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25/07/2019 às 16h05min - Atualizada em 25/07/2019 às 16h05min

Viagem no tempo – Relembre a moda através das décadas

Por Haylane Santos



A moda vai e vem, e muitas tendências de décadas atrás retornam e se fazem presente mesmo após 50 anos. Vamos fazer uma rápida viagem no tempo e recordar a indumentária das décadas passadas até chegarmos ao século 21.

 
Anos 20 – era do Jazz

Após a segunda guerra mundial, o glamour dos trajes luxuosos dão espaço para as roupas mais informais, com tecidos mais leves e soltos.

No vestuário feminino os espartilhos perdem espaço, as curvas não são mais tão valorizadas, deixando os vestidos mais soltos e sem marcar o corpo. A seda era um dos tecidos mais utilizados para a confecção de vestidos.

O corte de cabelo curto rompe com a ditadura dos cabelos mais longos, trazendo mais liberdade e modernidade para o look feminino. A maquiagem se torna popular com lábios vermelhos e os olhos pretos, bem esfumados.

A estilista Coco Chanel foi a responsável pela introdução de calças no vestuário feminino e de vestidos demasiadamente curtos para a época.

No vestuário masculino os ternos se tornam um item primordial tantos nos homens urbanos quanto rurais. Calças skinny e paletós eram usados com cintura marcada, as jaquetas para ocasiões informais eram curtas.

Os chapéus Fedora predominaram durante a década, criado originalmente para as mulheres, o chapéu tornou-se uma tendência masculina quando os gângsteres assumiram o acessório. Sapatos e bolsas Oxford de couro eram usados com roupas formais, bem como os bicolores, o outfit clássico de Al Capone.

   

(foto/reprodução:google)


Anos 30 – tempos de crise
 
Com a crise em 1929, a ousadia dos anos 20 deixa de fazer parte da composição dos looks. As curvas voltam a aparecer, as saias ficam mais longas, o cabelo ganha novo comprimento. A seda é substituída, em tempos de crise materiais mais baratos passam a ser usados em vestidos de noite, como o algodão e a casimira.

Diferente dos anos 20 em que o tornozelo ganha destaque, nos anos 30 as costas femininas são valorizadas com o corte enviesado e decote profundo nos vestidos de noite. As calças são inseridas no guarda roupa feminino – mulheres começaram a usar calças e blusas para o trabalho industrial, cavalgar e andar de bicicleta.

Os trajes esportivos inspiram para a confecção de novos vestuários como o short, e devido ao estilo de vida mais esportivo, os óculos escuros tornam se um acessório indispensável.

Com a retomada da valorização do corpo feminino, as mulheres passam a utilizar o sutiã, a cinta e o espartilho flexível, formas marcadas, porém mais naturais.

No vestuário masculino os paletós com abotoamento duplo se tornam uma tendência, a pegada militar do final dos anos 30 chega influenciando nas cores, em tons verde tipo oliva e musgo, além do amarelo escuro e bege.

 

(foto/reprodução:google)

 
Anos 40 – guerra e racionamento
 
Nos anos 40 com a guerra, o setor de roupas foi atingido e com isso precisou passar por mudanças. Escassez da matéria prima fez com que as pessoas reciclassem roupas e confeccionassem em casa. O guarda roupa se tornou minimalista, e as pessoas passaram a buscar por peças mais versáteis.

O vestuário feminino dos anos 40 era composto por ombros arredondados, mangas largas, corpetes cheios e com cintura marcada. As saias eram retas e com pregas invertidas - trazendo um aspecto bem romântico e sem muita sofisticação.


As calças ganham mais espaço no armário feminino, tanto por ser uma peça prática para trabalhar na fábrica, no campo, ou pela versatilidade que ela permite no dia a dia.
 
Nos acessórios, os chapéus são substituídos por tamanhos menores, além do uso de lenços, turbantes e redes.

O guarda roupa masculino também sofre mudanças, os paletós mais estreitos dão lugar aos ternos mais longos, acompanhado de calças mais largas com cintura alta. Os suéteres passam a compor o vestuário masculino em eventos mais informais.

