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18/07/2020 às 14h16min - Atualizada em 18/07/2020 às 14h20min

“Um dos maiores desafios é trabalhar a consciência do cliente”, afirma marca sustentável

As mudanças de comportamento do consumidor e do mercado da moda impulsionou o surgimento de marcas tornando a sua produção mais sustentável e consciente.

Giovanna Bassi - Editado por Larissa Barros
Reprodução / Instagram / Florent
As mudanças de comportamento do consumidor e do mercado da moda impulsionou o surgimento de marcas e a adaptação de outras que aderiram a uma produção mais sustentável e consciente. O principal objetivo é buscar alternativas para que a moda seja mais ética e benéfica ao meio ambiente.
 
Em entrevista à nossa reportagem, a dona e fundadora da marca sustentável Florent, Sarah Almeida, afirma que oferecer produtos mais sustentáveis é realmente uma necessidade do mercado atual.

 

“Hoje em dia eu não digo mais que é uma tendência e sim uma necessidade urgente. Na verdade é um pré-requisito pras marcas hoje em dia porque cada vez mais o consumidor está mais informado, pedindo assim informações e transparência das empresas, independentemente do setor, sendo moda, tecnologia ou qualquer outra”, afirmou ela.

 
A Florent é uma marca que lida com a moda circular a partir da técnica de upcycling. Para Sarah, um dos maiores desafios desse modelo de negócio é trabalhar com a consciência do cliente.

 

 “A gente já tem um público qualificado, que já sabe o que é a economia circular e são pessoas engajadas na sustentabilidade. Porém ainda existe todo um oceano cheio de pessoas que ainda não conhecem”, acrescentou ela.

 
Segundo a empresária, quando uma marca assume o compromisso de ser sustentável ela tem que trabalhar de três a quatro pilares dentro da confecção das peças que é o social, o ambiental, o econômico e o cultural.
 
Existem várias formas de confeccionar peças sustentáveis, como o tingimento natural, matérias primas orgânicas, a modelagem “zero waste” (que é aquela que não existe descarte de resíduos) e o método “upcycling”, que consiste em utilizar a matéria prima em outro ciclo ao invés de descartar o material.

 

 “Um exemplo é quando você usa uma calça jeans até o final, normalmente você descarta ou doa, mas um dia ela vai ter um final da vida útil dela, é aí que o upcycling entra para ressignificar aquela matéria prima”, explicou Sarah.

 
Também entrevistamos a fundadora e designer da marca Pano Porã Permacostura, Fernanda Pinheiro Alface, a qual afirmou que ser uma marca totalmente brasileira que trabalha com a economia circular é um caminho de responsabilidade com a Terra e também com as pessoas.

 

“Hoje eu trabalho de forma autoral, tenho minha mãe e duas costureiras que me ajudam eventualmente e o maior desafio é alinhar todos os pontos de ser uma marca autônoma, assim desde a comunicação até o gerenciamento da produção, entregas e site. Sem perder a essência, a originalidade e a autenticidade do trabalho que também é artístico”, disse.

 
Para as duas empreendedoras, uma das coisas mais importantes de uma marca sustentável é cumprir o seu discurso e não abrir mão de trabalhar com a verdade e assumir seus compromissos. Mantendo então uma harmonia com a Terra e com os consumidores.

 

“Eu sustento e integro minha escolha, minha missão e propósito de ser uma marca sustentável, mas também preciso estar no mercado e para isso preciso entregar determinado acabamento, uma comunicação, uma embalagem e ai buscar e ir aliando tudo isso para que tudo fique bem circular”, detalhou Fernanda Pinheiro.

 
A forma que a Pano Porã Permacostura escolheu trabalhar com a confecção das peças sustentáveis vai de acordo com o termo que a fundadora criou de “permacostura” e da “moda medicina”, seguindo princípios permacultura (o cuidado com a terra e com os seres vivos) e do caminho espiritual.

 

“Eu trago a ancestralidade através do bordado, da expressão da poesia e um viés bem artístico. Mas pensando na nomenclatura de mercado e tendência tem o que se chama de “upcycling”, né? Então eu trabalho menos com material orgânico e mais com material reutilizado. Eu utilizo sobras da indústria e os desmanches de peças de brechó. Assim, eu trabalho a moda de forma artística e autoral”, explicou a artista.

 
Apesar dos desafios para fazer moda sustentável, existem marcas brasileiras que fazem do conceito da economia circular um valor necessário para esse mercado. Promovendo então a partir do consumo consciente e da reutilização das peças uma das mudanças para um mundo melhor e menos consumista.
 
Conheça mais sobre a Florent e a Pano Porã Permacostura:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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