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23/04/2020 às 20h34min - Atualizada em 23/04/2020 às 20h34min

Países começam a diminuir a quarentena

Em alguns lugares, às aulas foram retomadas

Por Isabela Tavares - Editado por Luana Gama
G1/BBC Brasil/Nexo Jornal
Rotina será retomada aos poucos em Madrid, capital da Espanha. Foto: EPA

Apesar de não ser recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), alguns países da Europa já debatem formas de sair da quarentena. Na Dinamarca, foi permitido que alunos de creches, pré-escolas e ensino fundamental voltem às aulas, mas continua incentivando o distanciamento social e a higienização das mãos. 

 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, divulgou na terça-feira (14), três condições que serão usadas para começar o relaxamento da quarentena: redução significativa dos registros de casos do novo coronavírus, capacidade suficiente dos sistemas locais de saúde, e capacidade adequada de monitoramento dos casos, por meio de testes. As condições foram divulgadas após pelo menos 10 países do continente também anunciarem medidas de redução do isolamento, como França, Itália e Espanha.

 

Outro lugar que está voltando ao normal depois de 70 dias de confinamento é Wuhan, na China, epicentro da pandemia. Desde o dia 8 de abril, a cidade voltou a permitir trânsito de aviões, carros e trens até mesmo para locais mais distantes.  

 

A Espanha, que está com a quarentena mantida até pelo menos 26 de abril, reabriu alguns setores, como construção civil e indústrias desde o dia 13 deste mês. Com isso, o governo do país passou a distribuir 10 milhões de máscaras nos transportes públicos. Já a Itália, que permanece em lockdown até 3 de maio, permitiu a reabertura apenas de livrarias, papelarias e lojas de roupas infantis. Há exceção para a região norte do país, área mais afetada pela pandemia. 

 

A OMS fez uma lista com seis avaliações que cada país deve fazer antes de pensar em sair da quarentena: 
 

  •  Avaliar se a transmissão da Covid-19 está controlada;
  • Se o sistema de saúde é capaz de identificar, testar, isolar e tratar todos os pacientes e também as pessoas com as quais elas tiverem contato;
  • A capacidade dos ambientes de trabalho e demais locais em proteger as pessoas, à medida que elas retomarem as atividades;
  • A capacidade de lidar com os casos importados, ou seja, de pessoas que venham de fora do país;
  • Se os riscos de surtos estão controlados em locais sensíveis, como postos de saúde ou casas de repouso;
  • Se as comunidades estão conscientes, engajadas e capazes de prevenir o contágio e adotar as medidas preventivas, que deverão passar a ser vistas como o "novo normal".

 

O indicado pela OMS é que a saída do isolamento social seja gradativo, com pelo menos duas semanas a cada relaxamento e, durante esse tempo, é necessário fazer uma avaliação para saber se houve um aumento considerável no número de casos confirmados e de mortes pela Covid-19. 


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