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09/02/2020 às 17h17min - Atualizada em 09/02/2020 às 17h17min

Teatro Folha recebe o espetáculo "Precisamos Falar De Amor Sem Dizer Eu Te Amo"

A peça produzida pelo casal de atores Priscila Fantin e Bruno Lopes ficará em cartaz durante dois meses na capital paulista

Jéssica Natacha - Editado por Mário Cypriano
Priscila Fantin, Bruno Lopes e Assessoria de Imprensa
(Foto / Divulgação: Gustavo Arrais)

O espetáculo “Precisamos Falar de Amor Sem Dizer Eu Te Amo” é uma comédia romântica que estreou no dia 05 de fevereiro e seguirá em cartaz até o dia 26 de março no Teatro Folha, em São Paulo, com exibições às quartas e quintas-feiras, às 21h. A peça conta a história de Pilar e Bento, ambos viúvos. Eles se conhecem pelo aplicativo de relacionamentos na internet. Após meses conversando virtualmente, é chegada a hora de se encontrar no mundo real. O encontro pode ter demorado, mas suas vidas já estavam há muito tempo entrelaçadas.

O diálogo do primeiro momento é transmitido por frases curtas, timidez ao “o desconhecido”, inseguranças e vulnerabilidade quando encarado o sentimento. O mundo virtual, gera um certo conforto, em contrapartida, pessoalmente as pessoas ficam inquietas ao conversar olho no olho. A partir daí,
começa a história dos personagens enquanto falam o texto, mantém uma conexão com a plateia durante todo o espetáculo, e isso faz as pessoas se sentirem presentes no palco, ocasionando muitas vezes a saída do roteiro, dando boas gargalhadas com o público. 


Cena em que o ator faz uma dança dos anos 90 no palco (Foto / Divulgação: Thiago Duran - AG News)

Inspirada na vida real, a peça retrata várias formas de empatia, gentileza e amor. Um simples “bom dia” com um sorriso verdadeiro pode mudar o dia de alguém; ajudar um idoso a atravessar a rua, ou até mesmo levantar do assento do ônibus - mesmo aquele lugar que não é o assento obrigatório. Gestos como estes, transformam a vida das pessoas, as tornam melhores e com a sensação de dever cumprido, não por obrigação, mas pela simples forma de agir. 

Uma peça repleta de reflexões, emoções, superação, incentivos e muito humor. Então, saia um pouco da rotina estressante do dia-a-dia e vá ao teatro! Desfrute a maravilha que é este espetáculo! Garanto que não vai se arrepender e ainda vai pedir replay.

O INÍCIO DE TUDO 

O projeto é resultado de uma criação feita pelo escritor Wagner D´Avila, após receber a proposta do casal de atores e produtores Priscila Fantin e Bruno Lopes, que por sua vez, receberam um convite do Instituto Hakumana, localizado em Maputo, Moçambique –  que cuida de crianças com HIV. A ação social seria inteiramente para auxílio da instituição, porém, a gratificação foi tamanha que os atores decidiram continuar esta jornada e espalhar a arte e o amor para o Brasil inteiro. 

A renda da peça foi revertida totalmente para a ONG, além de ajudá-los com suprimentos médicos, alimentos e vestimentas. A ação social resultou na alegria mútua dos envolvidos, trouxe esperança para a comunidade e ambos transbordaram-se em arte, cultura e gratidão. 

O escritor Wagner D´Avila  abraçou o projeto desde o início e ainda acrescentou novas ideias e perspectivas, pois, nada melhor que transmitir por meio da arte, bons argumentos e reflexões para uma sociedade calculista e robotizada pela tecnologia. Atos e gestos são mais fortes que palavras e assuntos que ainda são tabus - como doação de órgãos - devem ser expostos com leveza e precaução, assim como na peça. Um assunto importante, mas ao mesmo tempo delicado. 

Após o sucesso em Moçambique, Priscila e Bruno decidiram seguir com o projeto e espalhar a mensagem por todos os cantos do Brasil. A estrada deu vida a novas aventuras e agora é a vez de São Paulo, que recebe a temporada por dois meses na capital. 
 

