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06/06/2020 às 18h03min - Atualizada em 06/06/2020 às 17h33min

Policiais militares se reúnem para distribuir alimentos à profissionais de segurança pública em situação de vulnerabilidade

Atos de solidariedade contribuem para desenvolvimento social e mental dos profissionais, afirma especialista.

Ariel Vidal - Edição: Giovane Mangueira
Foto: Reprodução Internet
Diante de tantos quadros de depressão, e transtornos mentais entre policiais, em 2020, a depressão foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença mais impactante do mundo. O Brasil tem cerca de 410 mil profissionais ativos e 43,8% daqueles que tentaram suicídio não contaram a ninguém sobre o desejo.
 
Muitos desses casos de depressão estão ligados a carga horária de trabalho, além da grande tensão, e estado de vigília no qual são expostos de forma cotidiana. Neste cenário, as ações solidárias se tornam importantes para oferecer benefícios físicos e emocionais, evitando o agravo de doenças.
 
A psicóloga clínica, Carolina Duarte, conta que, a realização de qualquer tipo de ação social contribui para elevar a autoestima, a sensação de pertencimento, e consequentemente diminui o estresse. “Ao fazer ações solidárias, os profissionais são colocados de frente com o desenvolvimento social, que os proporcionam o contato com outras realidades, e tendem a apresentar maior tolerância em relação aos conflitos, e excessos nos quais são expostos em seu cotidiano,” explica a pscóloga Carolina Duarte.
 
Iniciativas Solidárias

Em tempos da Pandemia do coronavírus, diante das necessidades dos grupos mais vulneráveis, os policiais se unem para entregar cestas básicas à famílias em baixa renda.


 
“Ao longo do ano de 2019 e 2020 nós realizamos a doação de 30 a 50 cestas básicas por mês para ex policiais, que foram afastados por algum motivo da corporação, inclusive por desvio de conduta. São pessoas que precisam trabalhar informalmente, pois não possuem um plano profissional do Estado.” explica Anderson Valentim, policial especializado em Batalhão de Choque, e criador da associação que ampara policiais não ativos.
 
De acordo com o policial militar, Valentim, neste período de pandemia, as doações tem se intensificado para apoiar famílias que não recebem esse cuidado. Nos casos de policiais que trabalharam 30 anos dentro da instituição e atualmente estão passando fome são assistidos pela associação. As ações são feitas entre amigos da corporação, pois realizando trabalhos sociais, contribuem para a sociedade.
 
Zelo e proteção
 
Ainda segundo a psicóloga, Carolina Duarte, atualmente existe na sociedade um preconceito aos profissionais da segurança pública, que muitas vezes são vistos como inimigos da sociedade por atos de alguns policiais corruptos, no entanto muitos passam horas atentas aos perigos nas ruas, realizando operações nas favelas, buscando zelar e proteger a população, entretanto, essas
 ações sociais em prol da saúde mental podem axuliar no desenvolvimento emocional e mental dos indivíduos, para que se tornem independentes diante dos enfrentamentos sociais. “Diante desse cenário no qual, os policiais se movimentam em prol de um apoio a fome no país, faz com que a população possa ter a percepção de que esta função ultrapassa os estigmas sociais,” revela a psicóloga Carolina Duarte.

 
 
 

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