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26/06/2020 às 11h29min - Atualizada em 26/06/2020 às 11h24min

Análise: A Peste, de Albert Camus e a reabertura do comércio diante da pandemia

Alexia Vilar - Revisado por Renata Rodrigues
A Peste de Albert Camus
A pandemia do novo Coronavírus chegou ao Brasil de forma lenta, trazendo o isolamento social como estilo de vida adotado para a contenção da contaminação e melhor controle de leitos hospitalares. Na sua obra, publicada originalmente em Junho de 1947 e nomeada de A Peste, Albert Camus traz descrições semelhantes aos acontecimentos e discussões atuais diante dos fatores que decorrem da chegada de uma doença grave, facilmente transmissível e ainda sem cura. 

Em seu livro o filósofo, escritor e jornalista traz em diversas de suas passagens a reflexão a respeito do distanciamento social e frisa a importância de precauções serem tomados pelos cidadãos, principalmente jovens, que se encontram fora do chamado grupo de risco e, por isso, banalizam as medidas indicadas pela Organização Mundial da Saúde. Se julgam imunes e Camus explicita “julgavam-se livres, e nunca alguém será livre enquanto houver flagelos”.
 
O número de casos confirmados e mortos pela doença continua crescendo, totalizando até o dia 25 de junho, 55.054 mortes pela Covid-19. Em todo o Brasil o funcionamento do comércio e a vida “normal” volta, aos poucos, a ser uma realidade. As mortes se tornam números e afastam a empatia alheia. No livro em análise se lê: “já que um homem morto só tem significado se o vemos morrer, cem milhões de cadáveres semeados através da história esfumaçam-se na imaginação”, os números crescem e a afeição por aqueles que perderam seu entes queridos diminui.
 
Em contraponto, a maior parte da população brasileira defende a reabertura do comércio com as tomadas das medidas necessárias, como uso de máscara, higienização e controle da quantidade de pessoas dentro dos estabelecimentos. “Casos estão crescendo independente do comércio estar aberto ou fechado e tem pessoas que infelizmente não tem condição de sobreviver sem trabalhar todos os dias.” diz Nicholas Rodrigues, graduando em Economia na Universidade Federal da Paraíba.
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