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24/03/2023 às 16h19min - Atualizada em 12/03/2023 às 10h38min

Livros para todos

Romances LGBTQIAP+ têm espaço na literatura, mas ainda temos que cobrar o óbvio

Marina Magalhães Prizan - revisado por Anna Sá
foto :( O Globo) livos LGBTQIAP+

Os livros com a temática LGBTQIAPN+ vem crescendo exponencialmente na literatura adulto- juvenil. Apesar disso, pesquisas mostram que tal gênero é pouco explorado e acaba caindo em estereótipos, deixando a literatura escassa quando percebemos que a poucos autores para escrever e dar luz a temática. Outro ponto a ser destacado é ter falta de representatividade devido a próprios autores não serem ou não se declararem parte da comunidade LGBT. Trazendo um sucesso menor para quem é o autor do gênero. Porém o site em.com.br aponta 30% de aumento em vendas na literatura com personagens não héteros, em um podcast feito o ano passado, realizado no dia 18/06.

A literatura busca mudar de acordo com a evolução da sociedade, representações, não só de sexualidade, mas de outras vertentes não visadas, é importante, para quem busca acolhimento, e identificação. Buscando entender como é viver sendo ‘não padrão social’’.
 
Raíssa Oliveira , produtora de Tevê e estudante de jornalismo, valida as informações citadas acima e destaca que deveria haver mais representatividade na literatura no quesito escritores.
 
É muito fácil encontrar livros LGBTQIA+, mas é escasso o espaço para autores que fazem parte do movimento. Muita vezes autores héteros ocupam o espaço que deveriam ser para quem realmente é do movimento, não culpando autores héteros, óbvio, mas sim o mercado que tira oportunidades de quem realmente sente na pele e que pode trazer uma história mais real para o público alvo.


Livros LGBTQIA+: As Melhores Dicas para Leituras Incríveis

Livros LGBTQIA+: As Melhores Dicas para Leituras Incríveis

Foto:(adrielia.com) Ilustração 


A jovem relata que a procura por livros um que eu tema é a quebra de estereótipos, começou desde cedo :
 
Sempre procurei ler mais sobre livros que envolvam a diversidade de pessoas, para chegar ao mais próximo da vida real. Percebi que desde 2020, a literatura representativa cresceu muito no mercado, algo que já era necessário.

Em outra entrevista, uma jovem de 19 anos, também estudante de comunicação social, expõe que com a vinda desses livros, pessoas podem enfim identificar e acolher.
 
Me interessei pela temática porque me descobri (ainda estou kk) bissexual no final início de 2022, tudo era e ainda é muito confuso para mim e eu insistia em me sabotar. Como gosto muito de ler, encontrei nas leituras LGBTQIA+ uma forma de inclusão, os livros que li trazem temáticas mais românticas porém se fosse eu criando, acho que traria muito uma abordagem que vi na série Feel Good, como são as dificuldades em ser da comunidade quando nem você sabe quem você é, abordaria o fato de que por maior que seja o amor pela outra pessoa, as questões sociais e preconceituosas principalmente familiares afetam o todo. Eu traria esse ponto, como é se descobrir na fase jovem /adulto e como isso afeta suas outras relações, pondo em "risco" a relação com a pessoa amada.


 

Foto:(Blog da Companhia)  Leia Com Orgulho


Um livro que li e que gostei muito foi "O amor não é óbvio" e acredito que ele conseguiu descrever equilibradamente vida pessoal e vida romântica, porém, acho que um livro meio que é só sobre a vida pessoal em destaque seria muito bom também, apesar da comunidade precisar acolher e etc, pessoas LGBTs também podem ser sós e consegue, e elas devem aprender a se amarem em primeiro lugar, acho que sim, poderiam existir livros mais voltados pra esse ponto em questão.
 
Dizendo que também não gosta quando algum livro põe o clichê das dores e finais trágicos: Me incomodam os finais trágicos, o desleixo com os finais e o cancelamento das leituras e também das produções audiovisuais, além dos esteriótipos com as meninas desfems. As mulheres em relações sáficas como um todo, gostam de mulheres e ponto. Porém, alguns livros e filmes retratam que a menina que se veste mais desfeminilizada ela necessariamente quer ser tratada como homem e acabou, quando não, além disso, é muito raro você ver um casal de duas "patricinhas" homossexuais, sabe? Ainda é muito enrustido a ideia de: uma menina tem que fazer papel de homem e a outra de mulher mesmo. Além disso, em alguns livros/ filmes o final simplesmente é esquecido, eles não se importam muito com o proceder e em muitos casos fica solto, como se histórias LGBTs não fossem tão importantes quanto heteroafetivas, isso é chato.
 
 
Aproveitando o gancho da colega de entrevista, pedimos para a Raíssa, nos contar que tipo de livro tem preferência. Ela revela que persegue os romances com protagonistas adultos e não adolescentes. Mas tente explicar a diferença entre as duas narrativas : Os dois são abordados de maneiras diferentes, eu vejo que na parte da adolescência, como é algo novo, é tratado com muita delicadeza e no ritmo da leitura, isso é bem mais lento. Com muitas perguntas a serem respondidas. Enquanto os romances adultos são mais rápidos no desenvolvimento do que incomoda a angústia da personagem.
Perguntamos qual romance pessoas héteros e LGBTS deveriam ler, pelo menos uma vez na vida, prontamente indicando:
 
O amor não é óbvio. Esse livro traz uma experiência incrível para quem lê e quem não lê livros LGBT, já que vai contar a história de duas garotas que, passando pela adolescência, vão passar pelo turbilhão de emoções e sentimentos para descobrirem quem são, e o que elas sentem uma pela outra.
 
 
Destacamos aqui que toda leitura que explora adversidade deve ser indicada para os mais diversos biotipos. afinal todos podemos distorcer o que achamos que é  o certo através de informação, uma nova visão.

Veja Também : Resenha critica de Extraordinário


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