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20/09/2019 às 19h56min - Atualizada em 20/09/2019 às 19h56min

Professora de inglês realiza workshop sobre o teste de suficiência da PUC-Goiás

Quase todos os presentes não sabiam da obrigatoriedade do teste ou da exigência de duas línguas estrangeiras para se formar

Yorrana Maia - Editado por Millena Brito
Yorrana Mais

No teatro da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (campus V), às 15h da última terça-feira (17), ocorreu o workshop sobre estratégias e técnicas de leitura em línguas estrangeiras, com a professora de inglês, Beza Moraes. O workshop fez parte da sexta edição do "Informe-se", simpósio organizado pelo Centro Acadêmico de Jornalismo da Universidade, e trouxe à tona o teste de suficiência, o que despertou polêmica entre os ouvintes. Quase todos os presentes não sabiam da obrigatoriedade do teste ou da exigência de duas línguas estrangeiras para se formar.

Durante o curso prático, o questionamento de um ouvinte despertou uma polêmica entre os demais. O presidente do Centro Acadêmico de Jornalismo , Igor Afonso, levantou a questão sobre a obrigatoriedade do teste de suficiência. Assim, Beza Moraes ressaltou que não é possível requerer o diploma sem a aprovação nesse teste e, se o graduando se formar sem realizar a prova, é cobrado uma taxa de mais de R$ 300,00 para poder realizá-la. Ela até mencionou casos de ex alunos que pagaram a formatura, mas por estarem "devendo" o exame de línguas, não graduaram. Com isso começou outras perguntas, como: o porquê da obrigatoriedade desse teste, se nem mesmo no mercado de trabalho é exigido um segundo ou terceiro idioma, é um diferencial e não uma obrigação; por que não há divulgação de informações sobre isso; e como alguém sem conhecimento nenhum em outra língua pode passar nessa prova.

Beza pôde responder somente a última pergunta. Ela apresentou uma proposta rápida para aqueles que querem aprender a interpretar e traduzir textos em inglês sem precisar frequentar anos de curso: o inglês instrumental. A proposta é um curso com duração de um semestre que promete ensinar iniciantes em inglês o necessário para serem aprovados na prova de suficiência. O curso de inglês instrumental é oferecido pela PUC Idiomas com o valor de R$ 1,686,00. Ele é destinado somente àqueles que possuem pouca ou nenhuma experiência no idioma e não possuem disponibilidade para aprendê-lo de fato, lembrando que o inglês instrumental não é um substituto de um curso de idiomas, é apenas uma forma mais rápida de conseguir média suficiente no teste de línguas. Já o segundo idioma, ela sugeriu que os alunos comecem a estudar sozinhos ou paguem um curso de idioma.

Quanto as outras duas perguntas, por somente representar a PUC Idiomas, Moraes não soube responder. Então, se iniciou uma discussão entre os presentes. Alguns enfatizaram a falta de informação fornecida pela universidade sobre a prova, visto que a maioria presente, que estava entre o terceiro e o sexto período, até o momento desconheciam tudo o que Moraes explicou. Contudo, Igor Afonso disse que parte da culpa era dos próprios alunos, pois, segundo ele, falta interesse em procurar saber mais a respeito do teste. Ele citou o próprio workshop como exemplo. A intenção do Centro Acadêmico ao realizar o curso prático foi justamente informar sobre o teste de suficiência, mas a baixa presença no teatro (apenas 10 ouvintes) comprova que poucos alunos "buscam se envolver com a universidade".  

Vale ressaltar que a prova é realizada em duas datas diferentes do ano, geralmente em junho e novembro, e o graduando tem do terceiro período até o último para realizar o exame de forma gratuita. O teste de suficiência da PUC-GO é do nível A2, nível básico segundo o CEFR (Quadro Comum Europeu de Referência), e é dividido em três partes. A primeira parte é destinada a leitura de um texto acadêmico ou jornalístico em língua estrangeira; a segunda contém questões discursivas e de múltipla escolha referentes ao texto; e a terceira requer uma tradução do texto estrangeiro ao português. Não é exigido que o estudante saiba falar o idioma e é permitido a utilização de dicionários impressos. Mas, se o aluno apresentar um certificado de conclusão de um curso de idioma estrangeiro ou de um nível avançado no idioma, ele estará liberado da realização da prova (o certificado nacional tem uma validade de dois anos, ao contrário do internacional que não possui validade).
 
 

 


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