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07/07/2020 às 09h08min - Atualizada em 03/07/2020 às 14h57min

Comércio virtual cresce cerca de 50% durante pandemia no Brasil

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), em dois meses, foram abertas cerca de 107 mil novas lojas virtuais

Pedro Mateus F. - Editado por Alan Magno
ecommercedesucesso.com.br/blog/redes-sociais
As vendas on-line tomam espaço das plataformas digitais como instagram, facebook, whatsapp criando uma nova forma de comunicação entre mercado e consumidor. Nesse período de pandemia, em especial, onde está havendo isolamento social muitos negócios transformaram suas formas de trabalhar usando as redes socias como ponte para expor seus produtos e conquistar os clientes. É o que aponta um levantamento feio pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) entre os meses de abril e março deste ano. A entidade estima, para os três primeiros meses de pandemia no Brasil, um crescimento de cerca de 50% no setor de vendas online em todo o País. 

Segundo a Abcomm, entre os dias de 23 de março e 31 de maio, foram registradas 107 mil novas lojas virtuais em atividade no país. Antes da implementação das medidas restritivas em busca da desaceleração da propagação do novo coronavírus, dentre as quais o fechamento do comércio físico, eram registradas aproximadamente 10 mil novas lojas virtuais por mês. De acordo com a associação, os números expressam as tentativas de comércios, já existentes, de se reinventarem durante este novo periodo. Há ainda aquelas pessoas que perderam os empregos fixos que detinham até então e decidiram empreender no ramo.

Empreendedores

José Valmir Vasconcelos, deixou de ser professor de biologia e montou uma loja de produtos de decoração e papelaria há 2 anos na cidade de Ibiapina, interior do Ceará, e usa as redes socias para divulgar seus produtos. “Como o meu pai era comerciante e admirava muito ele  isso ficou no meu coração então por mais que eu tenha procurado faculdade de direito e ser formado em biologia aquela semente estava no meu coração", relatou. 

O comerciante diz tratar a venda de seus produtos por meio das redes socias como uma oportunidade e ressalta que a internet é o mecanismo fundamental para o lançamento de vendas. Ele ressalta ainda que o meio virtual proporciona ao comerciante novas alternativas de como mostrar seu produto. Valmir falou também sobre as vendas nesse momento de crise: "Os clientes ficam satisfeitos com o leque de apresentação online".

Por mais que muitas empresas estejam passando por problemas financeiros, José Valmir acredita que com todas as adaptações do mercado devido a pandemia, após este periodo irá existir uma série de comerciantes empreendedores mais simpáticos e inovadores, com uma grande variedade de ideias mais aprofundadas de logísticas.

A universitária Mariana da Silva Ferreira, tem 20 anos e começou recentemente sua loja virtual de roupas no Instagram. A mais nova comerciante virtual ressalta que a internet impulsionou muito em suas vendas. "Ajudou nas divulgações para que mais pessoas possam conhecer”, explicou. Ela menciona que durante a pandemia precisou fazer adaptações no seu modelo de negocio como introduzir o serviço de entregas, atentando para as medidas de segurança com relação ao novo coronavírus. 

Mariana diz ainda que muitas pessoas estão buscando ser empreendedores para obter uma renda. Mas ressalta que nesse momento de crise as fábricas estão produzido por um custo muito alto e também o custo do valor dos fretes aumentaram. Ela levanta tais questões como forma de pontuar que antes de abrir um negócio é preciso uma pesquisa por parte de quem quer empreender.

Vendas nas redes socias

Segundo dados do Canaltech.com, um estudo aponta que 57% das empresas estão conectadas nas redes sociais apenas para realizar vendas online. Além disso, segundo o levantamento recente do Centro Regional de Estudos do Brasil, atualmente 78% das empresas brasileiras, sejam elas de porte grande ou pequeno, estão presentes em pelo menos uma mídia social e acreditam que as mídias online podem influenciar nos negocios, gerando parcerias, por exemplo e acarretar um aumento de vendas. 

Conforme dados da consultoria Kantar, o Instagram, o Facebook e o WhatsApp cresceram em média 40% no Brasil desde a segunda quinzena de março deste ano. Dentre estes, o Instagram lidera em relação a vendas e compras via internet. A pesquisa revelou ainda no ano passado que 85% dos entrevistados acreditavam no Instagram como meio para a descoberta de novos produtos, enquanto 83% das pessoas disseram que já haviam tomado a decisão de comprar de fato um item vendido por um e-commerce que possui perfil na rede social. 

E os Consumidores?

Para a universitária Cristina Rodrigues as vendas online trazem comodidade, pois não precisa sair de casa. “Tem muitas opções de lojas on-lines vendendo diferentes tipos de produto", relatou. No entanto, a estudante destaca também a importância de ver pessoalmente o produto para observar a sua qualidade.
Cristina fala também sobre as mudanças nas lojas nesse período de pandemia. "Agora com tudo isso que estamos vivendo, tenho feito algumas compras on-line e percebi uma diferença em relação a rapidez com que sou atendida, antes quando perguntava algo as vezes as lojas demoravam a responder. O que muitas vezes acabam desmotivando a efetuar a compra", destacou a consumidora. 
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