Pioneira, Claro implementa 5G em bairros de São Paulo e Rio de Janeiro

A Claro liberou e a rede 5G já está disponível nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Utilizando a mesma banda da rede 4G, a operadora conseguiu estabelecer a conexão na região da Avenida Paulista e nos Jardins; no Rio os pontos são Ipanema, Leblon e Lagoa Rodrigo de Freitas.

O feito pioneiro foi possível graças a um sistema denominado Dynamic Spectrum Sharing ou DDS (Compartilhamento de Espectro Dinâmico), que consiste em utilizar das frequências do 4G e 4.5G em maior banda quando detectada a compatibilidade com aparelhos 5G.

Atualmente os únicos aparelhos a venda no Brasil e compatíveis com o 5G são os recém-lançados Motorola Edge e Edge Plus. Ambos com processadores atualizados, tanto da linha Snapdragon 700 quanto da 800 da Qualcomm.

A rede 5G é a ultima atualização da banda móvel e permite conexões com velocidade até 12 vezes mais rápida que os atuais 4G, com menor latência e menor consumo de energia.

Utilizando a mesma estratégia da Claro, a TIM também já avisou que ativará o 5G DDS nos próximos meses em três cidades: Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul, Itajubá em Minas Gerais e Três Lagoas no Mato Grosso do Sul.

 

Leilão em espera

Desde o ano passado, a Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem prometido um leilão para as estruturas do 5G no Brasil. Marcado para o segundo semestre desse ano, a Anatel já prevê o adiamento para 2021 por conta da pandemia da Covid-19.

A Huawei, que detém 1/3 da infraestrutura necessária para o 5G vem sofrendo pressões mundiais por conta de suspeitas de espionagem levantadas pelos Estados Unidos. “É difícil você banir a Huawei do dia pra noite, agora é inegável que pressões vão ocorrer”, disse o vice-presidente Hamilton Mourão ao portal Uol.

Na ultima terça-feira, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou que vai banir a Huawei do 5G no Reino Unido e ordenou que as empresas de telecomunicações removam os equipamentos da empresa até 2027.

Em represália, a China afirmou que a decisão inglesa custará caro aos investimentos no Reino Unido.