09/07/2019 às 16h37min - Atualizada em 09/07/2019 às 16h37min
Princesa Mononoke: Até aonde o ódio e a ganância irá nos levar?
Beatriz Neves - Editado por Bárbara Miranda
Meta galaxia
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FONTE: Um pouco de shoujo.
“Você está amaldiçoado!? E daí, quem não está nesse mundo louco?” Essa frase, dita pela Deusa Loba no filme Princesa Mononoke, revela que mesmo sendo proferida em um universo fantástico ela pode ser utilizada sem nenhum problema na nossa própria realidade. O fato é que a animação de 1997 é uma metáfora muito simples e bonita sobre as adversidades que o ódio e a ganância podem nos trazer.
O longa Princesa Mononoke foi produzido pelos Estúdios Ghibli e dirigido por Hayao Miyazaki, sendo um dos filmes de maior sucesso do estúdio japonês. Nele nós conhecemos a história de Ashitaka, um príncipe guerreiro que teve a sua aldeia atacada por um estranho demônio furioso dentro do corpo de um javali. O príncipe consegue matar o demônio e salvar a aldeia, mas fica com uma maldição no processo que pode tirar sua vida. Ashitaka resolve sair em busca de uma cura em terras longínquas, em que vivem os deuses da floresta. Lá ele se depara com San, uma jovem guerreira que foi criada com os lobos, e com Lady Eboshi, chefe de uma aldeia mineradora (a Ilha de Ferro) que quer destruir a floresta a fim de explorar suas riquezas. Assim, o jovem príncipe terá que lidar com a terrível guerra entre os deuses da floresta e os moradores da Ilha de Ferro, ao mesmo tempo em que lida com a maldição que se alastra cada vez mais pelo seu corpo.
Princesa Mononoke, como a maioria dos filmes dos Estúdios Ghibli, conta uma história bonita e com uma lição no final, que nesse caso é como o homem lida com a natureza e como ela pode ser negligenciada apenas por dinheiro. Apesar de ser uma história fantástica e se passar em uma era medieval, o filme trata de comportamentos humanos que estão presente na sociedade até hoje.
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FONTE: Nerd Geek Feelings. Ademais, a animação constrói a jornada do herói de forma muito consistente e competente, que enche os nossos olhos. Todos os personagens são muito bem construídos, nos mostrando que ninguém é totalmente bom ou mal, todos têm defeitos e qualidades. O filme também possui uma mitologia própria e um cenário incrível, com os animais, os deuses da floresta, a própria floresta e os personagens humanos compondo uma bela lenda que nos ensina a amar a natureza, e nos propõe um questionamento que consiste em saber até aonde vão os limites do progresso e quais são as conseqüências de enxergarmos o mundo com uma lente de ódio.
REFERÊNCIAS:
