Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
31/07/2019 às 11h07min - Atualizada em 31/07/2019 às 11h07min

Copa Feminina destaca a luta por igualdade de gênero

Jéssica Marques
Imagem Ilustrativa: Huffpost

 

A última Copa do Mundo de Futebol Feminino teve  grandes nomes, como Marta e Megan Rapinoe. As atletas se destacaram, não somente nos gramados da França, mas também na vida de muitas outras meninas.

 

 

O caminho na luta pela igualdade no futebol é longo, mas gestos como de Marta (jogadora pela seleção brasileira) e de Megan Rapinoe (jogadora pela seleção americana), ajuda a abrir portas. A última copa do mundo de futebol feminina não foi marcada somente por grandes gols e brilhantes vitórias, as meninas também lutaram bravamente pelos seus direitos.

Um dos destaques desta copa foi Megan Rapinoe. A jogadora da seleção americana chamou muita atenção da população, e incentivou meninas a estarem mais conectadas com o esporte. Além disso, seus discusso e luta política não agradaram o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pois quando foi perguntada sobre a eventual visita à Casa Branca depois da Copa do Mundo, a capitã da seleção feminina de futebol dos EUA bufou e disparou em tom eloquente: “Não irei à merda da Casa Branca”. Rapinoe, destaque nos jogos, é uma ativista na luta pela igualdade e oposição ao atual presidente dos EUA.  Em uma entrevista ao Yahoo, Rapinoe diz que se considera um “protesto ambulante” e este é um dos motivos de não cantar o hino nos jogos.

A jogadora Marta também foi destaque nesta Copa. Após marcar o pênalti contra a Austrália no segundo jogo da seleção, a jogadora chamou atenção na comemoração do gol apontando para as chuteiras personalizadas com o símbolo pela igualdade de gênero no esporte. Outro ponto forte de marta nessa copa foi seu desabafo após a eliminação para a França, nas oitavas de final, também citando outros destaques da seleção brasileira: “Não vai ter uma Marta para sempre, uma Cristiane, uma Formiga. E o futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Chore no começo para sorrir no fim”. 

A luta pela igualdade de gênero é constante e mulheres como Rapinoe e Marta lutam por isso todos os dias. Elas acreditam que um dia todas as mulheres poderão ter os mesmos direitos e o mesmo tratamento social que os homens. Mas, acima de tudo, nesta copa elas deixaram claro que estão buscando seu espaço e lutando, cada vez mais, pela igualdade de gênero e espaço no futebol. 

Para entender melhor sobre os motivos que levam às mulheres a lutarem pela igualdade no esporte, listamos as 3 maiores diferenças entre as Copas do Mundo de Futebol: masculina e feminina. Confira: 
 

1-Transmissão na TV

Somente depois de oito edições da Copa do Mundo de Futebol Feminino que a população passa a acompanhar os jogos pela TV aberta. Pela primeira vez, as redes nacionais Globo e Band transmitiram todas as partidas do Brasil no Mundial da França. 
 

2- Salários em campo

Lionel Messi, jogador do Barcelona, é o atleta mais bem pago do mundo, segundo o ranking anual da revista Forbes: US$ 127 milhões entre salário e patrocínios. O valor é cerca de 282 vezes maior do que o recebido anualmente por Ada Hegerberg, do Lyon (França). A norueguesa, que tem o maior salário entre as jogadoras de futebol, fatura cerca de R$ 400 mil por ano.
 

3 - Por último e não menos importante: premiação

A diferença de premiação oferecida aos atletas na Copa é um dos principais indicadores da distância que separa o futebol masculino do feminino. No ano passado, os franceses, campeões do mundo na Rússia, levaram para casa US$ 38 milhões, pagos pela Fifa (Federação Internacional de Futebol). Às vencedoras deste Mundial, a entidade irá desembolsar modestos US$ 4 milhões.

 

Devemos ver essa luta como um fator essencial para alcançar todos os objetivos de igualdade, reconhecimento e visibilidade no esporte. Que discursos como de Marta e atitudes como de Rapinoe possam servir de inspiração para que outras pessoas também cultivem essa semente de esperança que foi plantada. E que na próxima Copa do Mundo de Futebol Feminino, possam ter salários, patrocínios e visibilidade iguais entre os jogadores.

 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »