Foto : ( Japão com Tsuge) Cinema NipônicoFilmes japoneses e coreanos, orietais e vietnamitas fizeram sucesso no decorrer da década de noventa. Nos anos 2000 se tornou popular a partir das lutas protagonizadas por Jackie Chan. E isso é bastante lembrado na memória afetiva. Mas uma coisa chamou atençã, a partir do Oscar 2023, ao acompanhar a entrega das estatuetas, pela live do portal nerd, Omelete, comentaristas deram margem para um debate.
Disseram que já ouviram de algumas pessoas que estão deixando de ver os filmes de ‘lutinha’’. Dizendo que, esse tipo de filme, talvez não sejam mais a preferência do público. e algumas pessoas não aguentam mais.
Acontece que cada produção audiovisual passa pela memória vivenciada. Conta uma história, a narrativa nunca será a mesma na crítica, mesmo que o costume não seja brasileiro.
Um filme é como um livro: são obras fechadas em teoria. Obras estas, de costumes ou com centralidade de outra etnia, que podemos sentir como parte. Todavia, isso não quer dizer que você não possa não se conformar com o final ou não imaginar o seu jeito de contá-la. A justificativa da aversão a gente até entende: é difícil achar um filme de outra cultura, ainda mais japonesas, sem que pareçam com mesmo já vistos em outras décadasentretanto devemos abandonar estereótipos.
Foto: (Financial Times) Cena do filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
Pois Parasita foi um grande exemplo sul coreano de filme fora dos padrões que esperávamos, por exemplo, e ganhou a premiação do Oscar de 2020. O longa, foi do suspense ao terror, e do terror, ao ódio por uma família sul coreana. De aproveitadores e justiceiros.
Então, apesar de entender o porquê das produções orientais, asiáticas, japonesas, coreanas e vietnamitas, não conquistarem todo mundo nessa década, é bom saber, que o roteiro faz a diferença e que japoneses, asiáticos, coreanos e vietnamitas só emprestam seu talento.
O que reforça a forte participação de filmes estrangeiros no ambiente consumidor dessa cultura tão diferente da nossa, são os animes e séries que ganharam ainda mais o coração dos brasileiros. A galera nerd, com preferência nesse consumo reapareceu e apareceu em peso, movimentando a comercialização de mídia e chamando a atenção das mídias. Talvez pode ter sido esse cenário que puxou tudo em todo lugar ao mesmo tempo, para a visibilidade entre a academia do Oscar na votação, dando a ele a oportunidade de ser o produto audiovisual, além de parasita, a ganhar o Oscar.
Alguns falam com muito desinteresse, mas é fato que o crescimento do entretenimento vindo do Oriente Médio vem crescendo nos últimos anos, lutando contra os desgostos. Afinal, a indústria cinematográfica precisa diversificar seus roteiros, surpreendendo o público, para que eles possam pedir por mais premiações para aqueles a quem o público não apostava.
Podemos considerar a chamada geração Z, que são os adolescentes da nova geração detentores responsáveis e defensores da cultura, inesperada para procura e curiosidade, tendo seu gosto primeiramente musical. E é com ele que vem a salvação dos produtos audiovisuais imersos em conhecimento, esperando que a estranheza seja amenizada diante das novas décadas .
Além de tantas posições contrárias, não podemos que os filmes abrem os nossos olhos para nossa posição enquanto crentes em algo e nos cobra o agir sobre um determinado acontecimento
O que vêm sendo explorado durante séculos no cinema nessa cultura, após um grande histórico de guerras, tentando fazer abandonar todo um arqueotipo de violência em filme. Mas isso foi um processo evolutivo. Conseguindo através de histórias leves, apesar de ainda existirem certos padrões a seguir no quesito tratamento social e familiar, como se fosse uma exigência imutável.
Mas é isso, toda diferença de criação merece espaço. E, sendo filme de lutinha ou não, alguns podem surpreender, podem não ser o tipo de preferência de todo mundo, porém existe muitos sonhos por trás de um filme, onde crianças e adultos independente da raça, cultura sonho em levar sua própria história para a tela. Direito conquistado desde 1919, ano do primeiro filme coreano que contava a história do direito ao voto, que na época sensibilizou o regime colonial.