 

(foto/reprodução:google)

 
Anos 50 – predominância do estilo americano
 
Cores e volume é a marca dos anos 50, saias e vestidos volumosos repleto de anáguas, com estampas de listras, xadrez, abstratas e florais. O comprimento era na metade da panturrilha.

Surge em 1952 a bainha ‘‘sereia’’, e saias de diversos estilos, como: godê, plissadas, pregueadas e franzidas.

Com o fim da guerra, as mulheres começam a ser impostas novamente com a tarefa de dona de casa, esposa e mãe. O estilo boneca, a valorização do corpo feminino, e a volta dos corselet com material mais ‘confortável’, menos rígido e mais estruturado.

Os cintos ganham destaque como acessório para compor a cintura marcada. As meias calças voltam só que agora sem costura – pernas nuas.

Os homens passaram a usar roupas mais sóbrias, peças em tecidos como o algodão, lã, flanela, xadrez e tweed. Cardigans ao invés de colete, calças estreitas e curtas, cores chamativas, bermudas e meias eram usadas durante o verão.

O jeans era usado esportivamente, porém alguns jovens aderiram a moda mais ‘‘rebelde’’ juntamente com as jaquetas de couro e as calças mais justas – referência ao rock and roll de Elvis Presley.
 

 

(foto/reprodução:google)


Anos 60 – anos dourados
 
As peças curtas chegam com tudo no armário feminino dos anos 60, estampas de poá, floral, geométrica, listras e looks unissex – peças que antes eram usadas por homens passam a ser usadas por mulheres, como os smokings.

Os vestidos com cortes retos, modelo tubinho curto. A minissaia surge, e os biquínis se popularizam com modelos tipo: hot pants e com top tomara que caia.

Nos pés, os sapatos estilo boneca se fazem presente, assim como a bota de cano alto. Na maquiagem os olhos bem destacados e a boca com tons claros, deixando de lado o batom vermelho. Cabelos compridos e franjas volumosas era a sensação dos anos 60.

Os Beatles tornam se referência na moda masculina dos anos 60, paletós sem colarinho, calças bem justas, cintura baixa, predominando as cores vermelho e rosa, principalmente nas t-shirts.

 O comprimento dos cabelos passa a aumentar, e o calçado com material de vinil traz modernidade e inovação.
 
 

(foto/reprodução:google)


Anos 70 - “Faça o amor, não a guerra”
 
Os anos 70 abre espaço para a era hippie, devido a influência do festival Woodstock. O psicodelismo é visto nas roupas, na forma de desenhos, cores, em tingimentos como tie dye. Os coletes predominam tanto no tecido jeans, como no couro.

As túnicas, minissaias e saias longas, são peças que se tornam essenciais, além das calças jeans boca de sino bem surradas e com enfeites.

Os óculos redondos viram febre, inspirados na cantora Janis Joplin. Os lenços e as faixas são usados na cabeça, nos pés sapatos plataformas, e acessórios com símbolo da paz, que preza a liberdade, o respeito e o amor.

As bolsas de crochê e a tira colo feitas de forma artesanal, invade o armário tanto feminino quanto o masculino.


Apesar dos anos 70 ser marcado pelas cores, o caramelo era predominante em acessórios como bolsas, sapatos e até mesmo em alguns detalhes das roupas.

A liberdade é cultuada também nos cabelos naturais, sem nenhum corte definido tanto por homens quanto por mulheres. O cabelo Black Power é assumido pelas pessoas negras, eriçado com pentes para dar mais volume.

Em meados dos anos 70, a era disco ganha espaço também na moda. A década que foi marcada pela individualidade e multiplicidade de estilos, do hippie ao punk.

Os homens passaram a usar mais acessórios, desde anéis, pulseiras e bolsas. As camisas eram de poliéster com golas pontudas, calças de tergal, com bastante cores e estampas.

A década foi marcada pela individualidade e acima de tudo pela liberdade.
 
