Nesta quarta-feira (20) é celebrado o Dia da Consciência Negra e o mundo da moda é um dos espaços em que ainda é eminente a falta de representatividade. De acordo com o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas que se autodeclaram negras no Brasil aumentou 32% entre 2012 e 2018.
Naomi Campbell, Lais Ribeiro, Winnie Harlow, Adut Akech e as irmãs Yacy e Yara. Nomes da moda nacionais e internacionais que levam para as passarelas mais que um conceito de moda, levam toda a força e resistência de serem modelos negras em um espaço que ainda segrega tanto como a indústria da moda.
Além das passarelas e dos editoriais, nos bastidores não é diferente. Em março de 2018 a Louis Vitton anunciou o primeiro estilista negro da marca em 150 anos. Virgil Abloh se tornou o novo diretor criativo da linha masculina da grife.
Na última semana, Naomi Campbell estrelou a capa Guardian Weekend e o que chamou atenção não foi a capa em si. Naomi relatou nas redes sociais que em 33 anos de carreira, essa foi a primeira vez que ela foi fotografada por uma pessoa negra.
Casos como esses mostram que apesar de tudo que é debatido hoje em dia, a indústria da moda ainda é protagonizada por pessoas brancas. É preciso cobrar diversidade na produção, para que o resultado atenda todos os públicos.
A luta deve ser diária, incentive, consuma e divulgue trabalhos que prezam pela diversidade. Questione, observe ao seu redor e busque alternativas para combater os padrões. Todos devem ter seu espaço de fala, os consumidores de moda devem estar unidos para combater todos os padrões que já foram estipulados e que não cabem mais.