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21/01/2020 às 15h49min - Atualizada em 21/01/2020 às 15h49min

Sobreviventes da tragédia do Ninho do Urubu são dispensados pelo Flamengo

Ao todo, o clube liberou 30 jogadores das categorias sub-13 e sub-20

Lúcia Oliveira - Editado por Paulo Octávio
Ricardo Moraes/Reuters
O Flamengo optou por dispensar trinta jogadores das categorias de base, entre eles estão cinco sobreviventes da tragédia do Ninho do Urubu, que aconteceu em fevereiro do ano passado e deixou dez jovens mortos e outros três feridos. Felipe Cardoso (meia, 16), João Victor Gasparín (lateral-direito, 15), Naydjel Calleb (zageurio, 15), Wendel Alves (atacante, 15) e Caike Duarte (meia, 14), que estavam no Centro de Treinamento do Rubro-negro no dia do acidente e não se feriram, estão na lista desligados pelo clube.  

"Fomos pegos de surpresa pela decisão do Flamengo. Não entendemos. Vamos conversar e ver ainda o que fazer", disse Carla Boroski, mãe de Naydjel Calleb, para o Globo Esporte.  De acordo com a diretoria da equipe carioca, isso se trata de uma decisão técnica, consequência de um processo natural que acontece dentro do planejamento anual das categorias de base. Além disso, o Mengão também afirma que esse é um meio de estimular a busca por outro clube por parte dos atletas, a fim de que eles possam dar continuidade ao processo de formação enquanto jogadores de futebol.

Em 2019, o clube chegou perto de ter um faturamento de quase 900 milhões de reais e para este ano a agremiação almeja um bilhão. Por outro lado, o Rubro-negro ainda nega na justiça a proposta de 24 milhões para indenizar as famílias das vítimas que morreram no incêndio do Ninho do Urubu. Em relação aos sobreviventes, todos já entraram em acordo com o clube.

 

Famílias dos jovens mortos na tragédia do Ninho ainda sofrem com a resistência do Flamengo na justiça. (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Na última sexta-feira, 17, o Vasco da Gama mostrou que a rivalidade pode e deve ficar somente dentro de campo e enviou um convite para os cinco dispensados pelo Flamengo para um período de testes no clube. Segundo o coordenador de captação do Cruzmaltino, Witor Bastos, o chamado tem um “caráter social”. 
 
“Assim que a gente teve notícia de que os atletas tinham sido dispensados do Flamengo, buscamos o contato dos responsáveis  e colocamos o Vasco à disposição para um período de treinos. A gente entende a expectativa que eles têm. a pressa que a gente teve de colocar o Vasco à disposição teve um caráter social.O Vasco tem essa parte social muito sensível sempre. Faz parte da essência e da história do clube.”, disse ao Globo Esporte.
O período de treinos, na maioria das vezes, acontece por 15 dias e os atletas são avaliados em todos os níveis. Ao fim dos testes, cada jogador é informado sobre sua permanência ou não na equipe. Até o momento, nenhum dos cinco garotos confirmou se aceitará o convite do Vasco. 

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