A seguir, acompanhe a entrevista exclusiva que o casal de atores Priscila Fantin e Bruno Lopes concederam ao Lab Dicas de jornalismo.

Jéssica Natacha: O escritor Wagner D´Avila escreveu a peça especialmente para vocês, e a renda foi revertida totalmente para o Instituto Hakumana. Qual a sensação de ajudar as pessoas através da arte e ainda levar cultura para os que não tem acesso?

Priscila Fantin: Olha, a melhor possível. É uma sensação que a gente não consegue descrever, não tem nome. É um preenchimento, uma alegria, uma sensação de missão cumprida, de dever, de se alimentar, é muita coisa ao mesmo tempo. 

Bruno Lopes: É engraçado, a gente faz a ação para ajudar eles, e acaba que eles é quem nos ajudam. Porque a gente sai transformado, com o coração cheio de alegria, de esperança, ficamos com mais força de vontade para continuar nossa jornada, nossa missão e saber que a arte realmente transforma a vida das pessoas. 

JN: Como foi receber o convite do Instituto para uma causa tão importante? Vocês acharam que teria toda esta repercussão que está acontecendo? 

PF: A gente não imaginou, achamos que seria algo pontual mesmo, que a gente fosse pra lá (Moçambique) fazer essa ação e voltaria. Claro que nós tivemos que pensar muito porque é uma viagem cara, e fomos por vontade própria e recursos próprios, justamente para poder ajudar. Nós nos entregamos de corpo e alma, doamos a nossa arte, principalmente a arte, pois achamos que ela é o caminho direto para tocar e transformar as pessoas. Mas não imaginaríamos que seria toda esta repercurssão. 

BL: Tanto é que, foi ali, na volta para o Brasil, que a gente falou assim "Nós temos que realmente continuar com este espetáculo, cair na estrada e continuar neste mesmo formato”. Em todo lugar que visitamos, tentamos estar com as pessoas que tem menos acesso, aqueles que as vezes não tem recurso financeiro para poder assistir. Com isso, conseguimos arrecadar alimentos para levar às Instituições que precisam, levar diretamente à eles, passar um tarde ou o dia inteiro por lá, levá-los para assistir gratuitamente ao espetáculo. Enfim, é um enorme prazer para nós. 

JN: E como foi o processo de produção? Já que participam do início ao fim, além do trabalho em conjunto. 

BL: Foi muito engraçado (risos), porque a gente recebeu o texto e ele não estava 100% pronto. Quando recebemos a proposta para ir a Moçambique, conversamos com algumas pessoas sobre o assunto, e foi aí que lembramos do Wagner. E ele, com a sensibilidade única, estalou o dedo e disse “Eu já sei”. Depois disso, começamos a conversar sobre o espetáculo, sobre o texto, e quando o Wagner entregou o texto para nós, pela primeira vez, para darmos uma lida, foi bem no dia dos namorados. Já estávamos pensando na produção, em quem poderia fazer isso ou aquilo, foi quando lemos o texto. Ficamos tão encantados! Um olhou para o outro e então decidimos fazer tudo. Foi um desafio novo para a carreira, além de agregar outras funções também a ela. Já tinha feito algo, porém sem assinar e agora temos nosso próprio projeto.

PF: Verdade, parece que os personagens grudaram na gente, quando fizemos a primeira leitura, nós sabíamos como seria. O Bruno já tinha produzido outras peças; eu sempre tive vontade e tomei coragem por estar junto com ele neste projeto, fazendo isso juntos. E nós dois tínhamos vontade em dirigir algo, então, logo fizemos o figurino, cenário e tudo. Nos empolgamos (risos). 

JN: Resuma em uma palavra toda essa experiência ao qual vocês passaram e pelas pessoas que conheceram no caminho. 

O casal em uníssono responde: AMOR!  

 

SERVIÇO 

Local: Teatro Folha – Shopping Higienópolis, São Paulo. 

Data: 05/02 até 26/03 (quartas e quintas-feiras) 

Horário: 21h 

Ingressos: R$50,00 à R$60,00 (inteira)  

Aposentados, estudantes e Clube Folha R$25,00 à R$30,00 (meia-entrada) 

Vendas pelo site ou na bilheteria do teatro. 

Classificação indicativa: 16 anos 

 

 


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