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11/03/2023 às 17h11min - Atualizada em 11/03/2023 às 17h03min

Economia vs. Meio Ambiente: Biden deve tomar uma decisão em breve sobre Projeto Willow

Em trâmites para uma futura aprovação, projeto divide opiniões entre empresários e ambientalistas nos Estados Unidos

Maria Eduarda Pinto - Editado por: Bruna Nunes
Travel Photography - FreePik

Até o final de março, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve julgar a aprovação do Projeto Willow, um grande empreendimento de exploração de petróleo proposto pela ConocoPhillips, que movimentaria bilhões de dólares no distrito de North Slope, dentro da Reserva Nacional de Petróleo do Alaska. 

Descoberto em 2016, o petróleo da região pretende gerar, por meio do projeto, cerca de 600 milhões de barris de óleo. Porém, investimento ainda gera controvérsias em relação aos impactos ambientais causados pela atividade petroleira. Em North Slope, parte da população afirma que a aprovação geraria empregos e movimentação de renda por meio dos impostos, enquanto outros defendem que o modo de vida da região - que se sustenta da caça e da pesca - seria fortemente afetado pelas ações contra o ecossistema. Entre os possíveis danos, estão o vazamento de petróleo e o aumento exponencial do efeito estufa.

Entretanto, não só os moradores de North Slope se manifestaram em relação aos impactos ambientais da implementação do projeto. Nas redes sociais, mais de três milhões de assinaturas foram recolhidas na petição "Stop the Willow Project" ("pare o Projeto Willow", traduzido do inglês), do site Change.org, e milhares de vídeos e mensagens foram publicados contra a aprovação do projeto. 

Os especialistas também defendem que o projeto não seria prejudicial apenas para o ecossistema local, mas para a crise climática como um todo. Segundo informações estimativas do próprio governo norte-americano, o investimento poderia gerar mais de 9 milhões de toneladas de carbono por ano. Números que assustam, principalmente levando em conta as metas climáticas apoiadas por Biden em relação ao Acordo de Paris. 

Em fevereiro de 2021, Biden classificou as mudanças climáticas como uma pauta importante de seu governo: "Vamos combater as mudanças climáticas de uma maneira que nunca fizemos antes". Dois anos depois, em caso de uma possível aprovação, o presidente pode retroceder em relação às metas climáticas e promessas de campanha, nas quais afirmou acabar com novos empreendimentos de petróleo em terras públicas. 

Atualmente, o governo do democrata busca encontrar pontos de concessão no projeto. A esperança é de que a redução de locais de perfuração ou limitar a capacidade produtiva do projeto possam diminuir as controvérsias e impactos ambientais da sua aprovação. 


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