Ousada e revolucionária: Conheça a história da minissaia

 A minissaia é um item que faz parte do  guarda-roupa de quase todas as mulheres. Apesar da sua história ter começado na década de 60, logo após a Segunda Guerra Mundial, a peça continua sendo bastante usada. Em entrevista ao Dicas de Jornalismo, a criadora de conteúdo digital Leticia Harumi, afirma que a minissaia foi uma peça transformadora, de empoderamento feminino.

 As minissaias se tornaram populares com a estilista britânica, Mary Quant, ao criar o modelo clássico de 1960, com tecidos coloridos, simples, curtinhos e bem coordenados. Durante esse mesmo período, ocorreu a segunda onda do feminismo, marcada pela comercialização de pílulas anticoncepcionais nos Estados Unidos, e o questionamento sobre o papel da mulher na sociedade.

Por ser uma expressão sociocultural, a moda acompanha os comportamentos das pessoas ao longo da história, e com isso, o surgimento de novos valores sociais e estilos. Principalmente em um contexto jovem de descontentamento político. 

A alta-costura, caracterizada por peças luxuosas feitas sob medida entrou em decadência, e o prêt-à-porter, definido pela produção em larga escala, subiu. Em consequência disso, a saia longa precisou perder um pouco de pano, para se tornar mais barata e mais prática para as mulheres jovens e feministas.
              
Na Inglaterra, a estilista Mary Quant também popularizou collants coloridos e malhas caneladas, com o ideal de que as roupas não se limitassem a etnia, idade ou classe social. Sendo assim, uma moda democrática e aberta.

Atualmente as minissaias continuam fazendo parte de uniformes escolares, uniformes de esportes como o tênis, do dia a dia de muitas mulheres, podendo ser usada de diversas maneiras. Podendo ser considerada um item atemporal.