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18/04/2019 às 12h36min - Atualizada em 18/04/2019 às 12h36min

Prisões americanas substituem visitas por videoconferência

Ao todo, 500 cadeias já utilizam esta tecnologia

Thiago Oliveira
The Guardian
As cadeias americanas começaram a utilizar chamadas de videoconferência para substituir as visitas pessoais das famílias aos presos. O serviço é vendido as famílias como algo cômodo e conveniente. Porem abre brecha para um julgamento a respeito da importância dos presos na convivência com os familiares.

Uma reportagem do jornal americano The Guardian, traz a experiencia da namorada de um presidiário, que após uma visita, recebeu um panfleto contendo a propaganda do novo tipo de relação que a prisão estava adotando entre as famílias e os presidiários. Ela conta que foi informada por um guarda de que visitas daquele tipo não seriam mais permitidas e que se ela quisesse vê-lo novamente, deveria ler o panfleto.




 “Você está cansado de levar o tempo para dirigir até a prisão e esperar longas filas pela sua visita? Você quer que o seu amado sinta como se estivesse em casa com você, mesmo quando não pode estar? O Anywhere Visit permite-lhe começar a visitar remotamente o seu ente querido encarcerado, utilizando um computador com uma câmera Web ligada a internet.”

O serviço é oferecido por algumas empresas, sendo uma delas a  Securus Tech, em seu site, é possível ver a propaganda do serviço prestado por eles aos centros prisionais. Este serviço tem um tempo limite de 20 minutos e uma taxa de US$ 12,99 (cerca de R$ 49,00) ao contrario das visitas pessoais que eram gratuitas.

No brasil, as novas regras impostas pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, proíbem 5 presídios de segurança máxima de terem visitas intimas, com isso, eles também utilizam a videoconferência, porém ainda é possível fazer no parlatório.

Nos EUA, há apenas leis que permitam as visitas pessoais, mas não especificam como elas devem ser feitas. Portanto, esse tipo de contato é visto como legal. Mas há críticos que questionam a eficiência do modelo para a vivencia do preso, justificando que a videoconferência afasta um possível contato entre as famílias.

 
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