Um terço da população da brasileira precisa de eventos gratuitos para terem acesso a cultura. A conclusão é de uma pesquisa realizada em parceria pelo Datafolha e pela J-leiva, consultoria especializada em cultura, esporte e investimento social. “É o mínimo que o Estado poderia prover: cultura de graça”, disse Débora Laurentino.
Os shows como os de Ano Novo, no Museu da República, mostram que há eventos grandes com entrada gratuita no Distrito Federal. Entretanto, o dia a dia da capital ainda é carente de lugares que tenham uma programação pensada em entreter o público brasiliense com entrada franca.
Ao perguntar para algumas pessoas de diferentes idades e classes sociais se elas preferem ir a eventos musicais gratuitos ou pagos, alguns responderam os dois, como Milena, 20:
”Em todos, porque posso ouvir uma música legal e diferente sem pagar nada, até mesmo conhecer uma nova banda/músico e isso é super importante para quem está em início de carreira, quanto simplesmente posso pagar para ir a um show de pessoas que hoje já são reconhecidas e amo escutar, até porque essas que são reconhecidas, dependendo, as oportunidades de ir à um show ao vivo são bem mais difíceis. Essas podem levar de 2 a 4 anos para ter a oportunidade novamente”.
Já alguns, principalmente as mulheres, preferem ir a eventos pagos. Ao questionar os motivos, alegaram que levam em conta alguns fatores como segurança, organização, conforto, qualidade do evento, quantidade de pessoas no local e apoio ou a falta do governo.
A segurança é um dos critérios vistos pelo público de um evento, seja pago ou não, e ela vai além da questão de furtos e assaltos, pois também podem ocorrer incêndios e mortes. Uma forma de evitar seria revistar as pessoas na entrada do evento e contratar seguranças para ficar dentro e fora do local. Natália Santos,19, também comenta sua preferência:
“Pagos, por normalmente ter mais segurança e estrutura melhor”.
Organização e conforto são tópicos que podem fazer alguém desistir de ir a evento musical. Eles são importantes para não gerar tumulto e lotar um espaço que não comporta os que vão chegando.
“Pagos. Segurança, conforto, qualidade e número limitado de pessoas”, diz Cassiana Cesario, 39, ao falar que prefere eventos musicais pagos.