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19/06/2020 às 11h45min - Atualizada em 19/06/2020 às 11h42min

Embarque em uma viagem sem custos

A menina dos Alpes e o poder da leitura

Juliana Barbosa - Editado por Bruna Araújo
Pixabay
“Ler é sonhar acordado,
é viajar sem sair do mesmo lugar...
é ver, é crescer, é amar, é ser amado.
Quem lê está sempre acompanhado.”
Lourdes Custódio
 

Pode soar estranho quando se escuta alguém dizer que consegue viajar sem sair do lugar.
 
Para alguns pode até ser, mas não para quem, assim como eu, mergulha no fantástico e incomparável mundo da leitura, não é.
 
Ler é com certeza uma das formas mais prazerosas de se descobrir novos mundos, viver diferentes aventuras, torcer e se apaixonar por um casal fictício e chorar de tristeza quando um personagem querido tem um fim trágico ou emocionante.
 
Pois é, tudo isso é possível graças a imaginação fértil de pessoas que se permitiram sonhar e resolveram compartilhar suas histórias com o mundo.
 
Ainda muito nova, descobri o prazer que a leitura poderia proporcionar, tendo começado com a estória “O Piquenique das tartarugas”, presente no livro didático de português da primeira série de alfabetização.
 
Desde então, o mundo da imaginação despertado pela leitura, dominou meus pensamentos, me permitindo viajar por diversas dimensões.
 
Ainda lembro da emoção de quando estava no 6° ano (na minha época era 5° série) e passava os intervalos e horários livres na biblioteca da escola, na quadra de esportes e em qualquer canto, para ser mais específica, com um livro na mão (ou gibis).
 
E foi assim que descobri na prateleira da biblioteca o livro da Heidi, a menina dos Alpes.
 
Aquele livro de capa dura e páginas amarelas, preencheu minha mente com a possibilidade de vivenciar a experiência de ser livre nos alpes suíços. Me encantou a história da menina que descobriu o prazer da liberdade junto a seu avô rabugento.
 
O livro de Johanna Spyri conta a história de Heidi, uma menina órfã que foi criada até os cinco anos por sua tia Dete, que após conseguir trabalho em Frankfurt, na Alemanha, a deixa para viver com o avô.
 
Heidi com sua inocência, aos poucos quebrou as barreiras que seu avô havia criado em torno de si, durante os anos em que viveu isolado nos alpes. Aos poucos, ele foi se derretendo por sua neta, aceitando-a como parte da sua vida.
 
A história de Heidi desperta curiosidade e ao mesmo tempo, enche o coração de felicidade ao demonstrar como a alegria e inocência de uma criança, pôde quebrar as barreiras criadas pela solidão.
 
A história da menina dos alpes, foi escrita em 1880, e já foi traduzida em mais de 50 idiomas, e desde então, se faz presente durante a infância de muitas crianças em todo o mundo.
 
Heidi, além de várias traduções, ganhou também adaptações para o cinema, sendo a mais conhecida a versão adaptada de 2005.
 


 
Incentivar a leitura é fundamental durante o processo de aprendizagem infantil. O hábito da leitura, é algo que será levado como um tesouro por todo uma vida.
 
A leitura auxilia no desenvolvimento emocional, social e cognitivo das crianças. Além de proporcionar um novo mundo controlado apenas por sua imaginação, repleto de sentimentos e emoções.
 
Heidi viveu uma aventura nos alpes suíços junto a seu avô e Pedro, o pastor de ovelhas, e também na cidade, com Clara, com quem aprendeu ler, e assim, também pode descobrir as maravilhas do mundo da leitura.
 
Pode até parecer bobo aos olhos dos adultos, mas essa história carrega sentimentos profundos de amizade, união e a importância da família independente do seu formato.
 
As possibilidades apresentadas por esta história, é um dos atributos proporcionados pelo universo da leitura que está espera ser explorado por mentes avidas por novas aventuras, seja sentado embaixo de uma árvore ou sentado no banco da biblioteca, viajando sem sair do lugar.
 

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