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05/06/2020 às 09h57min - Atualizada em 05/06/2020 às 09h41min

Maurício de Sousa Produções faz homenagem à Infectologista Ho Yeh Li

Doutora foi à única mulher na operação que resgatou os 34 brasileiros que estavam sitiados em Wuhan, na época epicentro da Covid-19

Por Tatiane Sampaio - Editado por Alinne Morais
Foto: reprodução/internet
O empenho dos especialistas da saúde tem sido peça-chave para combater o novo coronavírus que se espalhou pelo mundo. Profissionais de todas as áreas se unem para orientar à população com propósito de encontrar alternativas para obter soluções e diminuir o contágio.

A importância desses especialistas têm ganhado reconhecimento mundial. Entre eles, a Dra. Ho Yeh Li, coordenadora do setor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de infectologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, é a mais nova “Dona da Rua”, uma homenagem da Mauricio de Sousa Produções (MSP) feita às mulheres que desempenham um papel importante na sociedade.

“A MSP está fazendo um trabalho incrível. Essa homenagem ajuda muito a vencer os preconceitos, a romper as barreiras que as mulheres têm na carreira profissional, que muitas vezes são barreiras culturais que fazem que as próprias mulheres acreditem que deve ser assim, estava na hora disso acabar”, relata Ho Yeh Li.

A médica é a primeira de uma série de mulheres da ciência brasileira que serão agraciadas pela MSP. O projeto visa estimular o público feminino a ingressar em qualquer setor trabalhista. “A exemplo da Ho Yeh Li, a representação das mulheres na ciência é muito forte, mas pouco evidenciado. Nosso papel é apresentá-la às meninas para que se sintam motivadas e inspiradas”, comenta a diretora executiva da MSP Mônica Sousa e idealizadora do “Dona da Rua”, que conta com apoio institucional da ONU Mulheres.”

Segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2010), a presença feminina no setor da Saúde é maior que a masculina seja em instituições privadas ou públicas, exercendo desde atenção básica até tarefas diretas de assistência em hospitais.

 

Em fevereiro, o Ministério da Saúde escolheu Ho, a única mulher a participar e coordenar a operação ao resgate dos 34 brasileiros, que estavam ilhados na cidade chinesa, Wuhan, na época epicentro da Covid-19. A operação foi algo novo na carreira da infectologista, na qual poucos profissionais da medicina podem dizer que participaram de um processo de repatriação em plena epidemia de uma doença infecciosa.

“Não tenho medo da profissão, o único medo é de fazer escolhas erradas na tomada de decisão na assistência aos pacientes, na medicina nada é 0% ou 100%. Não há uma conduta correta para cada situação e nenhuma decisão é fácil, especialmente na terapia intensiva”, explica Ho.

Natural de Taiwan, a doutora veio para o Brasil quando tinha somente 10 anos, onde se naturalizou e estudou medicina na Universidade de São Paulo (USP). O interesse pela Saúde aconteceu por causa de seu pai, que faz medicina chinesa, e Ho sempre o ajudava no atendimento aos pacientes, realizando tradução. Entretanto, na fase do colegial gostava mesmo da área de Exatas, e a decisão pela carreira médica só ocorreu no dia de prestar vestibular.

Ho menciona que o gosto pela infectologia teve dois motivos: o primeiro é devido não cuidar apenas de um órgão ou outro, mas sim do corpo inteiro. O segundo é se conseguir entender que um agente infeccioso (um vírus, por exemplo) se manifesta, é possível compreender o porquê dos sintomas, dos resultados alterados nos exames e, portanto, como tratar.

Atualmente, Ho Yeh Li está no topo da lista dos profissionais mais renomados desta área, além de ser especialista para o tratamento de febre amarela. “Sou muito feliz no que faço. Se o tempo voltasse, eu faria tudo de novo, não me arrependo de nada. Acho que foi o ser divino que me guiou para este caminho”, finaliza Ho.

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