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28/08/2022 às 23h11min - Atualizada em 28/08/2022 às 23h58min

Mulher-Hulk finalmente inaugura o formato de séries, e traz uma trama inédita ao streaming

Em uma série cômica que não se leva a sério, Mulher-Hulk abraça seu espaço no MCU de uma forma ainda não vista

Bruno Cunha - Editado por Fernanda Simplicio

Depois de ver 4 episódios de Mulher-Hulk, é perceptível que a Marvel Studios enfim abraçou que suas séries podem funcionar sem grandes menções aos universo do cinema, funcionando de uma forma isolada e bem construída.

 

Na nova série da Marvel Studios para o Disney+, mostra Tatiana Maslany como Jennifer Walters, uma advogada solteira, que é responsável por cuidar de uma divisão especializada em casos sobre-humanos. É também prima de Bruce Banner (Mark Rufallo), o Hulk e com a ajuda de seu parente, Jennifer consegue se transformar na versão feminina do eterno vingador, a Mulher-Hulk depois de um acidente.

 

As séries da Marvel, têm a preocupação de se ligar ao universo criado nos cinemas, tivemos recentemente o caso de Ms. Marvel onde o final de temporada, não só fez união da série com o longa The Marvels, como introduziu a primeira mutante. As outras produções sempre possuíam um lastro para outros conteúdos do estúdio, mas Mulher-Hulk, mesmo com a presença de um Vingador, se desprende de tudo construído até agora, e se preocupa em contar a sua história pela visão da advogada.

 

O tom cômico apareceu em todos os episódios vistos, mesmo com cenas em tribunais. Há alguns excessos em alguns momentos, como em Thor: Amor e Trovão, onde a piada fica solta e não agrega na cena em si, como se fosse uma necessidade de termos algo engraçado o tempo todo. Ela sabe divertir, faltou apenas polir um pouco uns momentos.

 

E o CGI que tanto incomodou nos materiais de marketing, não foi resolvido nos episódios, pelo contrário, ele ficou estranho em diversos momentos. Há cenas que ele está impecável, no nível Marvel, mas na mesma cena, ele perde qualidade, parece um vídeo do Youtube que diminui a qualidade de reprodução para não parar a reprodução. E para piorar, muitas vezes ocorre na protagonista, no Hulk há bem menos problemas.

 

Isso atrapalha a imersão na história, já que a protagonista está na forma ‘verde’ em momentos chave, mesmo com uma boa narrativa. Os diálogos são afiados e rápidos, o que salva nestes momentos. A trama entende que não precisa se levar a sério, e usar o fato de Jennifer tem seus problemas de relacionamentos.

 

O roteiro usa os poderes da Mulher-Hulk como a jornada de descoberta da protagonista, e isso ocorre de uma forma gradual, seja na aprendizagem dos poderes ou no seu trabalho de ajudar os heróis como advogada (Se prepare para diversas aparições surpresas e easter eggs pelos cenários). 

O ritmo condiz com uma comédia bobalhona, seja na montagem dos episódios e sua duração (Cada um tem uma média de 25 minutos), sem grandes ganchos entre os episódios.

 

E mesmo com a tomada de super heróis, a série possui elementos reais, como a protagonista na faixa dos 30 anos, que busca a medida certa entre o trabalho, amigos e relacionamentos. Essa balança que Jennifer busca encontrar é bem colocada, e tirando as partes que ela fica enorme e verde, podemos nos conectar com ela.

 

E a série não parece ter a preocupação de criar um nova heroína para o UCM, ela deve ficar no universo ‘das ruas’ do que batalhas com grandes vilões, de ser útil a sua forma. Algo que também a Marvel Studios, não adaptou no streaming. 

 

Nestes 4 episódios pouco se mostrou da vilã Titânia (Jameela Jamil), apenas percebemos sua imposição e estudo de Jennifer como uma stalker, já que ela acaba chamando a atenção da mídia quando consegue seus poderes, e aparecendo em eventos na forma Hulk. 

 

Tatiana Maslany é o grande nome, ela tem presença de cena, acerta o timing cômico e consegue trazer humanidade para a heroína, de uma forma que ganha o espectador rapidamente, sem grande esforço. 

 

Mulher-Hulk pode indicar um novo caminho para Marvel no streaming, já que busca uma narrativa única e não se preocupa com o que já foi feito. E sim, em construir algo novo, mesmo que tenha alguns rostos conhecidos. 

REFERÊNCIA

Sobreiro, P. 
Primeiras impressões | ‘Mulher-Hulk’ leva comédia para os tribunais, apesar do CGI estranho Cinepop Disponivel em < https://cinepop.com.br/primeiras-impressoes-mulher-hulk-leva-comedia-para-os-tribunais-apesar-do-cgi-estranho-356448/ > Acesso em 20 de agosto.

 

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