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10/07/2020 às 22h17min - Atualizada em 10/07/2020 às 19h25min

Está na hora de reabrir espaços culturais?

A cidade de São Paulo planeja a reabertura de cinemas, teatros e museus

Giovanne Ramos - Editado por Letícia Agata
O governo de São Paulo anunciou, no dia 3 de julho, a reabertura de cinemas, teatros, museus - considerados espaços culturais - e academias. A medida, que estava prevista somente para a última fase (azul) do plano de reabertura do governo, acabou sendo antecipada para até o final do mês de julho, caso continue na fase amarela. A medida faz parte da flexibilização gradual da quarentena no estado de São Paulo, planejada pela equipe do governador João Dória (PSDB) e somente entrará em ação caso a cidade continue estável. Abaixo, pode ser vista a tabela inicial das fases e os setores que podem abrir novamente as portas conforme o afrouxamento da quarentena e a melhora na situação pandêmica.

 

Manaus, em Amazonas, anunciou a retomada das atividades culturais para o dia 6 de julho, mas 24 horas antes da decisão entrar em vigor anunciaram a volta para setembro. A decisão do governdor João Dória e do prefeito Bruno Covas, no entanto, gerou discussões dentro e fora da internet, fazendo a população se questionar se realmente é um bom momento para acomodar novamente aglomerados nas poltronas do cinema.

Um dos fatores preocupantes é o numero de infectados pela covid-19 e o número de óbitos que seguem estáveis numa média alta. "Eu não me sinto segura para sair de casa nem para ir no supermercado, então nem cogito ir nesses lugares", expressa a estudante Ellen Sayuri. Para ela, o fato do uso de máscara e a higienização serem obrigatórios, não significa necessariamente que outras pessoas estão tomando os mesmos cuidados.


Para os estabelecimentos serem reabertos, algumas regras precisam ser seguidas. Entre elas estão a compra do ingresso previamente pela internet, capacidade limitada para até 40% da lotação do local, funcionamento de até 6 horas diárias, uso obrigatório de máscaras, assentos marcados e distanciados em 1,5 metro e álcool em gel à disposição do público.

Mayumi Nagasawa, que trabalhou para uma operadora de cinemas antes da pandemia, aponta algumas problemáticas. "Sabendo como funciona o cinema e a manutenção, eu acho que chega a ser perigoso colocar pessoas para circular nesses espaços. As salas de cinema tem uma temperatura de 21°C. Pelo que eu vi de especialistas, esse ar-condicionado pode espalhar facilmente o vírus. Mesmo que sejam seguidas as medidas de seguranças, esses espaço fechados não podem ter pessoas circulando."

























Os cinemas se encontram fechados há cerca de 3 meses, período suficiente para deixar todo o setor cinematográfico em crise, mas quem sobrevive disso não está parado. Mais de 200 profissionais de diferentes empresas entre estúdios, distribuidores, exibidores e fornecedores do segmento estão unidos no projeto #JuntosPeloCinema. A iniciativa busca a união do setor para promover uma volta segura de maneira responsável para o cinema.

Enquanto o projeto está ainda em andamento, os amantes das telinhas têm outra opção de entretenimento: os cine drive-in. Sucesso nos anos 60 e 70, cinemas ao ar livre estão fazendo sucesso e é uma maneira segura de assistir filmes antigos e aproveitar a experiência que o cinema proporciona. Com bombonières drive thru e valor cobrado por carro, o fenômeno já pode ser encontrado nos seguintes estados: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
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