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29/07/2019 às 22h11min - Atualizada em 29/07/2019 às 22h11min

Primeiro líquido magnético foi criado pela impressora 3D

Um grupo de cientistas dos EUA criaram o primeiro líquido ímã, que pode ter aplicações que vão desde o combate ao câncer até a robótica

Isabelle Miranda - Editado por Thalia Oliveira
Divulgação
Com a combinação de um material líquido com propriedades magnéticas, resultou em inúmeras aplicações possíveis, por meio de uma impressora 3D. Esse experimento foi idealizado por um grupo de cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos EUA.

A equipe, liderada pelos cientistas Tom Russell e Xubo Liu, usou uma impressora 3D modificada para criar a substancia. “A pesquisa abre a porta para uma nova área na ciência da matéria branda magnética”, disse Russell. Até então, acreditava-se que ímãs permanentes só podiam ser feitos a partir de materiais sólidos.

A substância pode provocar uma verdadeira revolução em campos como a medicina e a robótica. As gotas líquidas magnéticas podem ser guiadas por meio de ímãs externos, o que permitiria guiar do lado de fora, medicamentos dentro do corpo humano. Tal procedimento permitiria combater melhor doenças especificas, como o câncer.

 Na robótica, o novo material permitiria a criação de máquinas mais ágeis. “Fizemos um novo material que é líquido e magnético. Ninguém jamais observou isso antes”, disse Russell, em comunicado.

Os cientistas do Berkeley Lab, primeiro produziram algumas gotas de uma solução de ferrofluido, que continha nanopartículas de óxido de ferro. Depois, usaram técnicas atômicas avançadas e uma bobina magnética, fazendo com que as nanopartículas de óxido de ferro assumissem o formato de “pequenas conchas maciças”. Uma vez que o estimulo magnético era retirado, essas conchas continuavam gravitando umas em torno das outras de forma uníssona, como “pequenas gotas dançantes”, brincou Liu. Ou seja, as gotículas de ferrofluido tinham se tornado magnéticas de forma permanente.

A equipe também descobriu que as propriedades magnéticas das gotas eram preservadas mesmo se fossem divididas e transformadas em gotículas menores e mais finas, além de o material poder ser sintonizado para alternar entre o modo magnético e um modo não-magnético.

Outras propriedades dessas gotas incluem a mutação de suas formas para se adaptar a qualquer ambiente e a possibilidade de “ativas e desativar o modo magnético”. Uma vez que as fundações foram lançadas, a pesquisa continuará com a impressão 3D de fluidos magnéticos mais complexos, como células ou robôs em miniatura que podem se mover com fluidez para transportar medicamentos para células doentes do corpo humano.

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