05/09/2019 às 12h55min - Atualizada em 05/09/2019 às 12h55min
Brasil brilha e faz campanha histórica nos Jogos Parapan-americanos
Delegação bateu recorde de medalhas e conquistou a liderança do ranking
Amanda Mendes - Editado por Paulo Octávio
Nadador Phelipe Rodrigues ganhou sete medalhas de ouro e um bronze. Foto: Divulgação/ CPB O Brasil terminou sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no domingo (1), com recorde de medalhas. Os atletas conseguiram 308 medalhas. Foram 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. A equipe assegurou o primeiro lugar no ranking geral, seguido por Estados Unidos, México e Colômbia. O Brasil garantiu a liderança na competição pela quarta vez consecutiva e ainda ultrapassou a marca histórica dos mexicanos no primeiro Parapan, em 1999, quando o país latino conquistou 121 medalhas de ouro e 307 no geral.
Neste ano, a delegação brasileira da história teve recorde de participantes com 337 atletas e 513 pessoas. O esporte que mais se destacou foi a natação: 126 medalhas, 53 delas de ouro. A modalidade teve muita importância, e os dois maiores destaques das piscinas foram Daniel Dias e Phelipe Rodrigues. Dias conquistou seis ouros na edição de 2019. Já Phelipe conquistou sete ouros e um bronze. E o atletismo de Petrúcio Ferreira, recordista mundial de 100 e 200 metros rasos, alcançou 84 medalhas, e o tênis de mesa, 24
“Todo esse cenário de uma transição que nós estamos passando, aliada á evolução dos nossos adversários, faz essa competição muito desafiadora e certamente, o Parapan mais difícil que o Brasil já disputou. Considerando tudo isso, a participação foi excepcional. Nossa avaliação é a melhor possível e acho que o Brasil está fazendo aquilo que nem a gente imaginava”, disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, em entrevista ao portal O Globo.
Por trás das grandes vitórias e da quebra de recordes existem também histórias de dificuldade e superação. O brasileiro Vitor Tavares, atleta do Parabadminton -- esporte que estreou na competição --, ganhou do americano Miles Krajewski por 2 sets a 1 (com parciais de 21-18, 18-21 2 21-14) e continuou com o primeiro lugar. “O esporte transformou a minha vida de muitas formas. Na minha primeira competição nacional, fui campeão. Hoje, levo o esporte a sério, como uma profissão”, comentou Tavares também para o portal O Globo. E a primeira vez do Parataekwondo garantiu bons resultados para os brasileiros, que alcançaram dois ouros, duas pratas e um bronze na categoria. Debora Menezes foi medalhista de prata, e Nathan Torquato conquistou o ouro.
“Lima é o primeiro estágio dos grandes eventos do ciclo, que serve como um excelente termômetro para avaliar nosso planejamento estabelecido em 2017. Naquele ano projetamos os oito subsequentes. Tínhamos uma expectativa aproximada do que realmente alcançamos aqui, mas atingimos a meta e superamos a excelente campanha de Toronto 2015”, revelou Alberto Martins da Costa, chefe da missão brasileira nos Parapan de Lima. A próxima edição dos próximos jogos será disputada em Santiago, no Chile, em 2023.