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01/04/2020 às 18h12min - Atualizada em 01/04/2020 às 18h12min

Indústrias de eletrônicos estão paralisadas por conta da pandemia do novo coronavírus

O setor está com o faturamento em baixa

Por Isabela Tavares - Editado por Luana Gama
G1 / sites de tecnologia
Germano Lüders/EXAME

As consequências acarretadas pelo novo coronavírus já estão começando a aparecer ao redor do mundo não apenas na área da saúde, mas também na economia. Após a China ter que paralisar a produção de componentes eletrônicos, uma pesquisa realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) mostrou que 50% das empresas de diferentes setores da cidade de São Carlos, interior de São Paulo, foram afetadas por essa interrupção. A chegada e avanço do vírus no Brasil também foi um dos motivos para 24% das fábricas de eletrônicos pararem a produção, como foi o caso da Samsung, em Manaus.

 

A China é o país com a maior produção de insumos eletrônicos do mundo e também a principal fornecedora desses componentes no Brasil, o que afeta o abastecimento da indústria tecnológica no país. Segundo o gerente da coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo, em fevereiro, o país foi afetado pela falta de matérias-prima. No país asiático, a Foxconn, que produz para empresas como a Apple, já sentiu o impacto no faturamento por conta da pandemia. A companhia teve queda de 23,7% nos lucros do último trimestre de 2019 e apesar de não justificar o declínio, a empresa possui filial na China, país que começou a ser afetado pelo vírus no final de 2019 e início de 2020. Outras multinacionais também afirmaram que já está previsto queda nos lucros para o primeiro trimestre de 2020, pois não irão atingir as metas estimadas. 

 

Segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), 33% das empresas entrevistadas optaram por mandar os funcionários da área administrativa trabalharem em home office total enquanto 53% adotaram o home office parcial e 14% não aderiram nenhuma das duas opções. Já em relação aos que trabalham diretamente na produção, as companhias estão adotando rodízio de funcionários, antecipação de férias, jornada reduzida, férias coletivas ou antecipação de férias apenas de trabalhadores do grupo de risco.

 

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