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10/05/2022 às 10h03min - Atualizada em 02/05/2022 às 11h29min

Hate nas redes sociais: uma ponte entre obsessão e ódio

Entenda como as pessoas utilizam as redes para propagar ódio e disseminar desinformação

Vitória Barbara - Revisado por Jonathan Rosa
Imagem simbolizando um soco com a palavra 'HATE' - ódio. (Foto: Reprodução / Stock Imagens)

O termo HATER, de origem inglesa que em livre tradução significa aquele que odeia ou odiador, identifica aqueles que com ou sem motivo, miram em assuntos ou em uma pessoa específica e os “atacam” com comentários desagradáveis e, na maioria das vezes, desrespeitadores.

Os haters estão presentes em quase todas as redes sociais, como o Instagram ou Twitter. Sentimentos negativos, ódio e desprezo conseguem engajar pessoas que sentem o mesmo e, por isso, o motivo do sucesso deste grupo de "odiadores".

Como a maioria das pessoas se comunicam por meio das redes sociais, é fácil encontrar um grupo de haters em alguma publicação na internet. Raramente eles agem sozinhos. Ao colocar a palavra hater na aba de pesquisar do Instagram, por exemplo, irá encontrar diversos perfis que se intitulam haters de alguém ou grupo.

Devido a onda do cancelamento se encontrar ativa no mundo virtual, quando algum internauta posta uma opinião, foto ou até mesmo reproduz uma certa atitude, os haters comecem a enviar dezenas ou centenas de mensagens de ódio como resposta. Em alguns casos, as vítimas passam a receber até mesmo ameaças contra seu o bem-estar físico e moral.

Hata no twitter da Viih Tube.

Hata no twitter da Viih Tube.

(Foto: Reprodução / Print da Twitter)

De acordo com o Portal do Callado, o ataque perverso do hater gera prazer e estimula hormônios como a adrenalina e oxitocina, além de provocar uma sensação de empoderamento, o fazendo sentir um prazer impulsivo através dos ataques realizados na internet. Por conta da camuflagem das redes sociais, o sujeito acaba sendo incentivado a fazer uso destes canais para descarregar essa energia.

Dada a “proteção” do anonimato oferecida pela internet, os haters têm um espaço, de certa forma, seguro para serem perversos e propagarem desinformação que validam as agressões preconceituosas que alimentam o ódio generalizado. As redes sociais acabam trazendo uma imagem de impunidade para quem pratica esse ato, dando a sensação de que é permitido extravasar as suas fantasias mais inconsistentes.

Os alvos dos haters variam entre famosos e anônimos, bastando apenas possuir um perfil em alguma rede na internet. Mas o que leva algumas pessoas a atacarem as outras? Uma possível explicação seria a falta de autoestima, carência afetiva ou até mesmo, infelicidade com a realidade em que vivem. As feministas, por exemplo, são uma comunidade que frequentemente recebe ataques de internautas com um discurso de ódio, muitas vezes agressivo e violento.

Figuras públicas são alvos frequentes das ofensivas dos haters. Como estão sempre ativos nas redes sociais, é comum receberem comentários desrespeitosos sobre a sua aparência física, o trabalho que produz ou sobre a maneira que vivem. Algumas pessoas relacionam o sentimento de inveja aos ataques dos haters contra artistas – já que a maioria dos famosos ostentam vidas glamurosas.

As consequências que a presença do HATER pode causar

As consequências do Hate na internet.

As consequências do Hate na internet.

(Foto: Reprodução / Stock Imagens)

Bom, os efeitos causados pelos ataques dos haters são imensuráveis. O cyberbullying (bullying virtual) pode fazer com que a vítima, se sinta perseguida e por esse motivo, ela pode acabar se isolando do mundo externo. Outras consequências geradas pela presença do hater, são: ansiedade, síndrome do pânico e depressão.

Segundo a psicóloga Louise Macedo, em entrevista para o G1, outros sinais que mostram que a vítima está sofrendo com essas práticas violentas, são os aspectos interpessoais que apresentam problemas. Humor reprimido, baixa autoestima, solidão, tristeza e até mesmo pensamentos de cunho suicida são alguns dos exemplos.

 

Como identificar e lidar com um HATER

Pessoa gritando com a tela do computador.

Pessoa gritando com a tela do computador.

(Foto: Reprodução / Stock Imagens)

O ataque pessoal dos haters é facilmente identificável, já que estes elementos fazem os comentários que bem entenderem sem se preocupar com quem está lendo. As palavras escritas por eles desrespeitam não só as pessoas responsáveis pela publicação, mas também aqueles que comentam positivamente.

Haters são pessoas extremamente negativas, ao menos nas redes, e enxergam problemas em tudo que eles observam em postagens. Os haters, na maioria das vezes, apresentam desvio de caráter e comportamento com ausência de empatia em relação a outra pessoa. No entanto, independente do diagnóstico rotulado, eles devem ser punidos pelos crimes que estão praticando.

Apesar de ser difícil ignorar estas pessoas, é importante que as vítimas não respondam aos ataques ofensivos. Pois o contra-ataque fortalece a presença dos haters e os engajam a estarem mais presentes, já que eles percebem que estão sendo notados.

É necessário mentalizar que o pensamento deste grupo não deve mudar o seu comportamento diante da internet. Se por acaso você se sentir ofendido e desconfortável, a própria internet também oferece apoio para ajudar a lidar com esses casos. Um exemplo é o botão de bloquear, que está disponível em todas as redes sociais.

É importante compreender que qualquer comentário abusivo pode configurar crime. A partir do momento que a manifestação do pensamento atinge a honra, imagem, intimidade ou privacidade de alguém, isso pode resultar em um processo judicial ou ata criminal, dependendo do teor do conteúdo compartilhado. A denúncia contra os ataques dos haters devem ser feitas em delegacias especializadas no mundo virtual, para que os crimes sejam investigados.

Caso você se sinta mal, triste e exposto por situações como essa, é necessário que busque ajuda de um profissional de saúde mental. Ele poderá auxiliar no fortalecimento da autoestima, no resgate do amor próprio e no acréscimo da consciência de sua importância enquanto ser humano.

Afinal, o mundo virtual deve ser utilizado com moderação, no intuito de entreter e trazer informação, não afastando os indivíduos.

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