empatia necessária pelos personagens. Mesmo quando há introdução de histórias secundárias, como a esposa de Adam, Laura (Zoë Saldaña), nos apegamos com facilidade e queremos o melhor para o núcleo.

A trama despretensiosa, está alinhada a um longa com grandes cenas de ação e com efeitos com diversos detalhes nas armas e elementos. Além da fluidez delas, a câmera segue sempre perto, e as coreografias têm um ritmo intenso, muito por causa da duração delas. São curtas, mas excelentes.



Essa sensação de filme de final de tarde é permanente, mesmo com um palavrão aqui e ali. Ele segue de uma forma previsível, sem nenhum risco, usando todos os clichês de filmes de aventura. Como já dito, a ficção científica é secundária.

E como o filme não toma riscos, o núcleo adulto é centrado e faz um bom trabalho. Os destaques ficam para Ryan que novamente consegue ser o cara da ação e da comédia, mas as melhores cenas são de Walker Scobell. O garoto tem boas falas, muda de persona quando necessário e ainda tirra de sarro de si mesmo (Adam mais velho). Que achado.

O Projeto Adam é um filme de entretenimento, para relaxar depois de um dia difícil ou quando você quer apenas ver um longa que seja tranquilo. Não traz nada que já não tenhamos visto de alguma forma, mas cumpre bem o seu papel.

REFERÊNCIA

FAN, R Crítica / O Projeto Adam  Plano Crítico Disponível em: https://www.planocritico.com/critica-o-projeto-adam/> Acesso em 15 de mar. 2022.


 
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