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12/04/2019 às 11h06min - Atualizada em 12/04/2019 às 11h06min

Crônica: As redes sociais pautando a comunicação mundial

O mundo digital deixou de ser um figurante e se tornou ator principal dos assuntos cotidianos

- Larissa Bosque
Foto: Pixabay
É queridos leitores, foi-se o tempo em que apenas o bom e velho jornal impresso pautava assuntos do nosso cotidiano. Longe de mim insinuar aqui que o impresso chegou nos seus dias finais. Como amante do jornalismo raiz, creio na ideia de uma revolução neste meio de comunicação que mesmo antigo se torna tão atual. Todavia, é fato que a teoria de que a mídia pauta as conversas do seu público continua viva em outras plataformas, sendo a mídia online a nova dona da atenção do público.

Nos dias atuais, grande parte dos nossos assuntos cotidianos seguem pautados por redes sociais. Isso se dá ao fato de que as mídias digitais estão muito mais acessíveis à nossa geração do que a amiga TV e o impresso, que não conseguem se deslocar no nosso ritmo. Dizem as más línguas, que essa é a geração mais atualizada, mesmo sem precisar dedicar muito do seu tempo para tal feito. A informação está nas pontas dos dedos, deslizando incansavelmente para todos os lados e te deixando em segundos atualizado.

Hoje, os perfis em redes sociais se tornaram um gigante mercado de comunicação. A variedade é enorme: Jornais online, rádio online, uma infinidade de blogs de entretenimento (leia-se fofoca) e os famosos blogueiros e youtubers, com suas dicas e achadinhos.  É inevitável que durante o dia, algum desses assuntos se tornem pauta. Pode ser em uma conversa informal no ônibus, no trabalho e, outras vezes, podem até se tornar motivo de discussões políticas acirradas, como vemos durante as últimas eleições.

Pois, peço que reflitam: Até que ponto essa enxurrada de informações podem atrapalhar a comunicação de massa? Se Benvolio, ouve no corredor do seu trabalho que Julieta está morta, mas não busca outras fontes para confirmar a informação, logo em seguida ele conta a novidade para seu amigo e primo Romeu. Que por sua vez acredita sem averiguar, possivelmente ele vai se matar novamente e a pobre Julieta que estava apenas espalhando uma fake News no mundo virtual para enganar seus pais vai acabar viúva, novamente. Então reflitam mais uma vez: A internet tem o poder de alienar através da sua quantidade de informações ou só traz benefícios para uma sociedade estar atualizada?

Com a internet se atualizando a cada segundo, será que a tragédia que se abateu sobre a Escola Base teria a mesma proporção? Ela seria pautada por uma comunidade gigantesca que debateria incansavelmente em cada corredor, seria destruída por haters, mas também teria aqueles que iriam duvidar, pesquisar, descobrir novos fatos e quem sabe o rumo fosse outro...

Mas vamos combinar, né? É inevitável não debater aquelas fofoquinhas no dia-a-dia. Que fulano está com ciclano, e que beltrano viu tudo...  Em segundos a semente plantada estará no top trending do twitter... E como diz Demétrio Sena. “Estamos na idade da mídia, com cabeças de idade média...Somos uma geração midieval”.

 
Editado por Leonardo Benedito.

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