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10/07/2020 às 17h32min - Atualizada em 10/07/2020 às 17h28min

Paysandu lança a campanha “Sinal vermelho contra a violência doméstica”

Clube paraense e a federação amapaense de futebol de salão incentivam medidas para conscientização da sociedade

Wellen Oliveira - Editado por Paulo Octávio
Folder da campanha. Foto: Divulgação/Paysandu
A frase “não é só futebol” está ganhando diversos sentidos durante esse período da pandemia do Coronavírus. Os clubes agora aderem a campanha de conscientização. O Paysandu  decidiu apoiar à campanha em ajuda as mulheres que estão sofrendo algum tipo de violência em suas residências, com o tema “Sinal vermelho contra a violência doméstica”.
 
A manifestação de apoio a campanha idealizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi lançada no mês de junho deste ano, com intuito de chamar atenção para as denúncias de violências domésticas.
 
Nesse período de quarentena, houve um aumento significativo dos casos de violência doméstica. Por conta do isolamento social muitas mulheres sofreram algum tipo de violência pelos seus companheiros, que durante o isolamento estão mais presentes em casa. No Pará no mês de maio foram registradas 536 medidas protetivas. 
 
Por vergonha ou por medo de denunciar seu agressor, muitas mulheres não denunciam e assim os casos ficam impunes. Para auxiliar as moças a camanha informa que basta a mulher ir à farmácia e desenhar um “X” vermelho na mão para o atendente ou farmacêutico.  Em seguida os funcionários vão acionar a polícia, através do 190, e a vítima será direcionada ao acolhimento.
 
Mais de dez mil estabelecimentos em todo país são parceiros dessa iniciativa. O profissional que atender a vítima não será chamado como testemunha, segundo a cartilha pré estabelecida da campanha. A farmácia ou drogaria que participar dessa campanha terá acesso a cartilha  e as informações de como agir, se caso uma situação como essa acontecer.

 
Para a torcedora bicolor, Thaís Castro, esse tipo de campanha mostra que não é só futebol e que o clube se importa com a sociedade em que vive. “Acho superimportante os times de futebol participarem de campanhas como uma forma de divulgação para a torcida e assim conscientizar cada vez mais pessoas. Isso mostra apoio as vítimas e incentivo para que elas se encorajem a denunciar. A torcida feminina  do Paysandu é grande e a violência contra nós infelizmente teve uma alta muito  nesse período de isolamento social. Isso confirma que o Papão não é apenas um time com 11 [jogadores] dentro de campo. É uma família que se preocupa com cada integrante”, afirma Thaís.
 

Não foi só o Paysandu que aderiu na campanha. A Federação Amapaense de Futebol de Salão (FAFS) também usou suas redes sociais para manifestar apoio a campanha que tem ajudado as mulheres deixar o medo de lado e seguir com a denúncia.


Divulgação/Redes Sociais (FAFS)


A Federação Internacional de Futebol (FIFA) juntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Comissão Européia lançaram a campanha #SafeHome, em maio. Intenção é frear o aumento da violência doméstica, contra mulheres e crianças, em todo mundo durante este período isolamento. ​A campanha é formada por 15 vídeos feitos jogadoras da atualidade ou do passado de vários países. Ações estão nos canais sociais da FIFA. A jogadora da Seleção Brasileira Rosana Augusto foi à brasileira escolhida
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada três mulheres são vítimas de violência física ou sexual pelo parceiro ou por uma pessoa de seu convívio.

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