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18/02/2023 às 13h01min - Atualizada em 18/02/2023 às 11h03min

Visibilidade LBTQIAPN+ na literatura nacional

Livros e autores LGBT fazem sucesso no mercado nacional literário, ganhando a atenção de leitores e editoras

Samanta Nascimento - Editado por Luana Zuin
Instagram de clara Alves
 
Segundo o site Escrevendo o Futuro, livros LGBTQIAPN+ são aqueles que, não são só produzidos por autores da comunidade, massim também livros que abordam a temática, que saibam lidar e tematizar com sua existência, sendo aliados na construção de um mundo livre dessa especifica forma de discriminação.

Livros que envolvam a temática ou que tenham personagens LGBTQIAPN+ vêm cada vez mais conquistando espaço na literatura nacional, uma vez que a procura pelo subgênero crescendo muito rapidamente entre jovens e adultos, de dentro e fora dessa comunidade. Essa grande procura pelo subgênro também se dá por parte das editoras, já que tem conquistando leitores e vendas. 

Grande parte do sucesso desses livros se dá graças as redes sociais como Twitter, Instagram e Tik Tok, já que esses aplicativos têm subcomunidades que só abordam temas que envolvam livros e literatura. Essas subcomunidades tem um grande alcance nacional, onde criadores de conteúdo digital fazem vídeos indicando livros, no qual deixam jovens leitores instigados a conhecerem mais sobre a história e personagens.

Apesar da expansão que o mercado nacional tem dado a esses livros, temos muito o que melhorar na questão de representividade, como salienta a escritora Clara Alves, de 29 anos, autora do livro Conectadas, sucesso na literatura nacional com mais de 100 mil exemplares vendidos. Ao ser questionada em uma entrevista se a literatura que tematiza essa pauta tem muito a melhorar, ela nos fala:

''Com certeza, pois dentro das siglas temos muitas possibilidades. E nem só falando das siglas que são menos representadas, porque existem muitas pessoas não binárias, transexuais, intersexo, enfim, temos muitas pessoas da sigla que não encontramos nas livrarias. Talvez encontramos no mercado independente, mas é bem menos.''

A escritora ainda diz qual é a sensação e o que acha sobre a visibilidade desses livros: ''Eu fico muito feliz de estar ajudando outros autores a ganharem força, terem coragem de se expor, de escrever, que faz com que a nossa literatura cresça cada vez mais.''

Em uma outra conversa com o estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás, João Vitor Pimentel, de 20 anos e membro da comunidade LGBT, ele nos conta o que acha da visibilidade que livros com o gênero têm ganhado. ‘‘Ao olhar que alguns livros mais vendidos no Brasil são livros LGBTQIAPN+, fico muito feliz. Lembro da época em que uma vez houve a censura de uma HQ por ter um casal LGBT na capa, e hoje, olhar que livros assim estão sendo consumidos é muito gratificante.’’ 
O estudante ainda me diz o sobre como se sente lendo livros com essa pauta e como eles influenciam sua vida:
''Por ser uma pessoa dessa comunidade que não cresceu consumindo produtos desse gênero, hoje eu tento recuperar o que eu perdi, leio e fico muito feliz em me sentir representado. Além disso, com a leitura, posso entender um pouco também sobre outras sexualidades, como me relacionar com pessoas como eu, e também aproveitar e me entender mais e mais''.
Já Sabrina Conceição, estudante de Contabilidade da Universidade Federal de Goiás, de 19 anos, diz o que a motiva a ler livros com conteúdos LGBT, mesmo não fazendo parte dessa comunidade: ‘‘Honestamente eu considero livros com conteúdo LGBTQIAPN+ mais interessantes, pois abordam os problemas que a comunidade sofre e, pelo menos na literatura, pessoas da comunidade podem ter um final feliz de verdade e isso me conforta um pouco.’’
"Ao consumir esse conteúdo, pessoas que não são da comunidade podem enxergar fora da bolha que vivem e entender mais sobre a luta e o preconceito que a comunidade sofre.''

Entre os livros LGBTQIAPN+ mais populares e vendidos no Brasil, temos ‘‘Enquanto não te encontro’’ de Pedro Ruas, ‘‘Conectadas’’ de Clara Alves, ‘‘Quinze dias’’ e ‘‘Um milhão de finais felizes’’ de Vitor Martins, ''Heartstopper'' de Alice Oseman, ''Vermelho, branco e sangue azul'' de Casey McQuiston, ''Os sete maridos de Evelyn Hugo'' de Taylor Jenkins Reid e ''Com amor, Simon'' de Becky Albertalli.

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