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05/06/2023 às 18h45min - Atualizada em 03/06/2023 às 16h53min

A representação do mito das sereias nos cinemas

Ramon de Paschoa - Revisado por Flavia Sousa
Madison, Ariel e Sereiano como representações de sereias nos cinemas (Divulgação: Disney/Warner Bros.)

O mito das sereias permeia o imaginário de crianças com as histórias de contos de fadas ou aventuras que se passam em alto mar. Essas que são passadas por gerações são conhecidas por serem criaturas místicas que enfeitiçaram homens até se afogarem. A existência da mulher peixe não é comprovada, mas ganham espaço nas grandes telas dos cinemas e atrai milhares de espectadores. 

 

Como surgiu o mito da sereias 

 

Estudos dizem que os primeiros registros desta mitologia se originou na Grécia, mas como a representação do ser metade mulher, metade pássaro que enfeitavam as pessoas pelo seu canto como é dito por alguns escritores, essa representação pode ser encontrada em estatuetas e vasos gregos ou até mesmo em joias. 

 

Muito se conhece das histórias de origens europeias como a mais famosa delas sendo o conto de Hans Christian Andersen, por exemplo, mas as histórias se popularizaram mundialmente. Em nosso folclore temos Iara, que é reconhecida na região Norte do Brasil, por ser ambientada no rio amazonas.

 

Nas histórias de “Mil e Uma Noites”, elas são descritas com aparência mais humana, mas que conseguem sobreviver embaixo da água. Nos contos coreanos, as sereias avisavam marinheiros sobre tempestades com seu canto para que não navegassem em certas direções. 

 

Representação nos cinemas


As sereias estão presentes em inúmeros gêneros cinematográficos, do terror até a comédia romântica. O mais clássico deles é Splash: Uma Sereia em Minha Vida (1984) e Aquamarine (2006) ou o seriado australiano H2O: Meninas Sereias (2006) trazem a representação deste ser como uma bela mulher, com seus cabelos longos e loiros. 

 

Produções mais antigas como ‘Miranda’ e ‘Mr. Peabody e a Sereia’, ambos de 1948, trazem a figura mística sendo retratada por uma figura feminina branca, aliás estamos falando dos anos 40, época onde não haviam mulheres pretas em papéis de destaque.  

 

A aparência pode ser representada de inúmeras formas, por exemplo, em Harry Potter e o Calice de Fogo (2005), a sereia é representada como uma mistura de um réptil com cabelos humanos. Já em Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (2011) elas são más e querem afogar os marujos através de sua beleza

A Pequena Sereia

Na cultura pop, a história de Andersen foi popularizada pelos estúdios Disney em 1989, mas com elementos diferentes ao original. Aqui conhecemos Ariel, filha descendente do rei Tritão que é fascinada pelo mundo humano. 

No conto de 1837, a sereia não possui nome e é bem mais trágico do que a versão da protagonista ruiva. Em troca de pernas humanas, ela sentiria dores nos pés em cada passo que desse e teria que matar seu verdadeiro amor para conseguir vida eterna na terra para quebrar o feitiço. Bizarro demais, né?

O início,  da conhecida como a “Era da Renascença", trouxe a animação que marcaria a infância de milhares de crianças com suas músicas, personagens carismáticos e a mensagem de corrermos atrás de nossos sonhos. 

Em 2023, a casa do rato lança o remake live-action da animação dos anos 80 com todos os elementos que o público conhece da princesa dos mares e sua vontade de se aventurar na superfície e conhecer o mundo terrestre.



Nesta versão, a atriz Halle Bailey interpreta a ruivinha e reprisa que a vontade de Ariel foi sempre fazer parte da terra firme. A escolha de quem ficaria com o papel principal se tornou uma incansável discussão nas redes sociais sobre a alteração da cor de pele da personagem. 

O ruivo foi escolhido por dois fatores, o primeiro era para que o público não confundir com a personagem feita por Daryl Hannah e que, diferente do loiro, seria mais fácil manipular a cor em diferentes iluminações durante o filme.

As sereias fazem parte de nossas vidas independente do tempo em que vivemos, ter alguém que se pareça com a gente nas telonas faz com que esses contos permaneçam cada vez mais vivos em nosso imaginário.


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