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19/05/2023 às 20h54min - Atualizada em 19/05/2023 às 20h24min

Resenha Rainha Charlotte: Uma história Bridgerton

Nicolle Santana - Revisado por André Pontes
(Foto: Reprodução/ Netflix)
 A série Bridgerton lançada pela Netflix tornou-se um fenômeno mundial. Baseado nos livros da autora Julia Quinn, a trama acompanha a família Bridgerton em Londres durante o século XIV. Devido a seu enorme sucesso, logo após a primeira temporada, foi anunciada a renovação da série até a quarta temporada, assim, garantindo que a história de pelo menos quatro dos sete irmãos, fossem retratadas nas telas.

Produzida pela Shonda Rhimes, responsável pela criação de diversas séries de sucesso da atualidade, Bridgerton ao ser adaptada para a dramaturgia, sofreu algumas alterações, entre elas o surgimento da Rainha Charlotte como uma personagem de relevância para a trama. Com o sucesso das duas primeiras temporadas, surgiu seu primeiro spin-off, Rainha Charlotte: Uma história Bridgerton.

Confira abaixo:
 

Trailer oficial de 'Rainha Charlotte: Uma história Bridgerton' (Reprodução: Netflix Brasil- Youtube)

Passado e presente entrelaçados
 
O spin-off relata a história da jovem Rainha Charlotte (India Amarteifio) ao chegar na Inglaterra para se casar com o rei George (Corey Mylchreest), mostrando sua relutância em casar com um estranho e as dificuldades enfrentadas no início. Com uma alternância entre passado e presente, a série mostra a Rainha Charllote atual (Golda Rosheuvel) vivendo uma crise na monarquia após a morte de sua neta e a ausência de um herdeiro na linha de sucessão ao trono, enquanto isso, o passado explica o porquê manter a linhagem para ela é algo de extrema importância que vai além da monarquia.

A química entre o casal é inegável, os atores escolhidos desempenham seu papel de forma brilhante tanto na versão passada quanto na futura. E as trocas temporais feitas no momento certo, instigam a curiosidade do telespectador em continuar assistindo à série e descobrir se tal ação do passado foi realmente realizada. 
 

 A história aborda não somente o passado dos monarcas como também o da jovem Agatha Danbury (Arsema Thomas), casada com o Lorde Danbury, um homem mais velho que sempre limitou seu destino. A trama mostra seu início na nobreza e os caminhos que trilhou para tornar-se A Lady Danbury - uma das damas mais respeitadas e temidas também pela sociedade.

A jovem Violet Ledger que no futuro viria a se tornar Bridgerton também ocupa seu espaço na história, mostrando o relacionamento amoroso que tinha com o seu pai, o que explica ela ter se tornado uma mãe tão amorosa.
 


Qual o motivo de seu sucesso?
 
Seguindo uma fórmula diferente de sua série-mãe, o spin-off relata uma história de um amor construído de forma emocionante e que não teve seus felizes para sempre o tempo inteiro. Que o amor foi uma escolha de todos os dias e que estava acima do grande problema que enfrentavam, mas que piorava ao longo do tempo, mostrando os altos e baixos no relacionamento dos monarcas e dando sentindo as poucas cenas que o rei teve em Bridgerton.

Um grande destaque foi o relacionamento entre os criados dos monarcas, Brimsley (Sam Clemmett) e Reynolds (Freddie Dennis) na juventude. Ainda que discreto, a série pautou o primeiro relacionamento LGBT+ na série, abrindo portas para que, temporadas futuras de Bridgerton, possuíssem outros casais fora do padrão hétero. Além disso, o racismo é exposto de uma forma mais aberta ao retratar o “Grande Experimento” social que a princesa Augusta (Michelle Fairley), mãe do rei, faz ao dar títulos aos nobres negros.

No geral a trama é cativante e encanta o telespectador, mostrando que apesar da série ser do mesmo universo de Bridgerton, sua narrativa é diferente e os problemas abordados nela são mais profundos. O modo como o foco da série foi divido, traz uma perspectiva que não somente os monarcas são os protagonistas, mas como aqueles em sua volta também.

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