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23/06/2020 às 15h14min - Atualizada em 23/06/2020 às 15h08min

Em apoio aos protestos contra violência policial, jogadores rejeitam retorno da NBA

Kyrie Irving encabeça o movimento contrário a volta dos jogos

Bernardo Henrique Amaro - Editado por Paulo Octávio
Kyrie Irving, do Brooklyn Nets. Foto: Ned Dishman/Getty Images
Já são mais de cem dias sem a melhor liga de basquete do mundo que, por conta da pandemia do Covid-19, foi suspensa pelo comissário, Adam Silver. O retorno dos jogos está programado para o dia 20 de julho, porém uma polêmica pode o reínicio da competição. Alguns jogadores se negam a voltar a jogar em respeito aos protestos contra a violência policial, desencadeado pelo assassinato de George Floyd.

A voz mais discordante é a  do armador do Brooklyn Nets, Kyrie Irving, que não quis  participar do modelo de volta ao basquete no qual só os times que teriam possibilidade de ir aos playoffs jogariam, apesar da possibilidade do seu time passar para às eliminatórias. Vários jogadores apoiaram o ato de Irving e se pronunciaram da mesma maneira. 
São eles Kyle Korver (Milwaukee bucks), Avery BradleyDwight Howard e Lebron James (Los Angeles Lakers) todos com grandes possibilidades de levar o troféu Larry O’Brien para sua franquia Porém a torcida ficou insatisfeita com as palavras do ex-campeão. O desacerto continua principalmente por que Irving já não jogaria pois está lesionado.

Irving também foi criticado pelo ex-jogador Matt Barnes e pelo comentarista esportivo da ESPN, Stephen A. Smith, que criticaram a postura do armador. Smith disse que o atleta pode ser ativo no movimento e participar da volta do basquete, e que não é necessário escolher entre um ou outro.
Adam Silver não se pronunciou oficialmente sobre os protestos. E o jogador não respondeu as críticas.

Caso não haja  mudanças no cronograma da liga, a NBA volta dia 20 de Julho no complexo ESPN da Disney. O protocolo de saúde, apresentado pela empresa detentora dos direitos de vídeo do campeonato, foi apresentado há um mês e aprovado por 29 times (o único voto contra foi o Portland Trail Blazers, que optou por deixar os jogadores escolherem sobre a volta ou não). No complexo, eles se hospedarão nos hotéis Disney e farão testes diariamente, além de manter o distanciamento social. Quem quebrar alguma regra imposta pela liga ou pelo departamento de saúde será multado e  poderá pegar um gancho, que será definido dependendo da gravidade da situação
.

Enquanto esta discussão prorroga, a maioria dos jogadores têm ido aos protestos apoiar as suas causas, algo que é comum na liga de basquete. Bill Russel, 86 anos, o maior campeão de todos os tempos com onze títulos,  também foi às ruas. Ele sempre apoia suas ideologias e ajuda os que mais necessitam, inclusive na luta contra o racismo na NBA. Russel anteriormente apoiou e presenciou as manifestações de Martin Luther King e recebeu uma medalha de honra em 2011 do então presidente Barack Obama.

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