Por causa do aumento de casos da covid-19 pelo mundo, o universo da moda se viu em meio a crise e cancelou grandes eventos que aconteceriam ao longo do ano. Para a professora e doutoranda na área de moda, Manita Menezes, por ser considerada uma atividade não essencial, a moda faz parte dos setores que mais estão sofrendo com a pandemia.”Hoje, em 2020, ainda temos um longo caminho para percorrer e chegou a hora de coletivamente chamar a atenção do mundo fashion sobre desigualdade nos lugares de trabalho e na nossa indústria”, disse Naomi.
A indústria da alta-costura encontrou nas plataformas digitais uma nova forma de fazer moda e torná-la viável para continuar compartilhando os trabalhos com o mundo, e seguir respeitando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para manter o distanciamento social.“Como é um setor que emprega muito, haverá impactos sociais muito grandes, principalmente entre as mulheres, que representam a grande maioria da mão de obra”, disse Manita durante entrevista à Revista Regional.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo mercado da moda, a pandemia não impediu que a semana mais “fashionista” de Paris mostrasse ao público o lançamento de coleções de marcas renomadas como Dior e Chanel. Na quinta-feira (9), foi a vez da moda masculina assumir as passarelas virtuais na capital. Já a semana de moda de Milão acontecerá presencialmente em setembro.“Não considero isso algo inovador, mas sim, necessário. O que acho legal é que pessoas que nunca tiveram oportunidade de ir a um desfile de moda, agora terá a oportunidade de assistir em primeira mão”, explicou Mirian.