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21/02/2020 às 10h45min - Atualizada em 21/02/2020 às 10h45min

Samsung e Motorola suspendem produção de aparelhos no Brasil

Empresas enfrentam falta de componentes em decorrência do surto de coronavírus na China

Thiago Oliveira - Edição: Manoel Paulo
Tecnoblog
Báo Giao Thông
Mesmo sem casos confirmados, o Brasil já enfrenta os efeitos do novo coronavírus. A Samsung e a Motorola anunciaram a paralisação das produções no país por falta de componentes. A fábrica da gigante coreana em Campinas (SP), orientou os funcionários a não irem trabalhar entre os dias 12 e 14 deste mês, e a Flextronics, responsável pela produção dos aparelhos da Motorola, deu férias coletivas para seus funcionários desde o dia 17.

A China é um polo da tecnologia, da fabricação à montagem de componentes e aparelhos. O país asiático liderou o ranking de importações de componentes de eletroeletrônicos no ano passado, chegando a 42,2% do total de importações mundiais. Com o surto do vírus que assola o país, empresas foram forçadas a fechar ou reduzir a carga horária de trabalho, impactando diretamente na produção de peças.

Não é só Samsung e Motorola que estão sofrendo com essa falta, a preocupação de que outras produções que dependem da indústria chinesa comecem a sofrer as consequências, atinja outros setores da tecnologia. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Industria Eletrica e Eletronica, (ABINEE), 22% das 50 empresas pesquisadas, já sofrem com essa crise. Ainda segundo o levantamento, cerca de 2,2% devem interromper a produção nas próximas semanas.


Com tantas incertezas geradas pela crise dos componentes, sobe o receio quanto ao preço final da venda dos aparelhos. Seja por dias parados na produção ou por custos extras com funcionários. O coronavírus tem afetado ainda a cotação do dólar, que influencia diretamente o preço final dos aparelhos. Desde que o surto começou, a moeda americana tem atingido valores históricos, passando a barreira dos R$ 4,40.

Mesmo com os esforços do governo chinês essa crise parece estar longe do fim, o que aumenta o receio de empresas e funcionários. “Estamos preocupados que isso ainda vá longe. Embora o vírus não tenha chegado ao Brasil, as consequências já vieram”, afirma Sidalino Orsi Junior, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região.
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