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04/04/2022 às 00h07min - Atualizada em 21/03/2022 às 01h25min

Discriminação racial na guerra da Russia X Ucrânia

Refugiados enfrentam racismo ao tentar deixar o país.

Cleide Assis - Revisado por Isabelle Andrade
(Foto: Reprodução Attila Kisbenedek /AFP/ Getty Images)


Os conflitos instalados na Ucrânia teve início dia 24 de fevereiro. A Rússia governada por Vladimir Putin, atacou o norte da Ucrânia em Kiev, com a tentativa de impedir que o país faça parte da OTAN (Organização do tratado do atlântico norte) – que tem como objetivo garantir a segurança de seus países membros por via política ou militar. Outra justificativa seria diminuição da influência que a Rússia tem sobre a Ucrânia.

Desde os primeiros ataques já se tem mais de 3 milhões refugiados, que estariam saindo do país pela fronteira com a Polônia. Ao tentar deixar o país os estudantes e trabalhadores africanos enfrentam dificuldades, o governo teria definido preferências na hora de retirar os civis, priorizando mulheres, crianças e depois homens brancos, os negros africanos que tentaram se opor foram ameaçados e agredidos pelos soldados.

Em entrevista ao portal CNN Estados Unidos, a estudante de medicina Rachel Onyegbule. Conta que ficou presa na cidade de Shehyni, a 643,7 quilômetros da capital de Kiev. Após mais de 10 ônibus saírem levando os cidadões Ucranianos.

“Pensamos que depois que eles levassem todos os ucranianos eles nos levariam mas eles nos disseram que tínhamos que caminhar, que não havia mais ônibus." Disse Onyehblue.

Para os irmãos congolês Jeancy, Nahomy e Israel a violência sofrida foi também física. Os estudantes de administração e engenharia contou ao portal do Reino Unido The Independent. Que foram insultados verbalmente e agredidos por funcionários da imigração ao tentar ultrapassar a fronteira.

Israel que tem uma deficiência física sofrida em um ataque racista na Ucrânia, antes da invasão Russa, foi separado dos irmãos na hora de passar pela fronteira.

“Quando eu disse que precisávamos trazer o nosso irmão conosco, foi quando eles começaram a nos bater e gritar para que voltássemos para fora... Os guardas da imigração, tanto homens como mulheres nos chamavam de nomes como vagabunda e vadia negra: eles se referiam ao meu irmão como um macaco". Disse Jeancy, 24 anos.

Por meio da hashtag #africansinUkraine ( africanos na ucrânia) refugiados conta como os negros estão sendo tratados, sendo relatados agressões físicas e verbais, ameaças por arma de fogo e  são colacados voltar ao final da fila.



















 

Racismo na Europa
O racismo pode ser visto no futebol da Ucrânia e da Rússia há anos. A partida entre Shinnik Yaroslavl e Spartak Moscou, da Copa da Rússia em 2018 foi marcada por episódios de racismo e uma enorme confusão entre os torcedores. Integrantes da torcida do entre Shinnik Yaroslavl exibiram uma bandeira com a suástica, símbolo nazista. A confusão resultou em 30 presos.

Em 2019 durante uma partida de futebol o atacante Brasileiro Taison foi punido após mostrar o dedo do meio e chutar uma bola em direção a torcida Dínamo Kiev, após ser vítima de racismo. O Dínamo de Kiev também recebeu uma punição.

Já em 2021 no campeonato ucraniano o Brasileiro Lucas Rangel, jogador do time Vorskla, da Ucrânia, foi vítima de racismo e injuria racial em uma partida contra o time Dínamo de Kiev. Na época ele utilizou sua conta do Instagram para se pronunciar, dizendo ter sofrido racismo, insultos vindos da arquibancadas e de um dos jogadores.

 
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