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31/03/2022 às 18h31min - Atualizada em 31/03/2022 às 18h20min

Arte como forma de sobrevivência

Milhares de Brasileiros optaram em desenvolver a arte para gerar lucro.

Beatriz Claro - labdicasjornalismo.com
Em 19 de março e celebrado o dia do artesão no Brasil, um dos setores que mais crescem a cada dia, principalmente após pandemia onde milhares de desempregados viram a fabricação da arte manual como uma forma de ganhar seu dinheiro. O país tem as mais vastas variedades de produtos artesanais do mundo, com os estilos e técnicas que atraem mais e mais pessoas.
 
A  grande São Paulo abriga  centenas pessoas que vivem da arte, também  centros e escolas de incentivo como é o caso da associação Movimento de mulheres do Jardim comercial  que já existe há 36 anos, no Capão Redondo, que foi criado com a junção de duas ex-professoras da rede pública que tiveram a ideia de transformar as mulheres da comunidade á conseguir uma renda extra, o projeto era financiado pelas professoras aposentadas que tinha um salário que não supria a quantidade de alunas que crescia a cada dia,  e não tinha nenhum incentivo  público,  e com a piora da situação econômica, uma das professoras decidiu criar um produto exclusivo pra levantar fundos e manter a associação ai nasceu o livro de pano do Movimento de Mulheres do Jardim Comercial, que é conhecido Nacional e premiado internacionalmente.


São mais de 163 mil artesãos cadastrados no programa (Sicad) Sistema de Informação Cadastrais do Artesão Brasileiro. Todos eles produziam e vendiam suas peças em feiras de ruas, em igrejas, eventos próprios para artesão e com a chegada da pandemia
cerca de 92%, deles tiveram que se adaptar suas formas de venda por meios de postagens em redes sociais como Facebook e WhatsApp. Pesquisa feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas em 2021.    
 
Historicamente artesanato nada mais é do que a produção manual de itens exclusivos produzidos por artesãos responsáveis pelo preparo desde a matéria prima até o produto final. No entanto, alguns artesãos compram as matérias primas e apenas dão vida aos seus produtos, que carregam histórias de afeto, amor e união.
 
O Economista Felipe Melo, de 36 anos, explica que a tendência é aumentar devido ao número de desempregados e com a Guerra que acontece entre Rússia e Ucrânia que irá abrigar vários refugiados no país assim aumentando a concorrência nas vagas das empresas. Muitos terão que colocar seu talento a mostrar. Para Felipe as pessoas que vivem de artesanato conseguem se controlar e administrar melhor suas financias, por ganhar de acordo com a produção e vendas de seus produtos não tendo uma renda fixa, fazendo com que os artesão se controle nos gastos e guardem mais dinheiro do que uma pessoa que trabalhar com salário fixo.  
 

Quem são essas pessoas. 

São pessoas que veem a arte como uma forma de passar seus conhecimentos, seu amor e ao mesmo tempo ganhar o seu dinheiro pra poder sobreviver, vendendo nas redes sociais ou em feiras de artesanato que é o Caso do Ivan  Matos , de 42 anos, nutrólogo que produz geleias caseiras com vários benefícios nutricionais em feiras de artesanato. "Sempre gostei de cozinha e assim levar um pouco do benefício, das frutas em forma de geleia para meus clientes” conta ele.


 
Keila Felix, 32 anos, formada em direito, antes do início   da pandemia trabalhava em cartório e agora produz cúpulas de flores com Led onde, consegue lucrar mais do que se trabalhasse em uma empresa privada. “Me encontrei, através da arte na hora do preparo das peças que são únicas, consigo transmitir o amor para cada um dos clientes”. Logo no início fabricava em casa, mas com a correria do dia a dia, e com a volta do comercio comecei a expor em feiras e Shopping disso tive que começar a fabricar no local de trabalho mesmo, muitos clientes acabaram ficando encantado em ver na hora a produção.
 
Marcia Rodrigues 49 anos, que atua  a mais de 20 anos como artesã e que agora está na fabricação de cama e casinha  para animais de estimação, cachorro e gatos, após ter o segundo filho ela teve que ficar cuidando deles  e pra ajudar na renda da familiar, começou na fabricação  de almofadas decorativas, mas logo mudou de produto. “Tive que mudar de produto, sempre amei os animais e hoje transmito o meu amor em cada uma das peças”. O processo e feito a partir da busca  do tecido usado pra produção que  são todos comprados no Brás, o zíper é escolhido conforme a cor e estampa de cada caminha feita, a parte da  costura é feito por mim já a espuma eu  e tenho a ajuda do meu  esposo que é  colocada a mão em cada uma delas.
 
Conta a  artesão, Rosane Silva  de 44 anos, que borda e pinta pano de prato conta   que começou a produzir após ter início de depressão pós parto, com o nascimento de sua Filha ela se viu sem chão, só conseguia pensar como ia conseguir suprir  as necessidades financeiras de sua filha  devido  seu esposo ganhar pouco, sem um emprego e como iria deixar sua filha pra trabalhar fora. “Quando comecei a produzir me senti mais aliviada'', conta ela. Os matérias são todos  comprado pelo meu marido no Bairro do Pari no centro de São Paulo, cada pintura e escolhida conforme a época do ano como natal, páscoa, dia das mães ou conforme encomendadas das clientes, todos são pintadas a mão, leva de cinco dias  a uma semana até a finalização, o processo é desenhar com o lápis depois passar a primeira camada de denta após dois dias até secar e ser passado mais uma camada de tinta, alguns precisão de três a quatro camadas levando mais tempo pra finalizar.

Desse modo, é possível perceber como o artesanato é importante tanto para essas pessoas que vivem como para os consumidores, e não menos importante pra cultura do Brasil.

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