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12/04/2019 às 11h21min - Atualizada em 12/04/2019 às 11h21min

Projeto visa a metas para ações sustentáveis nas cidades

Cidades do mundo todo se juntam, por meio do C40 para tomar medidas sustentáveis

Daiana Pereira
C40.org
O programa C40 Cities, criado em 2005, na Inglaterra, pelo prefeito de Londres Ken Levingstone, busca reunir cidades do mundo todo para tomarem medidas sustentáveis. Esse programa tem como função auxiliar as cidades a conseguirem obter os resultados do Acordo de Paris, que a partir de 2020 irá oferecer como desafio aos países a contenção do aquecimento global em 2°C.

“Há tanta positividade sobre a mudança para um mundo de baixo carbono, muitas pessoas pensam que estamos ganhando - que as emissões estão diminuindo, mas infelizmente não estão”, afirma Mark Watts, diretor executivo do C40.
 
Mark está focado no plano de ação para 2020. Segundo ele, no próximo ano, a quantidade de emissões de gases já devem cair. Portanto, as cidades participantes do programa já devem colocar em prática seus planos sustentáveis e irem um pouco além do esperado, a fim de chegar a meta com uma redução de 35% de gás carbônico no mundo, ao invés de apenas não deixar ultrapassar o crescimento de 5% , momento em que é mais fácil de ocorrer mudanças climáticas perigosas.

Consultores do C40 auxiliam os gestores municipais a criarem alternativas sustentáveis e também implantarem planos de ação já pré-estabelecidos pelo programa como eficientes para a redução. A finalidade, além de reduzir o aquecimento global, é gerar uma melhor qualidade de vida para a sociedade, que por meio dessas mudanças, está previsto um crescimento em empregos, diminuição de mortes prematuras, do tempo gasto em transportes e redução de custos.

Brasil

Algumas capitais do Brasil como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Curitiba aderiram ao programa C40. No Rio de Janeiro, as autoridades prometeram ser neutros nas emissões de dióxido de carbono até 2050, no entanto, o governo do Rio tenta reduzir suas emissões de gases estufa até 2020. Atualmente, algumas medidas já estão em andamento, como: Troca dos ônibus a combustão pelos elétricos; troca de lâmpadas comuns pelas de LED em mais de 1.600 salas de aula em escolas municipais; e o plano pioneiro de biometização, na América Latina.


São Paulo, a cidade mais consumidora de energia elétrica do Brasil, busca focar, por meio de ações sustentáveis nas questões alimentícias, em resíduos e água, apesar de ser de extrema importância reduzir o consumo de energia. Salvador e Curitiba buscam planejar formas sustentáveis nas áreas de transporte, alimentos, água e resíduos, além de fazer adaptações sustentáveis centradas na sociedade.

A energia é a grande geradora de gases estufa, entretanto não se deve esquecer que o lixo também é um grande empecilho. O Brasil tem crescido rapidamente a produção de lixo, o que consequentemente faz com que as coletas não acompanhem. A biometização foi criada para solucionar esse problema. Esse projeto, consiste em transformar matéria orgânica de resíduos sólidos em biogás, por meio dessa ação, o biogás funciona como gerador de energia, biocombustível não poluente, e os compostos orgânicos ajudam no reflorestamento e na agricultura.

Embora as cidades brasileiras estejam na corrida para atingir as metas, encontram dificuldades devido aos custos em investimentos sustentáveis. Segundo uma engenheira civil e ambiental, 29 anos, que não quis se identificar, o Brasil “possui uma carência em diversos projetos que também são prioridade como: saúde, educação e segurança” e acrescenta que “Cuidar do meio ambiente também é importante, mas nem sempre é possível aplicar todos os projetos de uma única vez”.

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