STJD acatou a denúncia do Paysandu e não homologou resultado do jogo contra o Náutico, partida que foi válida pelas quartas de final da série C. Agora, o time pernambucano pode apresentar sua defesa até a próxima segunda. Julgamento do caso acontecerá nesta sexta (20). Porém, os jogos das semifinais não foram suspensos; o timbu perdeu para o Juventude, neste domingo, 16.
O vice-presidente jurídico do Náutico, Alexandre Carneiro, não crê em impugnação e a decisão do tribunal não muda o planejamento do clube quanto ao caso.
"Não muda nossa estratégia jurídica, estamos tranquilos e confiantes. Paulo César Salomão Filho [presidente do STJD] recebeu pela repercussão do caso, questão política. Mas o foco é que não suspendeu a partida. Então, indica que não há razão pra dar um julgamento favorável ao Paysandu", afirmou, Carneiro, ao Globo Esporte, sem dar detalhes sobre a questão política, que, segundo ele, pesou na decisão.
Mas se dependesse da CBF a partida seria referendada. De acordo com o parecer do ouvidor de arbitragem da entidade, Manoel Serapião Filho, Vuaden fez um 'trabalho positivo' e 'não houve prejuízo a uma equipe'. Entretanto, Serapião entende que o juiz errou ao não dar um pênalti para o Náutico aos 20 do primeiro tempo. Goleiro Mota derrubou Jean Carlos dentro da área após uma reposição errada; o árbitro nada marcou.
Foto: Reprodução/Danz
Segundo jornalista Andrei Kampff, a não homologação é uma padrão, assim como aconteceu em Botafogo x Palmeiras, no mês de maio último. O time carioca disse que o VAR foi usado de forma indevida na marcação do pênalti sofrido por Deyverson. O STJD acatou a solicitação para, posteriormente, marcar o julgamento e "congelou" os pontos do jogo. Após a análise, e nove votos contrários a revogação do jogo, foi confirmada a vitória do verdão.
Caso Aparecidense e Palmeiras
Palmeiras e Ponte Preta também entraram com pedido para anularem seus jogos contra Corinthians e Aparecidense respectivamente. O alviverde alegou que o árbitro Marcelo Aparecido de Souza usou de interferência externa ao anular o pênalti de Ralf em Dudu, na final do Paulistão de 2018. Porém, a diretoria não conseguiu uma prova, e a partida foi chancelada. Isso gerou uma crise entre o clube e a Federação Paulista que perdura até hoje.
Já a macaca conseguiu a impugnação de seu jogo da primeira fase da Copa do Brasil deste ano. Segundo o clube, houve interferência externa na anulação do gol de empate, que classificaria os paulistas, aos 44 da segunda etapa. Hugo Cabral estava impedido, e o árbitro Léo Simão demorou 16 minutos para anular o tento. Após uma guerra nos tribunais, que demorou 50 dias, a partida foi remarcada, e os goianos venceram o "segundo round" por 2 a 0.