 

(foto/reprodução:google)

 
Anos 80 – ‘’yuppie’’
 
Versatilidade é a marca dos anos 80, as mulheres competindo no mercado de trabalho em cargos de chefia com os homens, deram a essa década o estilo ‘yuppie’ expressão derivada da sigla YUP que significa "Young Urban Professional", ou seja, Jovem Profissional Urbano.

As mulheres vestem roupas de cintura alta, ombreiras, pregas e drapeados para compor os looks. Como essas mulheres começaram a assumir os cargos executivos, peças como os tailleurs, era a opção mais utilizada para o trabalho por ser um traje sério e alinhado.

No dia a dia, saias balonê e mangas bufantes incorporavam a vestimenta feminina. Em meados dos anos 80, as peças florescentes ganham destaque, usadas tanto em conjuntos, como também em peças misturadas com estampas diferentes.

As minissaias usadas sobre as leggings, a extravagância com o mix de composições. As maquiagens bem chamativas tanto nos olhos como na boca, trazendo cores vibrantes.

E nos cabelos, cortes assimétricos e o gel que era indispensável, tanto para fazer topetes quanto para deixar o visual com o ar de cabelo molhado.

Os sapatos coloridos nos pés femininos como scarpin ou sandálias de plástico - como a melissa.

Para os homens o mocassim, nas versões mais sóbrias e também em cores mais vibrantes. As jaquetas coloridas e extravagantes, decoradas com uma infinidade de zíperes e peças de roupas que levavam um toque militar, era os que mais causavam sucesso entre o público masculino. 
O uso de suspensório, gravatas coloridas, incorpora esse estilo bem exagerado e irreverente.

 

(foto/reprodução:google)

 
Anos 90 – a geração ‘Milleniuns’
 
Diferente dos anos 80, que reinava a extravagância, as cores. O início da década de 90 é marcado pelo minimalismo, cores neutras e poucas composições nos looks, até o estilo grunge, com suas camisas de flanelas e calças rasgadas trazendo a influência do rock, do fim dos anos 80.

As calças de cintura alta voltam com tudo assim como foi na década de 70, valorizando a silhueta feminina.

Os sapatos voltam a ter tamanhos desproporcionais, como plataformas e tamancos fechados.

As grandes grifes se tornam o sonho de consumo da geração de 90. Muitas peças como: saias, calças e blusas passaram por releituras.

O corte de cabelo estilo’’joãozinho’’, é aderido pelas mulheres. Assim como a trança box braids, inspirado no estilo jamaicano.

Os acessórios que mais se destacam são as bandanas, que eram utilizadas na cabeça, no braço, na calça jeans, amarrada na perna. E também a ‘’chocker’’, gargantilha preta usada pelas adolescentes da época.

Peças como camisas, jaquetas e macacão jeans, passam a dominar o armário masculino!

 

(foto/reprodução:google)
 

Anos 2000 - A década de ‘Mash – Up’
 
Os anos 2000 foi a década que não teve lançamento de novas tendências, teve bastante releituras, reciclagem de tendências dos anos 60,70,80 e continuou com a pegada minimalista dos anos 90.

No início da década, as mulheres vestem muitas minissaias jeans, jaquetas, tops, sandálias e calça jeans ‘’destroyed’’. Não tinham um estilo definido, as composições variavam muito, porém as cores eram muito presentes, os tecidos modernos que mudam de cor, e que não permeia o suor.

Já em meados dos anos 2000, a calça passa a ser a skinny, bem justas e de cintura baixa, túnicas com cintos na cintura, legging, bota cano alto com bico fino, as calças capri também tornam se parte do guarda roupa feminino.

No final dos anos 2000, sapatilhas, vestidos soltos de malha, camisas longas combinadas com um cinto, jaquetas de couro e casacos de pele fazem um retorno.

Os homens nos anos 2000, em geral voltam para a moda retrô, jaquetas de couro pretas, camisetas estilo Ed Hardy, botas de motociclista, blusas com decote em V de malha, casacos e óculos de sol Ray-Ban.

 

(foto/reprodução:google)


E aí, com qual década vocês mais se identificaram?!

 

@focanajornalista

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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