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14/09/2019 às 00h35min - Atualizada em 14/09/2019 às 00h35min

Náutico vê 'decisão política' do STJD em não homologação do acesso

Confirmação da vaga dos pernambucanos para série B fica sub judice; julgamento do caso será na sexta (20)

Paulo Octávio
Árbitro Leandro Vuaden, pivô da polêmica. Foto: Caio Falcao/AGIF

STJD acatou a denúncia do Paysandu e não homologou resultado do jogo contra o Náutico, partida que foi válida pelas quartas de final da série C. Agora, o time pernambucano pode apresentar sua defesa até a próxima segunda. Julgamento do caso acontecerá nesta sexta (20). Porém, os jogos das semifinais não foram suspensos;  o timbu  perdeu para o Juventude, neste domingo, 16. 

Papão entrou com uma ação alegando que o árbitro Leandro Vuaden cometeu erro de direito ao dar o pênalti de Uchôa, em lance que a bola tocou no braço do jogador, aos 49 do segundo tempo -- quando os paraenses venciam por 2 a 1. Esse tipo de equívoco é caracterizado quando o juiz fere uma regra do jogo como permitir que uma equipe entre com 12 jogadores. Porém para anular a partida é preciso uma prova cabal. Especialistas afirmam que Vuaden cometeu um erro de fato, ou seja, ele interpretou o lance de forma errônea e isso não é o suficiente para anulação de um jogo. E o que pesa contra a anulação é a estabilidade do torneio e jurisprudência.

O vice-presidente jurídico do Náutico, Alexandre Carneiro, não crê em impugnação e a decisão do tribunal não muda o planejamento do clube quanto ao caso.


"Não muda nossa estratégia jurídica, estamos tranquilos e confiantes. Paulo César Salomão Filho [presidente do STJD] recebeu pela repercussão do caso, questão política. Mas o foco é que não suspendeu a partida. Então, indica que não há razão pra dar um julgamento favorável ao Paysandu", afirmou, Carneiro, ao Globo Esporte, sem dar detalhes sobre a questão política, que, segundo ele, pesou na decisão.

Mas se dependesse da CBF a partida seria referendada. De acordo com o parecer do ouvidor de arbitragem da entidade, Manoel Serapião Filho, Vuaden fez um 'trabalho positivo' e 'não houve prejuízo a uma equipe'. Entretanto, Serapião entende que o juiz errou ao não dar um pênalti para o Náutico aos 20 do primeiro tempo. Goleiro Mota derrubou Jean Carlos dentro da área após uma reposição errada; o árbitro nada marcou.

Foto: Reprodução/Danz

Segundo jornalista Andrei Kampff, a não homologação é uma padrão, assim como aconteceu em Botafogo x Palmeiras, no mês de maio último. O time carioca disse que o VAR foi usado de forma indevida na marcação do pênalti sofrido por Deyverson. O STJD acatou a solicitação para, posteriormente, marcar o julgamento e "congelou" os pontos do jogo. Após a análise, e nove votos contrários a revogação do jogo, foi confirmada a vitória do verdão.

Caso Aparecidense e Palmeiras

Palmeiras e Ponte Preta também entraram com pedido para anularem seus jogos contra Corinthians e Aparecidense respectivamente. O alviverde alegou que o árbitro Marcelo Aparecido de Souza usou de interferência externa ao anular o pênalti de Ralf em Dudu, na final do Paulistão de 2018. Porém, a diretoria não conseguiu uma prova, e a partida foi chancelada. Isso gerou uma crise entre o clube e a Federação Paulista que perdura até hoje.

Já a macaca conseguiu a impugnação de seu jogo da primeira fase da Copa do Brasil deste ano. Segundo o clube, houve interferência externa na anulação do gol de empate, que classificaria os paulistas, aos 44 da segunda etapa. Hugo Cabral estava impedido, e o árbitro Léo Simão demorou 16 minutos para anular o tento. Após uma guerra nos tribunais, que demorou 50 dias, a partida foi remarcada, e os goianos venceram o "segundo round" por 2 a 0. 

 


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